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sábado, 17 de janeiro de 2009

ASSUNTO QUE LI SOBRE A REFORMA DA LINGUA .... INTERESSANTE


12/1/2009 - Reforma da Língua Portuguesa
Os nossos patrícios, lá do outro lado do Atlântico, andam de armas em punho - coisa que não fizeram nem quando deu na telha de Dom Pedro declarar a independência. O motivo? A reforma da língua portuguesa. Tudo compreensível, já que o idioma é o português e quem é português são eles. Para o bem e para o mal. A língua de um povo é um elemento importante de representatividade e domínio político. O poder político brasileiro tem, cada vez mais, uma importância maior do que o poder português, e é o reflexo de tal mudança que norteia o debate sobre o valor da reforma ortográfica. Pois enfim, como brasileiro, mineiro, nascido no Brasil, orgulhoso de cinco copas do mundo eu só posso... ...achar essa reforma uma trapalhada. Que seja, a língua muda mesmo. Não nas academias, que têm apenas que cuidar de observar e registrar esses erros. Sim, a configuração cultural brasileira faz com que o idioma se modifique e enriqueça com tal velocidade e variação que não ocorre em nenhum outro país falante do português. Somos os líderes sim, mas e daí?Decidiram mudar a língua portuguesa! Ou melhor, criar regras para todos baseando-s no que somente os brasileiros falam. Certo, não usamos trema há muito tempo e pouco me importa quem a use. Acento demais não faz verão. Mas que importa se alguém em Portugal escreve acto e não ato? Li que nos países africanos, a unificação viria a ajudar esses países. Ora, se em Portugal já estão falando de acordo com a novela da Globo, em pouco tempo isso ocorreria naturalmente. E se os Angolanos, quando lêem (pois leem é muito feio!) não conseguem entender, me desculpem. Tempo para que eles comecem a aprender a raciocinar enquanto estão passando os olhos pelas letras. Os falantes do inglês conseguem viver muito bem com “honor” e “honour”. Somos mais burros do que eles? Claro que não, usar isso como justificativa é subestimar a capacidade intelectual de milhares de leitores. Certo, deixem claro que a grafia alternativa existe, mas abolir? De agora em diante é assim e problema de quem as usava no seu dia a dia, ou seja, os milhões de portugueses que estudaram a vida toda a antiga grafia? Que bem esses senhores pretendem trazer com a reforma? A alienação idiomática de milhões? E as novas letras do alfabeto? Bem, quando eu era pequeno e estudava no Instituto Decroly, e entre meus colegas havia uma Karina e um Wilson. Nome próprio ? E daí? Nome próprio para mim é grito de Gol no Mineirão cheio. Mas isso é tão pouco, temos esses novos acentos. Não vou brigar por acentos, pois vários idiomas sobrevivem sem os intrometidos. E sempre achei hífens feios, mas o que temos na reforma? Alguns hífens feios, outros vão embora. Mas e quando a palavra começa com “s” e “r”? Meu santo Deus. Autossugestão? Antirreligioso? A reforma não era aproximar a língua que nós brasileiros escrevemos da língua nos outros países? Peraí, vai algum esperto falar que a reforma da língua ESCRITA era para refletir a língua FALADA? Duas coisas diferentes? Então estou pasmo, a língua escrita portuguesa tem algo chamado “h” que no começo de palavras como “homem” não existe na língua falada. E ainda continua lá. Subumano no lugar de sub-humano ? E as vogais duplas de cooperação? Em Minas aprendemos a comer letras ao falar, imagina aquelas que são relicários de falsas promessas, comemos com gosto. Falamos sem darmos conta da dupla vogal. Essa é a mudança? Façam-me o favor, olhem que palavras deselegantes estão sendo criadas! Leiam Autossugestão. Sou tentado a ler, pois não preciso da grafia de dois “s” para pronunciá-lo, autos - ssugestão. Um plural mal educado. Enfim, lembrei que a alardeada reforma mudará no máximo cerca de 2% das palavras. E pensei, tão pouco para tanto barulho. Tão fácil de ignorar.
João Camilo de Oliveira Torres

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