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quarta-feira, 4 de junho de 2008

Um convite à reflexão

Um convite à reflexão dos artistas e pessoas ligadas à cultura
É claro que não pergunto se você já fez o aparelho. Faço referência ao trabalho do radialista: falar, apresentar, sonorizar, interpretar, produzir, programar, atuar no rádio. Pergunto isto porque o rádio é uma paixão. Quem faz rádio, geralmente, fica “radioapaixonado”. Quem faz televisão também é radialista, mas o veículo, fruto da paixão a que me refiro, é o rádio mesmo. Muitos atores, cantores e artistas de outros segmentos poderiam fazer rádio e, talvez, nem tenham pensado nisto. Acho que o rádio está precisando de arte, entusiasmo e renovação. Depois do ímpeto criativo dos anos 50 a 70, o rádio não mudou mais. Não cresceu, não inovou. Ao contrário, perdeu força, “glamour” e espirituosidade. Acho que a maioria das pessoas que atuam no rádio se deixaram envelhecer e olham o veículo pelo retrovisor. Ficam ligadas na história vitoriosa do rádio no passado e se repetem. Conclusão: radialistas precisam criar um horizonte, olhar para frente. Se você vai fazer uma experiência radiofônica, não vá só pensando no que já existe. É importante conhecer tudo, mas pense que pode criar novos formatos, propor maneiras diferentes de se comunicar, utilizar todas as riquezas que o rádio tem. Dinamismo é palavra-chave na hora de se criar programas. O grande barato do rádio é o som. Isso mesmo: som sem o recurso da imagem. Isto leva o ouvinte a imaginar, a criar suas próprias fantasias, cenários, figurinos, personagens. Para provocar com eficiência estes climas um programa precisa ter, sempre que possível, elementos enriquecedores da imaginação se alternando: sonoplastia, trilha sonora, músicas, narrações, radioteatro...Um programa só falado pode ser muito chato. Assim como, um programa só com músicas pode estar mais para um Cd do que para um programa de rádio. É o chamado “vitrolão”. Convido as pessoas ligadas à cultura e que tenham uma simpatia pelo rádio a pensar numa experiência prática. Aposto que vão adorar. Acho que a criatividade dos artistas de outras áreas pode contribuir muito com a evolução do veículo. Falo, é claro, de uma experiência informal ou eventual. Legalmente, é necessário ser radialista ou jornalista pra atuar no rádio. Mudanças estão acontecendo com o uso da Internet. Vem aí a revolução digital. Muitos canais vão se abrir e multiplicar oportunidades. É hora de olhar o rádio com outros olhos, ou ouvi-lo com outros ouvidos.Não é simpática aos atores a idéia de fazer radioteatro ou radionovela?Fica aí o convite, um quase desafio para se pensar no rádio com carinho.Este é só um primeiro papo sobre o assunto.

site: cultura e infância

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