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quarta-feira, 31 de março de 2010

Virada Cultural resgata trem de Adoniran Barbosa

Virada Cultural resgata trem de Adoniran Barbosa

Estadao -



O trem de Adoniran Barbosa, citado na música-símbolo de São Paulo, finalmente vai sair às onze horas. Não necessariamente do Jaçanã, onde já fora demolida, em 1964, a famosa estação. Na 6.ª edição da Virada Cultural, nos dias 15 e 16 de maio, o Trem das Onze - que nunca existiu, mas acabou imortalizado pelo compositor paulista, que neste ano faria 100 anos - passará por várias estações da capital, com possível partida da zona norte.

A atração, uma proposta da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para homenagear o centenário de Adoniran, deve ser uma das principais atrações da Virada, que espera receber público superior a 3 milhões de pessoas. Na próxima semana, representantes do Estado e da Prefeitura vão se reunir para definir o trajeto do trem e em quais estações ocorrerão as paradas.

Segundo a Secretaria Municipal de Cultura, não foi definido se a atração vai durar as 24 horas ininterruptas do evento ou apenas durante a madrugada de sábado para domingo, das 23h às 11h. "A atração está em estudo ainda. Não temos outros detalhes. Já existe uma reunião marcada para discutir a proposta", informou o governo municipal. A CPTM também confirmou o plano da homenagem dentro da Virada, mas não deu outros detalhes.

A ideia com o Trem das Onze é montar dentro de vagões da CPTM uma decoração que lembre a obra de Adoniran, também consagrado como ator e humorista do rádio paulistano na década de 50.

Museu - Embora Adoniran Barbosa morasse no bairro de Cidade Ademar, na zona sul, quando morreu, em 1982, parte de sua trajetória pode ser observada ainda hoje no Museu do Jaçanã, na zona norte. Fotos antigas, um chapéu do compositor, discos em 78 rotações e vitrolas fazem parte do acervo.



http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,virada-cultural-resgata-trem-de-adoniran-

O caminho para a revolução brasileira passa pela cultura

O caminho para a revolução brasileira passa pela cultura

FNDC - Joana Rozowykwiat



Criador do principal programa do Ministério da Cultura – o Pontos de Cultura -, Célio Turino está se despedindo, em grande estilo, de seu cargo de secretário nacional da Cidadania Cultural. Ele deixa a pasta no dia 1, para candidatar-se a deputado federal em São Paulo. Até lá, participa da Teia 2010, em Fortaleza, evento no qual pode ver de perto o resultado de seu trabalho para a cultura e o povo que a produz.

Na Teia, é difícil conseguir alguns minutos a sós com Turino. Assediado, ele posa para fotos, recebe cumprimentos e presentinhos – mostras do que os grupos culturais estão produzindo com ajuda do MinC. No evento que reúne representantes de 2500 pontos de cultura e no qual as diversas expressões culturais do país se exibem, simultaneamente, é fácil perceber o motivo das reverências.

Em entrevista ao Vermelho, concedida no refúgio da escadaria do Centro Cultural Dragão do Mar, ele falou sobre a experiência à frente da secretaria e das transformações promovidas pelos pontos de cultura. “Mudamos paradigmas. Todas as políticas públicas têm foco na carência e na vulnerabilidade. Com o Ponto de Cultura, partimos do oposto, da potência, da capacidade que o povo tem de transformar sua realidade”, contou.

Turino, comunista desde os 16 anos, avalia que a identidade brasileira se fortalece justamente por meio da diversidade. Em ano eleitoral, ele defende uma “culturalização da política e uma politização da cultura”. E adverte: “não há como pensar num caminho para a revolução brasileira que não seja com a cultura”. Ele será substituído na secretaria pelo poeta e atual diretor do Programa Cultura Viva, TT Catalão.

Vernelho: Você está deixando o MinC nos próximos dias. Como foi esta experiência?

Célio Turino: Foram cinco anos e dez meses de trabalho, um mergulho no Brasil. Fiz centenas de viagens, algumas de barco, como para chegar na terra indígena dos axaninca e encontrar um ponto de cultura, com estúdio multimídia e filme premiado em Nova York - feito por índios, falado na língua deles.

Subir morro, descer ladeira, ir a assentamentos rurais... Pude experimentar esse Brasil que se faz pelo povo. E o que percebo hoje é que, até como estratégia do povo brasileiro, por ter vivido numa terra ao mesmo tempo tão dadivosa e tão injusta, foi se formando uma rede de solidariedade popular, de criatividade e capacidade de iniciativa, e que floresce por baixo do tecido social. E quando jogamos foco nessas iniciativas, elas brotam com muita força.

Hoje são mais de 8 milhões de pessoas participando dos pontos de cultura, sendo 750 mil, em atividades regulares. Ou seja, é outro movimento social, outra forma de militância que vai aparecendo. É uma democracia com cara do povo, por isso alegre. E é isso que a gente vê aqui na Teia, que é uma mistura de reflexão, organização e encantamento com as apresentações.

Vermelho: Qual a grande inovação dos Pontos de Cultura?

Turino: Mudamos alguns paradigmas. O primeiro deles foi na política pública de forma geral, não só para a cultura. Todas as políticas públicas têm por foco a carência e a vulnerabilidade. Com o Ponto de Cultura, partimos do oposto, da potência. Não chegamos suprindo uma necessidade do povo, mas identificando a capacidade que o povo tem de agir e transformar sua realidade. Algumas pessoas diziam “Célio, você semeou estes pontos pelo Brasil”. Mas eu não semeei, eles estavam lá. Eu reguei.

Com essa mudança, vem outra, na relação entre Estado e sociedade. O Estado sempre trabalhou com o paradigma da concentração e da imposição. No ponto de cultura, no lugar do controle, trabalhamos com a confiança. Isso cria um Estado mais poroso, um povo que exercita mais seu empoderamento e pode trazer novos padrões de relacionamento entre Estado e sociedade, que extrapola a questão da cultura em si.

A gente exercitou Marx na prática. Colocamos os meios de produção nas mãos de quem produz. Isso se traduz com o estúdio multimídia, que permite que a narrativa seja executada na primeira voz. Mesmo as experiência socialistas do século XX não chegaram a esse grau de radicalidade democrática. Nos pontos de cultura é o índio na voz do índio.

Vermelho: E o que permitiu tamanha radicalidade?

Turino: O guarda chuva do Gilberto Gil permitiu que a gente fizesse isso. E eu diria que a elite dominante não percebeu esse processo, eu até não achei ruim que a imprensa, especialmente do Centro-Sul nem tenha se dado conta do que estava acontecendo, porque a gente pôde prosperar com esse grau de liberdade e radicalidade.

Vermelho: Qual o impacto dessas mudanças na questão da identidade brasileira?


Turino: Fica cada vez mais claro que a identidade do brasileiro se fortalece na diversidade, na troca, no intercâmbio - que não nega as identidade de cada um, mas vai adiante e cria outra coisa. O Mário de Andrade, em Macunaíma, falava do herói sem nenhum caráter, que muita gente interpretou errado. Nenhum caráter significava que o Brasil teria o seu caráter em formação.

E eu diria que o caráter do brasileiro está se definindo melhor e esse caráter é a convivência na diversidade, que nos faz fortes. O ponto de cultura, ao promover uma cartografia da cultura brasileira e feita pelo próprio povo, ele vai revelando isso. E ele transforma, na medida em que você se encontra e se relaciona com o outro. É uma dialética. Criamos um desenvolvimento por aproximação.

Vermelho: O trabalho dos pontos não tem espaço na mídia tradicional. Isso incomoda?

Turino: Hoje não nos afeta, porque em algum momento eles vão se surpreender e contar uma história sem conseguir entender o que levou o Brasil a essa mudança.

Vermelho: Estamos em ano eleitoral e está em discussão na Teia a consolidação dos programas do MinC como política de Estado. Há risco de descontinuidade?

Turino: Risco sempre há. Mas a gente tomou um conjunto de iniciativas, como as redes estaduais, que envolveram outra forma de compromisso prático, independente de partidos políticos. Mas é necessária, sim, a apresentação de leis e esse é o tema do Fórum de Pontos de Cultura, que vai até quarta (01).

Está se trabalhando em cima de duas leis. A Lei Griô, em fase de coleta de assinaturas, para os mestres da cultura oral, e a Lei Cultura Viva, da autonomia e do protagonismo popular. Para que a gente seja coerente com o conceito construtivista do programa, achamos que os projetos devem vir por iniciativa popular, mesmo que leve mais tempo.


Vermelho: Qual a importância dessa Teia, em final do governo, e acontecendo pela primeira vez em uma cidade nordestina?

Turino: É um esforço fazer aqui, pela questão dos custos e tudo mais. Mas esse é nosso papel. A Teia tem um componente simbólico grande. A primeira foi na Bienal de São Paulo, por uma decisão simbólica, porque aquele é o espaço da arte chamada de arte, do cânone da arte. Era preciso que a produção cultural da periferia entrasse naquele espaço.

Depois fomos para o Palácio das Artes, em Minas, sempre no sentido de que o povo entra pela porta da frente. Em 2008, foi na Explanada dos Ministérios e, agora, no Nordeste. Comparo a Teia com um movimento de guerrilha simbólica: os pontos, enquanto focos de áreas livres de pensamento; e a Teia é a incursão desses focos. Esse componente da cultura é muito forte. Digo até que não há como pensar num caminho para a revolução brasileira que não seja com a cultura.

Vermelho: Quais os avanços na política cultural da gestão Lula e o que ficou por fazer?

Turino: Cultura não tem fim. Mas houve uma mudança inconteste. O slogan do MinC, até 2002, era “cultura é um bom negócio”. Reduzia cultura a mercadoria. O orçamento era pequeno, 0,2%. Hoje, só com o Cultura Viva, investimos quase isso. A cultura ficava no eixo Leblon-Jardins. Era a mesma coisa do tempo do D. Pedro II.

Hoje é diferente. Há uma política de cultura, uma descentralização, o Estado se estruturou, trabalhamos mais no caminho do fundo público, há diálogo com a diversidade brasileira. E sem deixar de lado essa chamada cultura de mercado.

Vermelho: O que você sugere ao programa de governo do sucessor do presidente Lula?

Turino: Consolidar e avançar esse processo desencadeado na política cultural do governo Lula. Agora é momento de dar um passo adiante. Com essa base toda do pensamento da cultura brasileira, a gente começar a mudar a política, com a culturalização da política e a politização da cultura.

Vermelho: Você falou em avançar em relação ao que já foi feito, mas em que caminho? Qual a principal demanda agora?

Turino: Acho que avançar no entendimento de que quem faz cultura é a sociedade, as pessoas, não o Estado. É preciso aprofundar a radicalização democrática. E a gente vê que há mesmo uma relação da cultura com a política e isso vai ter que ser posto. O país está em uma encruzilhada e tem que se perguntar qual caminho quer assumir: transformamos tudo em mercadoria, em coisa, ou criamos uma plataforma a partir do bem comum.

Essa ideia do comum vai ser recolocada no século XXI, tanto que eu assumo com muito mais convicção a minha condição de comunista, a partir desse sentido. Eu me coloco à serviço da difusão dessas ideias e desse processo.


Tambores e contadores de história marcam solenidade oficial em Fortaleza

Tambores e contadores de história marcam solenidade oficial em Fortaleza

Ministério da Cultura -



Ao som dos tambores da Rede Ação Griô, movimento pela instituição da Lei Griô Nacional, do relato de luta da mestre de tradição oral da tribo indígena Macuchi, localizada na Raposa Serra do Sol (RR) e das experiências afrobrasileiras, relatadas por uma contadora de histórias aconteceu, em Fortaleza, a abertura oficial da Teia 2010 - Tambores Digitais.

 
Ministro da Cultura, Juca Ferreira

A solenidade, realizada na noite da última sexta-feira, 26 de março, na Praça Verde do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, reuniu centenas de pessoas para celebrar a festa da diversidade cultural do país manifestada nas atividades dos Pontos de Cultura instalados nas cinco regiões brasileiras.

“A Teia significa a afirmação do respeito do Estado pela cultura do país”, declarou o ministro da Cultura, Juca Ferreira. Ele disse, ainda, que as ações dos Pontos de Cultura, hoje apoiados pelo Ministério da Cultura por meio dos Programas Cultura Viva e Mais Cultura, já existiam nas periferias dos grandes centros metropolitanos do país e o MinC reconheceu e fomentou a implementação das iniciativas: “Não inventamos nada. O mérito é de vocês que desenvolvem manifestações culturais em todas as áreas”, concluiu.

Emocionada, a coordenadora do Programa Pontos de Cultura no Ceará, Norma Paula, se declarou feliz de ser articuladora do Cultura Viva no estado e diz esperar que a iniciativa seja consolidada como uma política pública para que não se perca nas possíveis trocas de governo.

Célio Turino

Para Francisco Auto Filho, secretário da Cultura do Ceará, representante do governo estadual na cerimônia, a Teia 2010 se concretiza como “modelo democrático para que a diversidade se manifeste como movimento popular em defesa da Cultura”.

Célio Turino, despedindo-se da chefia da Secretaria da Cidadania Cultural (SCC/MinC), foi ovacionado pelo público ao lembrar que há sete anos o ministério trabalhava somente com as elites de poucos estados do país e que esta gestão será marcada pela democratização da Cultura em todos as suas manifestações. Ele ainda definiu os Pontos de Cultura como uma “potência com afeto”.


Incentivo e Acesso

A democratização na distribuição dos recursos para os nichos culturais do país, prevista na proposta de reformulação da Lei Rouanet e o aumento do acesso aos bens e serviços culturais, também foram alvo de reflexão do ministro da Cultura: “80% dos recursos da Rouanet ‘escorrem pelos dedo’ do ministério”, declarou.


Pelo MinC, além de Célio Turino, secretário de Cidadania Cultural, estiveram presentes na abertura oficial da Teia 2010: Américo Córdula, da Identidade e da Diversidade Cultural; Silvio Da-Rin, do Audiovisual; Silvana Meireles, da Articulação Institucional e Sérgio Mamberti, presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte/MinC).


Manifestações Artísticas - Na noite do dia 25 de março, data em que se comemora a abolição dos escravos no Ceará, foi dado início a Mostra Artística da Teia 2010 com a coroação das Rainhas do Maracatu e shows musicais. O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, na capital cearence, está dividido em várias atividades que incluem seminários, palestras, mostras audiovisuais, rodas de debates, oficinas, exposições, apresentações, dentre outras.


Foram selecionadas 88 atividades culturais de Pontos de Cultura para compor a Mostra Artística, cujo objetivo é encorporar as manifestações culturais de todas as regiões por meio das várias linguagens e formatos: teatro, dança, circo, música, artes visuais, artes integradas e cultura popular.


O encontro, que acontece até quarta-feira, dia 31, permite o compartilhamento e a discussão dos conceitos e atividades realizadas pelas ações, iniciativas premiadas e apoiadas pelo Programa Cultura Viva do Ministério da Cultura. Formas de consolidar o programa como política pública de Estado, para que haja continuidade, também serão discutidas.


Ações de incentivo à leitura

Ações de incentivo à leitura

Blog Acesso -



Diversas questões contribuem para o fato da leitura não ser um hábito no Brasil. De acordo com alguns pensadores brasileiros, o País passou da oralidade direto para o audiovisual, pulando a etapa escrita. A organização econômica também não teria contribuído: por ser um país de base escravocrata, negligenciou-se a educação, tratada como direito universal apenas na década de 30, do século 20. Como conseqüência, parte da população brasileira é analfabeta. Segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (2008), desenvolvida pelo Instituto Pró-Livro, 45% da população brasileira não tem o costume de ler, o que coloca o País na 47ª posição do ranking mundial de leitura, formado por 52 países, de acordo com estudo da Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Enquanto o índice de leitura do brasileiro beira quatro títulos por ano, em países desenvolvidos essa média sobe para 10. Dispostas a reverter esse patamar, uma série de organizações nacionais desenvolvem projetos com o

intuito de disseminar a prática da leitura no País, seja a partir de projetos próprios ou com base em experiências de outros países.

Em 2001, o programador americano Ron Hornbaker resolveu organizar o movimento Bookcrossing, no qual os livros são “libertados” em espaços públicos à espera de alguém que se interesse em levá-los para ler. A ação já acontecia há tempos entre os amantes da leitura, mas Hornbaker criou um site para o cadastro dos livros encontrados e “libertos”, com códigos para impressão em etiquetas, que coladas aos livros permitiriam rastreá-los onde quer que fossem parar. Usuários do mundo inteiro aderiram ao movimento e, em 2009, o site ganhou uma versão brasileira, o http://www.bookcrossing.com.br/.

Desde que o site surgiu, foram registrados no mundo todo mais de 6,2 milhões de livros, e duas vezes por ano ocorrem encontros internacionais, geralmente na Europa e nos EUA, nos quais diversos bookcrossers – nome dado aos adeptos do movimento – trocam exemplares. “Uma forma segura de libertar um livro para não correr o risco de perdê-lo é deixá-lo numa ‘zona de bookcrossing’, uma mesa ou prateleira instalada em algum local público. Existem milhares dessas no mundo todo e seus endereços podem ser encontrados no site”, diz a coordenadora do Bookcrossing Brasil, Helena Castello Branco. Para ela, o Bookcrossing permite que mais pessoas leiam o mesmo livro, disseminando o hábito da leitura. “No Brasil, a falta de incentivo à leitura tem início na infância. Pais, escola e sociedade se omitem do papel de estimuladores. O ideal seria que, desde a alfabetização, a criança fosse acompanhada por um adulto que a incentivasse. Mas o fato da leitura ser associada à obrigação nas escolas, acaba resultando no contrário: ela passa a detestar ler. Livro é algo muito pessoal e cada um deveria escolher o que quer ler”, afirma.

Branco acredita que a inauguração de novas bibliotecas, com propostas de modernização, podem favorecer o incentivo à leitura. Ela cita a recém-inaugurada Biblioteca de São Paulo, no Carandiru, que abandonou o visual sisudo, promovendo palestras e eventos em suas salas, além de oferecer grande acervo audiovisual. “Sebos também são uma alternativa para quem procura livros mais baratos. Outra medida eficaz de estímulo à leitura seria o governo diminuir os impostos para que os livros fossem vendidos a preços mais baixos”.

Em Portugal, o evento já conquistou muitos fãs: com quase 12 mil associados, figura em sétimo lugar na Europa e décimo no mundo. Mas os portugueses seguem uma outra modalidade de Bookcrossing. ” A maior parte prefere usar o sistema de bookring, em que os livros são passados de mão em mão ou enviados pelo correio, retornando ao dono no final do percurso”, revela Teresa Laranjeiro, bibliotecária portuguesa responsável pelo site Bookcrossing Portugal. Associada desde 2004, Teresa diz que “o Bookcrossing em Portugal saltou do monitor para a vida real”, com 1ª Convenção Nacional, em 2009. A a 2ªedição está marcada para o próximo dia 8 de maio em Albergaria-a-Velha.


No Rio de Janeiro, um projeto chamado Livros de Rua tem o intuito de promover e democratizar o acesso à leitura. Idealizada pelo Instituto Ciclos Brasil, a ação foi inspirada no movimento Bookcrossing. Mas, de acordo com o presidente do Instituto, Pedro Gerolimich de Abreu, o projeto ultrapassou as fronteiras do movimento internacional. “Fomos além. No Bookcrossing, os livros libertos ficavam restritos a bairros de alto poder aquisitivo. Decidimos, então, levá-los a áreas de baixa renda, para atender, justamente, aqueles que não têm condição de adquirir um livro. Na verdade, não existem regras, mas priorizamos locais que apresentem uma defasagem de leitura”. Qualquer pessoa pode fazer parte do projeto, se registrando no site , cadastrando o livro que quer “libertar” ou avisando quando encontrar um exemplar.



A atividade teve início em 2009 e, desde então, 5 mil livros já foram cadastrados no site. “Trabalhamos com o conceito de liberdade. O livro deve ser lido e liberto em seguida, não pode ficar trancado no armário. A corrente deve continuar”, completa Abreu. Para ele, o objetivo do projeto não é apenas democratizar a leitura, mas estimular o debate. “No Brasil, de 10 brasileiros, 7 nunca pisaram em uma biblioteca. Boa parcela da população sequer tem acesso a bens culturais e, entre comer e comprar um livro, a opção é óbvia. E essa reação, na verdade, é dialética, pois se a pessoa não lê, também será difícil superar a condição de pobreza”, afirma.



FIT - Sem força total

FIT - Sem força total

Estado de Minas - Sérgio Rodrigo Reis



A novela do Festival Internacional de Teatro, Palco & Rua de Belo Horizonte (FIT) teve mais um capítulo crucial. Na manhã de ontem, depois de os até então curadores do evento, Eid Ribeiro e Richard Santana, distribuírem carta aberta à imprensa colocando os cargos à disposição, houve uma reviravolta na situação e o festival voltou a figurar na programação de 2010. Se tudo ocorrer como anunciado, o evento deverá ocorrer em agosto, numa versão não tão grandiosa como era a intenção original, mas não tão reduzida como alardeavam os pessimistas.

A presidente da Fundação Municipal de Cultura (FMC), Thaïs Pimentel, afirma que voltou atrás da decisão depois de ouvir os envolvidos. “Compreendemos que é possível superar as dificuldades, que sempre existiram e vão continuar existindo no setor público. Quando propusemos o adiamento, estávamos querendo ganhar tempo para superar dificuldades e realizar o evento com mais calma.” O clima agora é de contagem regressiva.

Durante a coletiva em que distribuíram a carta de demissão endereçada à presidente da FMC, os curadores demissionários reconheceram que a situação de dificuldades não é nenhuma novidade. “Sempre tivemos problemas orçamentários e administrativos, mas desta vez foi a gota d’água”, reclamou Eid Ribeiro, que, ao lado de Richard, já havia cumprido a etapa de pré-produção com a escolha de parte dos espetáculos internacionais. Os trabalhos deverão servir de base para o festival deste ano.

Thaïs Pimentel continua sustentando a necessidade da mudança de realização do evento para anos ímpares, por ser “mais confortável e promissora”. “A realização de eleições municipais e outros eventos nas datas pares compromete o calendário oficial da cidade”, salienta. Ainda segundo ela, já existe garantia de recursos para o festival e, a partir de agora, o trabalho é para criar viabilidade técnica e orçamentária para produção do evento. “Nos próximos dias anunciaremos as etapas futuras.” As definições sobre os nomes dos curadores e dos acréscimos à programação internacional, bem como as peças mineiras selecionadas, serão anunciadas oportunamente. A presidente faz questão de ressaltar ainda que o FIT é um evento da cidade, parte integrante da grade cultural do município. “Não tem um dono”, frisa.

Carta aberta

Os curadores demissionários do FIT, Eid Ribeiro e Richard Santana, convocaram a imprensa, na manhã de ontem, para entregar carta aberta endereçada à presidente da Fundação Municipal de Cultura, Thaïs Pimentel, em que colocam os “cargos” à disposição da prefeitura. Os motivos alegados foram, principalmente, atraso nos salários e no repasse de verbas para viagens internacionais e nacionais de seleção das peças. A presidente, que só recebeu a carta no início da tarde, disse que a “questão de atraso de verbas e dificuldades em viagens não pode ser colocada neste nível”.

No documento, os curadores justificaram a atitude extrema alegando que, “por razões éticas e em respeito aos participantes inscritos na seleção”, estavam apenas aguardando concluir esse compromisso para poder esclarecer ao público os reais motivos que levaram ao adiamento da 10º edição do FIT, cuja responsabilidade está sendo atribuída a eles. Explicaram ainda que passaram o primeiro semestre de 2009 sem “salário”, com falta de recursos para viagens e que, no segundo semestre, as verbas para as primeiras viagens saíram, mas foram novamente interrompidas pouco tempo depois. Por fim, alegaram que em janeiro tiveram uma reunião com o diretor geral, Carlos Rocha, solicitando uma resposta institucional, que não veio.

Thaïs Pimentel rebateu as críticas dizendo que, em 10 edições do festival, dificuldades sempre existiram e são naturais ao setor público. “Porém, sempre foram superadas.” Ainda de acordo com a presidente da FMC, não se pode falar em atraso de salários, no caso de profissionais terceirizados, contratados para trabalhos específicos e que não têm vínculo empregatício com o município. “O que vamos fazer de agora em diante é tratar de superar as adversidades e trabalhar na produção”, garante Thaïs.


A decisão de realização do FIT pegou de surpresa um dos personagens cruciais: o diretor geral Carlos Rocha. Nos últimos dias, o diretor anunciou que não participaria de uma versão reduzida, devido ao receio da realização de uma edição “desastrosa”. Ontem, foi procurado pela Fundação para ponderar a decisão. “Pedi 24 horas para pensar e conversar com os envolvidos”, afirmou.

Só o tempo dirá se a decisão da realização da 10ª edição do FIT ficará na história ou será algo para ser esquecido.



Espetáculos e companhias

que podem fazer parte da programação do FIT -2010



Internacionais

Jamais 202 – Generik Vapeur (França)

Carrillon – Kitonb Project (Itália)

ID – Cirque Eloize (Canadá)

Upon reaching the sun – Kibbutz C.

Dance Company (Israel)

Waiting room – Farm in the cave (República Tcheca)

Lote 77 – Producción Independiente (Argentina)

Copacabana – Ponten Pie (Espanha)

Odisea – Teatro de Los Anges (Bolívia)

Mulher asfalto – Mutumbela Gogo (Moçambique)

Controlled falling project – This side up (Austrália)

Fisura 2 – Cia. Gestual de Chile (Chile)

Light touch – Scarabeus (Grã-Bretanha)

Un sogno in red & blue – Faver Teater (Itália)

Mamas – Cia. Planet Pas Net (França)

Woyzeck – Sadari M. Laboratory (Coréia do Sul)

Sonho de uma noite de verão – Yohangza T. Company (Coréia do Sul)

Neva – Teatro en el Blanco (Chile)



Nacionais

Memória da cana – Os fofos em cena (São Paulo)

Balada dos palhaços – Grupo Artes e Fatos (Goiânia)

Dom Quixote – Teatro Que Roda (Goiânia)

In on it – Cia. dos Atores (Rio de Janeiro)



Locais

A relação deverá ser divulgada até o dia 7 de abril.

H.a.m.l.e.t.

H.a.m.l.e.t.

Roberto Alvim argumenta muito bem. Seu arrazoado sobre a dramaturgia contemporânea, num debate no festival de Curitiba, viajou de Ésquilo até Sarah Kane para afirmar que o texto no teatro serve à ampliação da experiência humana ou não é nada.
E ele deu "H.a.m.l.e.t.", título que parece remeter à "M.o.r.t.e." de Gerald Thomas, que também ecoava "Hamlet", como sua melhor peça até hoje. De volta a São Paulo, corri para ver, no Club Noir, baixo Augusta.

Não posso dizer que tenha me arrebatado ou que tenha confirmado o que as palavras do autor prometiam. A supressão da trama e, imagino, o próprio ritmo do verso branco resultaram numa peça compassada, vagarosa.

A sensação se estende, em parte, à direção de interpretação de Juliana Galdino, que estreia como diretora, como não poderia deixar de ser, com traços do que viveu e aprendeu de Antunes Filho, na voz, na priorização dos atores.

Alvim escreveu uma peça mais inspirada do que adaptada de Shakespeare. Protagonista e personagens como Ofélia e os atores são transportados para um ambiente hospitalar, como em "Cleansed".

Mas quaisquer cortes são difíceis de justificar, em "Hamlet". (Até a cena de Polônio com Reinaldo, quase sempre a primeira a cair, fazia falta nas montagens a que assisti. O efeito é empobrecedor, por melhor que seja a encenação.)

E não é diferente, com o texto de Alvim. Se Shakespeare inventou o homem, ao menos em sua versão moderna, cortar tanto assim _e manter título, personagens, algumas cenas_ deixa sensação de ausência.

(Como contraponto, encenado poucos meses atrás no Brasil, "Hamletmachine" é mais bem sucedida, com o original antropofagizado integralmente pelo universo social e estético do alemão Heiner Mueller.)

A essência hamletiana ambicionada pela peça ganhou sua melhor expressão no impacto visual, do escuro ao branco. Cenário e figurinos, da atriz tornada encenadora, Juliana Galdino, estão entre as melhores coisas de "H.a.m.l.e.t.".

Na interpretação, outra opção de impacto, um Hamlet gordo e envelhecido, não é explorada como poderia, para o bem do espetáculo. Falta, por exemplo, o humor alcançado pelo Stanley Kowalski do "Bonde" de Frank Castorf.


Escrito por Nelson de Sá às 15h21

PARA COMPARTILHAR

DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS



Muito se fala dos problemas do teatro comercial, muitos deles realmente crassos, mas algumas vezes este modelo de produção nos surpreende revelando espetáculos tão interessantes como aqueles que assumidamente têm um viés voltado à pesquisa, ainda que o foco seja o entretenimento. É este o caso de “Dona Flor e Seus Dois Maridos” comédia teatral adaptada de um dos romances mais conhecidos de Jorge Amado. O autor, imortalizado pela Academia Brasileira de Letras, um dos mais famosos escritores brasileiros de todos os tempos, foi responsável pela criação (ou recriação) da Bahia no imaginário popular, sempre banhando sua literatura nos mares de sua terra natal. Aqui ele nos conta a história de uma jovem de família recatada que cai de amores por um cafajeste que logo a deixaria viúva e saudosa de sua energia sexual, até que o espírito do falecido reaparece para saciar o desejo da moça, a esta altura já casada com outro, um polido farmacêutico. Pedro Vasconcelos, diretor bastante familiarizado com o universo do escritor, concebe uma encenação bonita e cheia de vida, sem cair na armadilha do naïf, ele leva pro palco o clima da cidade de Salvador (ainda que na idealização), e têm especial êxito quando expande a cena para além do palco italiano, utilizando corredores e escadas do teatro, e ainda no início do espetáculo ao envolver o público no bloco carnavalesco onde se desvelará a trama. O elenco tem um trabalho muito gostoso de assistir, a começar por Marcelo Farias (também adaptador do texto ao lado do diretor), que com seu Vadinho é a alma do espetáculo, a transição do jeito carioca do ator para a malandragem baiana está perfeita, com humor delicioso. Carol Castro, mais contida, dá conta do recado de ser a dona Flor com muita graciosidade, achando sua própria composição da protagonista, interpretada com maestria por Giulia Gam na minissérie televisiva e Sônia Braga no cinema. Duda Ribeiro completa bem o trio principal como doutor Teodoro, valorizando o texto. O grande destaque do elenco secundário é Ana Paula Bouzas, atriz que rouba a cena com humor legítimo e arranca grandes risadas do público em falas inspiradas. Com grande alegria completam o elenco Marcello Gonçalves, Elvira Helena, Carlos André Faria, Carolina Freitas, Nelito Reis, Daniely Stenzel, Lisieux Maia, Luana Xavier, Marco Bravo, Ewe Pamplona, Michelle Martins e Fabio Nascimento, que interpretam diversos personagens da comunidade baiana representada na história. Um espetáculo cheio de frescor que, com sua produção comercial e bons atores, se torna um divertido programa no teatro, assim é “Dona Flor e Seus Dois Maridos”.



Serviço: Teatro FAAP
Sexta e sábado 21h e domingo 18h


“RockAntygona”.


Por Luciana Garcia






O clássico grego Antígona, de Sófocles, montado e reinventado há seculos em inúmeros países, ganha, agora, mais uma interessante leitura, com “RockAntygona”. O texto original conta a mítica história da personagem título, que regressa à cidade de Tebas, após a morte do pai, Édipo - o que cegou-se ao descobrir que sua mulher, e genitora de seus filhos, Jocasta, era na verdade sua mãe -, que fora Rei e destronado por seus dois filhos homens, Etéocles e Polinices. Numa luta pelo reino os dois se matam, e é Creonte, irmão de Jocasta, que, como sucessor legal, recebe a coroa, e ordena que Etéocles seja enterrado com todas as honrarias, enquanto Polinices é deixado em terra nua, sem direito, sequer, a um sepultamento. A brava Antígona, então noiva de Hémon (filho do atual rei), se rebela às custas da própria vida para defender um enterro digno para seu irmão. A atual versão rock desta saga, é, na verdade, mais techno e atual do que o nome pode sugerir, e executada com precisão e ousadia. A dramaturgia, assinada por Caio de Andrade, suprime alguns elementos da história (como a irmã da protagonista, Ismênia, e Eurídice, mulher de Creonte), mas que não atrapalham sobremaneira a compreensão do enredo. Interessante perceber que Guilherme Leme, como diretor, consegue trazer concepções extremamente audaciosas e assertivas para o palco, de forma seca e direta. Os elementos contemporâneos, que compõem a narrativa, poderiam parecer inapropriados, se pensados isoladamente, porém, há uma subjetividade em cada tela que se forma à frente do espectador, que faz parecer o texto completamente moderno e apropriado. Marcello H., responsável pela chamada mídia eletrônica (produzindo os efeitos de som e passagem de tempo), faz o papel de Corifeu - o líder do tradicional coro das peças gregas. Creonte (Luís Melo), Antígona (Larissa Bracher), e Hémon (Armando Babaioff), parecem participantes de um reality show arcaico, criaturas que colocam as emoções em evidência, para fazer valer seu jogo de crenças morais. Abolindo um fazer teatral preocupado com a tradição grega, os personagens são colocados à mostra, sob lentes de aumento, com suas intenções, vivas, e seus defeitos e virtudes, expostos, como carne em açougue. Eles se dispõem, nessa encenação narrada, como peças fundamentais de um dinâmico quebra-cabeça, que fica suspenso no ar, mesmo para aqueles que já conhecem a trama. Extremamente bem sintonizado, o elenco de “RockAntygona” consegue levantar aplausos do público, e fazer valer o maravilhoso trabalho de cenografia e iluminação.



Serviço: Espaço SESC (RJ)
Quinta 20h, sexta e sábado 21h30 e domingo 20h

AS MENINAS



Famosa por seus trabalhos como atriz na televisão, Maitê Proença, tem firmado seu lado intelectual como escritora, seja através de livros, ou de peças teatrais como o atual cartaz: “As Meninas”, sua segunda incursão na dramaturgia, mais uma vez acompanhada pelo fiel parceiro , o comediógrafo Luiz Carlos Góes. A partir de uma conhecida tragédia pessoal da vida da autora, a peça se passa no velório de uma mulher que foi assassinada por seu marido. No centro da história, duas garotas: a filha, que viu a mãe ser morta pelo pai, e sua curiosa e participativa amiga, um tanto sem noção da gravidade do acontecimento. As meninas, ao lado da avó turrona e de outras integrantes do núcleo feminino da família, tentam compreender a desgraça que se abateu sobre elas enquanto rememoram histórias do passado deste matriarcado. O irreverente texto tem como maior encanto mostrar como as crianças encaram a morte, a visão pueril e, ao mesmo tempo, assertiva, numa espécie de crítica aos comportamentos adultos, que fazem assim um acerto de contas com a própria lembrança. Mérito também é a sensibilidade com que os atores trabalham a comédia num tema tão solene e triste, fugindo de qualquer morbidez, e apostando que é possível, sim, fazer graça mesmo com a morte das mais violentas, revezando risos com lágrimas, afinal, além de engraçada, a peça é comovente e possui grande beleza em seus diálogos. Amir Haddad, diretor da montagem, caminha em duas linhas paralelas que se cruzam em derminado ponto: uma é a excepcional condução de suas atrizes e a fruição da cena, outra é a quebra com o uso de canções populares interpretadas pelo elenco. Este recurso, apesar de aumentar desnecessariamente o espetáculo, funciona como um respiro à uma possivel clausrofobia temática. No que diz respeito ao elenco o destaque é Patrícia Pinho, que cria a prima amiga com certo distanciamento e autoironia, em uma interpretação deliciosa de ver e que rouba a cena. Já Sara Antunes – cujo talento já mostrou em montagens do grupo XIX de teatro – não se sai tão bem, por se levar a sério demais e pesar o drama da orfã. Vanessa Gerbelli faz a falecida de forma delicada e comedida, enquanto Analu Prestes é um pouco prejudica pela forte caracterização da avó. Completa o time Clarice Derziê Luz, que exibe grande versatilidade dando vida a diversas personagens, sempre com humor. Com um texto muito bom e ótimas interpretações, “As Meninas” é uma feliz surpresa que faz o público rir e se emocionar, refletindo sobre nossa forma de encarar a tragédia em nossas vidas.



Serviço: Teatro Cultura Artística Itaim
Sexta 21h30, sábado 21 e domingo 18h

EU E OS MENINOS

EU E OS MENINOS

Estréia no dia 02/abril 2010

no Teatro do Anônimo da Fundição Progresso

para curta temporada

de 05 únicas Apresentações

nas 6ªsf de abril

Dias 02, 09, 16, 23 e 30

“EU E OS MENINOS” mostra a visão do grupo “Os Exagerados” em relação aos temas bíblicos e religião. A história se passa na Judéia do ano 1 ao ano 33 D.C., uma época de pobreza e caos, repleta de messias e seguidores e com os romanos tentando promover algum tipo de ordem. No centro desta história está Jesus Cristo, um candidato a messias que se torna importante devido a uma série de situações absurdas e realmente hilárias que proporcionam amplas oportunidades para todo o grupo.

Com uma livre adaptação das histórias bíblicas, o grupo de teatro “Os Exagerados” conta a vida de Jesus Cristo de uma forma muito bem humorada e extremamente criativa.

A peça “EU E OS MENINOS” surgiu após a apresentação de um esquete criado pelo grupo, inspirado na imagem da pintura de Da Vinci: “A Última Ceia”. De forma artística e muito inusitada, a história do Cristo Rei é contada sendo permeada por vários ícones e elementos da cultura pop.

“EU E OS MENINOS” não busca o riso pelo riso, e sim ver a história de uma forma mais suave, sem a rigidez do ensino religioso tradicional, buscando uma reflexão divertida. Com um humor refinado

Prepare-se para uma viagem através da história.

“A essência dual de cristo – o anseio tão humano, tão sublime do homem de alcançar Deus; ou, para ser mais preciso, de voltar a Deus e de com ele se identificar - essa essência sempre foi para nós um mistério profundo e inescrutável. Essa nostalgia por Deus, ao mesmo tempo tão real e tão insondável, nos abriu grandes chagas e também fez brotar poderosos mananciais.

Desde a infância, nossas principais aflições e a origem de todas as alegrias e tristezas foram a batalha incessante e impiedosa entre a carne e o espírito.”A ultima tentação de cristo - Nikos kazantzakis

A montagem do espetáculo: “Eu e os Meninos” na cidade do Rio de Janeiro pretende transformar reflexões a respeito de maiores dúvidas humanas, em risos e diversão. Através de uma comédia ficcional livremente inspirada na vida de Jesus Cristo desde sua infância até a ultima ceia.

Considerando o Brasil um país de pluralidade religiosa, mas majoritariamente cristão, e levando em conta que na grande maioria das vezes, discute-se religião de forma maçante e de difícil absorção, a proposta de “EU E OS MENINOS” é tratar e refletir sobre a fé, uma das maiores questões do homem através da comédia.

Integrando diferentes linguagens, o grupo fala de um assunto considerado delicado. De maneira jovem e reproduzindo inclusive uma pintura renascentista em cena, pretende mostrar que entretenimento e cultura não precisam andar separados. Gerando discussão e questionamento.



FICHA TÉCNICA:

Texto: André Pellegrino, João Sant’Anna e Daniel Zubrinsky

Direção: André Pellegrino e João Sant’Anna

Supervisão Geral: João Brandão

Elenco: Adriano Martins, Alexandre Duvivier, André Pellegrino, Antonio Pedro Pierrot, Daniel Zubrinsky, Daniel Gawas, Daniel Belmonte, Eduardo Vianna, Fernando Sahb, Hugo Maia, João Sant’Anna, Luana Manuel, Pedro Cadore, Pedro Tomé, Rodrigo Belay e Rodrigo Miranda.

Cenário: Rebecca Belsoff

Figurino: Julia Marina

Coreografia: Carol Miranda

Iluminação: Felipe Lourenço

Desingn Gráfico: Victória Scholte

LOCAL:

Teatro do Anônimo (Fundição Progresso): Rua dos Arcos 24, Lapa - (21) 2210-5070



Todas sextas de abril às 21h (dias 2, 9, 16, 23 e 30)



Preço do ingresso: R$20,00

Postado por Ruy Jobim Neto às 10:53 0 comentários

Marcadores: comédia, Eu e os Meninos, rio de janeiro, Teatro do Anônimo

Comédia em Pé”

O espetáculo “Comédia em Pé” inicia nova temporada a partir do dia 2 de abril, sexta-feira, no Teatro Miguel Falabella, no Norte Shopping, Zona Norte do Rio de Janeiro.



Em cartaz há cinco anos ininterruptos e visto por mais de 600 mil espectadores, o show “Comédia em Pé” é comandado por um quinteto de comediantes cariocas: Claudio Torres Gonzaga, Fábio Porchat, Fernando Caruso, Léo Lins e Paulo Carvalho. Os cinco integram a formação básica do grupo “Clube de Comédia em Pé”, o primeiro grupo de stand up comedy formado no Brasil.



O stand up comedy é um formato de pocket show que se consagrou nos Estados Unidos e que hoje faz rir plateias de teatros, bares, casas noturnas e cafés-concerto espalhados pelo mundo.



Nessa nova temporada, o espetáculo tem sessões de 5ª a domingo, sempre às 18 horas. A apresentação também cumpre temporada no Teatro dos Grandes Atores, no Shopping Barra Square, na Barra da Tijuca.



Para mais informações acesse: www.comediaempe.com.br