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segunda-feira, 28 de junho de 2010

BOLETIM NACIONAL DO LIVRO E DA LEITURA

                                                  Mais 4,6 mil agentes de leitura
De junho a agosto serão publicados novos editais para a seleção e formação de 4.574 agentes de leitura. Para isso, serão investidos R$ 32,3 milhões em uma parceria do Ministério da Cultura com nove estados, 21 prefeituras e três consórcios municipais. Segundo o site do MinC, o projeto Agentes de Leitura, integrante do Programa Mais Cultura , foi inspirado em uma experiência cearense criada em 2005.  “Os agentes de leitura são jovens entre 18 e 29 anos, com ensino médio completo, situados, preferencialmente, em um contexto socioeconômico do programa Bolsa Família, selecionados por meio de uma avaliação escrita - interpretação e produção textual -, fluência de leitura e uma entrevista domiciliar. Os jovens recebem uma bolsa de complementação de renda, no valor mensal unitário de R$ 350.”
                                                         Biblioteca do Professor
Dentro do Programa Nacional Biblioteca da Escola, há o acervo do professor, que fornece material de apoio teórico e metodológico para o trabalho em sala de aula. Cada Biblioteca do Professor conta com 154 títulos divididos em categorias: 53 “para os anos iniciais do ensino fundamental; 39 para os anos finais do ensino fundamental; 45 para o ensino médio e educação de jovens e adultos; e 17 para os anos iniciais e finais do ensino fundamental da educação de jovens e adultos”, segundo informação do Ministério da Educação.
Biblioteca Itinerante em Minas
Em Congonhas, Minas Gerais, um ônibus adaptado, carregado de livros, percorre os bairros da cidade e a zona rural. Trata-se da Biblioteca Itinerante Roda-Letras, uma extensão da biblioteca pública municipal que assim busca levar literatura para a população de localidades distantes. Quinzenalmente, duas auxiliares desenvolvem atividades, como oficinas, e criam parcerias com postos de saúde, escolas e associações de bairro para fomento local. O projeto, que integra o Eixo 1 (Democratização do Acesso) do PNLL , possui um sistema de alto-falante, com música e chamadas comunicando a presença da biblioteca na comunidade e convidando-os para o mundo da leitura.
                                                    Fliporto
A Festa Literária Internacional de Porto de Galinhas (Fliporto), que acontece entre os dias 12 e 15 de novembro na cidade de Olinda, em Pernambuco, chega à sua sexta edição. O evento, que integra o Calendário Anual de Atividades e Eventos do PNLL , procura promover o intercâmbio sociocultural, humanístico e turístico entre os países ibero-americanos e os de influência da cultura judaica, com especial destaque para a difusão do livro, ampliação do mercado editorial, produção literária, incentivo à leitura e geração de empregos. Este ano, a autora homenageada é Clarice Lispector.

                                              Morre Carlos Monsiváis
Faleceu no último dia 19, aos 72 anos, o escritor mexicano Carlos Monsiváis devido a uma infecção pulmonar. Para o jornal El Universal , Monsiváis era considerado “um grande cronista da vida cotidiana mexicana, da arte e de seus personagens, escreveu múltiplos de ensaios, um livro de fábulas, assim como biografias de personagens que deixaram marcas na vida” de seus país, como Salvador Novo. Confira a seção Favoritos desta edição.

                                             I Congresso de Língua Portuguesa
A VII Reunião de Ministros da Cultura da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), ocorrida em 18 de junho no Palácio Nacional de Sintra, em Lisboa, definiu que o Brasil sediará o Primeiro Congresso de Cultura de Língua Portuguesa, entre os dias 2 e 6 de novembro deste ano. Outro ponto discutido entre os representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal, Moçambique, S. Tomé e Príncipe e Timor-Leste foi a reafirmação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa como um dos fundamentos da Comunidade e instrumento essencial para a unidade da Língua Portuguesa e para o seu reconhecimento internacional. Clique aqui para ler a Declaração Final na íntegra.
                                                     O Brasil em Frankfurt
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, e o diretor da Feira do Livro de Frankfurt, Jüergen Boss, assinaram na semana passada o Protocolo de Intenção que firma o Brasil como país-tema da edição de 2013 do principal evento da literatura mundial. Ferreira, em nota do site do MinC, declarou que “quando olhamos para a Feira de Frankfurt é possível que a primeira imagem seja apenas de negócios, mas é também uma possibilidade de diálogo intercultural, de apresentação do Brasil ao mundo”. O site também registra que o convite ao Brasil surgiu devido às recentes políticas públicas implementadas para o segmento do livro, leitura e literatura no país.

                                      Dia Nacional do Sistema Braille
Foi publicada na semana passada a lei que institui o Dia Nacional do Sistema Braille, a ser celebrado, anualmente, em 8 de abril, data de nascimento, em 1834, de José Álvares de Azevedo, responsável pela introdução do sistema no Brasil. O objetivo da iniciativa é fortalecer o debate social acerca dos direitos da pessoa cega e promover sua inserção na sociedade; difundir orientações sobre a prevenção da cegueira e acessibilidade material à informação e à comunicação, pela aplicação de novas tecnologias; incentivar a produção de textos em Braille; e promover a capacitação de profissionais para atuarem na educação, habilitação e reabilitação da pessoa cega, bem como na editoração de textos.
                                   Prêmio São Paulo de Literatura
Os finalistas do Prêmio São Paulo de Literatura vão conversar com o público paulistano em uma série de encontros iniciados no último sábado, dia 26, e que seguem até 27 de julho. Os vencedores nas categorias Melhor Livro do Ano e Melhor Livro do Ano – Autor Estreante serão anunciados no dia 2 de agosto. Clique aqui para conferir a programação e os locais dos debates e palestras.
                                      VI Prêmio Ibero-Americano de Literatura Infantil e Juvenil
Até o dia 30 de junho, a Fundação SM recebe inscrições para a sexta edição do Prêmio Ibero-americano SM de Literatura Infantil e Juvenil. A convocatória tem por objetivo promover o trabalho de escritores vivos cuja obra, voltada para jovens e crianças e escrita em qualquer uma das línguas faladas em Ibero-América, tenha reconhecida relevância literária. Os candidatos devem ser apresentados por uma instituição cultural ou educativa, associação ou grupo de pessoas relacionados à literatura infantil e juvenil.  Mais informações em http://www.edicoessm.com.br/
                                    Prêmio Vivaleitura: inscrições até sexta
As inscrições para o Prêmio Vivaleitura terminam no dia 2 de julho. As categorias são: “Bibliotecas Públicas, Privadas e Comunitárias”, “Escolas Públicas e Privadas” e “ONGs, pessoas físicas, universidades/faculdades e instituições sociais”. Em cada uma delas, os vencedores receberão R$ 30 mil. Na categoria Sociedade, haverá a distinção da Menção Honrosa a ser atribuída a projetos de empresas com foco no tema “formação de mediadores de leitura”.

Velha é a Mãe!’ NO SESI GUARUS CAMPOS

Louise Cardoso volta à comédia com ‘Velha é a Mãe!’
 
Texto inédito e premiado de Fabio Porchat tem direção de João Fonseca
 
 
            Ela acabou de fazer 70, mas isso é segredo de Estado. Horas de academia, algumas plásticas, aulas de boxe, natação e aplicações de botox ajudaram a manter sua aparência nos 50 e poucos anos. Por não aguentar tanta disposição, o marido a trocou por uma mulher, digamos, mais calma e a deixou à beira de um ataque de nervos. Responsável pela volta de Louise Cardoso à comédia depois de oito anos, esta tragicômica personagem é a estrela de ‘Velha é a Mãe’, texto inédito e premiado de Fábio Porchat, que estreou dia 15 de janeiro, no Teatro Sesi, com direção de João Fonseca.
 
Ana Baird divide a cena com Louise e interpreta Alice, filha única do casamento que acaba de terminar. Ao visitar a mãe, em uma tentativa de consolo, ela mal consegue falar tamanho o descontrole emocional de sua interlocutora. Entre revelações, ataques de raiva e lembranças do passado, mãe e filha trocam farpas e carinhos, graças aos ácidos diálogos de Porchat, vencedor do Festival de Novos Dramaturgos do CCBB em 2007 por este texto. Louise conheceu a peça pouco depois e conseguiu comprar os direitos em maio deste ano.
 
João Fonseca, amigo de Porchat, tinha sido a primeira pessoa a ler a peça e, inclusive, deu alguns conselhos e opiniões sobre seu desenvolvimento. Na época em que ainda procurava um texto, Louise encontrou o diretor e o convidou para dirigir sua próxima produção. O acaso fez com que ‘Velha é a Mãe’ chegasse às mãos da atriz e, quando ela avisou ao diretor que montaria a peça, o ciclo de coincidências se fechou. ‘Nós temos uma ligação com mãe também, ela vinha da ‘Mãe Coragem’ e eu ainda estou em cartaz com ‘Minha Mãe é uma Peça’’, brinca o diretor, se referindo ao último espetáculo protagonizado por Louise e ao bem-sucedido monólogo de Paulo Gustavo dirigido por ele.
 
A intimidade de atriz e diretor com o gênero vem de longe. Apesar de ter uma trajetória também marcada por textos mais densos, Louise se tornou conhecida nacionalmente por seu trabalho em comédias na televisão, em programas como ‘TV Pirata’ (1988-1989), e em espetáculos como ‘Fulaninha e Dona Coisa’, de Noemi Marinho, que rodou o Brasil por três anos, e ‘Salve Amizade’, de Flávio Marinho. Seu último trabalho cômico foi ‘Sylvia’, com direção de Aderbal Freire-Filho, em 2002. Em seguida, ela protagonizou ‘O Acidente’ (2003/2004), de Bosco Brasil, e ‘Mãe Coragem e Seus Filhos’ (2007/2008), de Bertolt Brecht, quando dividiu a e ao bem-sucedido monólogo de Paulo Gustavo dirigido por ele.
 
Também conhecido por transitar bem entre diversos gêneros dramáticos, João Fonseca dirigiu mais de vinte espetáculos na última década, que renderam seis indicações ao Prêmio Shell (‘A Falecida’, ‘Pão com Mortadela’, ‘Escravas do Amor’, ‘Édipo Unplugged’, ‘O Casamento do Pequeno Burguês’ e ‘Tudo no Timing’). O humor e o despojamento são heranças de seu trabalho com Antonio Abujamra e a companhia Os Fodidos Privilegiados, onde começou sua carreira como diretor.
 
No outro vértice deste triângulo, Fabio Porchat é outro exemplar de um trabalho tão diverso quanto volumoso. Aos 26 anos, Fábio já tem um currículo multifacetado, incluindo a direção de um clássico do teatro contemporâneo (‘Piquenique do Front’, de Fernando Arrabal, em 2006), o trabalho como ator de comédia (‘Infraturas’, ao lado de Paulo Gustavo) e autor de peças e programas de televisão. Há três anos, é uma das estrelas do sucesso ‘Comédia em Pé’, espetáculo de stand-up comedy que se mantém em cartaz por alguns teatros na cidade, às vezes simultaneamente.
 
‘Eu ri muito da primeira vez que li o texto, acho que tenho comédia na veia, na hora quis montar. Há anos venho procurando uma comédia brasileira contemporânea, um texto inédito e engraçado’, conta Louise.
Todo em tons de vermelho, o cenário de Nello Maresse ressalta o desespero da situação vivida pela protagonista. Descontrolada, ela quebra cinzeiros – o marido, fumante, foi embora mesmo – e objetos da casa. Encarregada de acalmar os ânimos, Alice (Ana Baird) faz o contraponto com a espevitada personagem de Louise. Psicóloga, discreta e solitária, ela sempre foi abafada pela forte personalidade da mãe. Mesmo assim, elas desenvolveram uma relação de afeto e cumplicidade.
 
As duas atrizes já ensaiam um encontro no palco faz tempo. Por uma outra coincidência, Ana tinha sido, quando criança, ‘filha’ de Louise no cinema, em ‘Parceiros da Aventura’ (1980), de José Medeiros. Trinta anos depois, elas retomam os mesmos papéis familiares. Conhecida pelo trabalho em musicais, Ana estará em cartaz, paralelamente, com o show ‘Chave de Cadeia’, divertido apanhado de canções sentimentais que ela encena em boates há dois anos.
 
 
Velha é a Mãe!
 
Texto de Fábio Porchat
Com Louise Cardoso e Ana Baird
Direção de João Fonseca
Cenário: Nello Marese
Figurinos: Rita Murtinho
Iluminação: Maneco Quinderé
Produção Executiva e Administração: Cristina Leite
Direção de Produção: Alessandra Reis
 
 
 
 
Dia: 02/07/2010 (sexta – feira)
Horário: 20 horas
Local: Teatro SESI Campos
Capacidade Limitada: 200 espectadores
Ingressos: R$ 15,00(inteira)
R$ 7,50 (Meia: Estudantes – idosos e sócios)
 
 
 
at.

NUCLEO EXPERIMENTAL DOS SATYROS

Núcleo Experimental dos Satyros apresenta
                            R.E.M.
           Inspirado na obra O Sonho, de August Strindberg, grupo dirigido por
       Luiz Valcazaras
         estreia temporada em 26 de junho no Espaço dos Satyros 2 


Em um sonho, tudo pode acontecer. Tempo e espaço não existem. O texto O Sonho (1901), do sueco August Strindberg, escrito em 1901, foi um dos primeiros a trazer para o teatro o universo fragmentado e fantástico dos sonhos. A dramaturgia do autor baseia o espetáculo R.E.M (rapid eye movement), com o Núcleo Experimental dos Satyros, dirigido por Luiz Valcazaras. Na peça, a deusa hindu Agnes desce à Terra para conhecer os homens e a vida. Nessa tortuosa trajetória, ela vive como ser humano e se depara com figuras que transformam seus pensamentos e seu próprio caminho.
            Não é a primeira vez que o diretor aborda os mistérios da mente humana em suas encenações. Em 2000, Valcazaras levou aos palcos Anjo Duro, sobre o universo imagético da psiquiatra Nise da Silveira. Interpretado por Berta Zemel, que recebeu o prêmio de melhor atriz pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), o espetáculo ficou três anos em cartaz e participou dos principais festivais de artes cênicas do país.
            Assim como em O Sonho, R.E.M. expõe as dores e as incertezas do ser humano. Na virada do século XIX, Strindberg questiona o sentido da vida e utiliza suas próprias experiências, entre elas os conflitos amorosos, como base para a dramaturgia.
            “Montar a peça O Sonho sempre foi um grande desafio para todo o artista. Encarei essa missão em parceria com os atores e fiz uma releitura para criar o espetáculo R.E.M”, conta Valcazaras, também fundador do N.I.Te. (Núcleo de Investigação Teatral), que pesquisa o ator como contador de imagens. Para ele, a contemporaneidade é um dos aspectos de destaque desta obra de Strindberg. “O texto traz uma grande reflexão sobre o modo de sentir dos seres humanos e ainda discute a alma dos artistas nos dias de hoje”, completa o diretor.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

PROGRAMAÇÃO DO SESI JULHO NÃO PERCA

O cinema vai à escola

Por João Batista Melo



Um projeto de lei apresentado em 2008 pelo senador Cristovam Buarque, e já aprovado pela Comissão de Educação e Cultura do Senado, torna obrigatória a exibição de filmes nacionais nas escolas de ensino fundamental e médio. O objetivo, altamente louvável, é o de incentivar, crianças e adolescentes, a prática de assistir às produções nacionais, contribuindo para criar futuras plateias para o cinema brasileiro.
Apesar dos avanços nas bilheterias, com recordes como “Tropa de Elite” ou “Se eu fosse você”, o cinema brasileiro ainda não conseguiu estabelecer um efetivo casamento com o público. Os sucessos acontecem de forma episódica e num ritmo que não permite alimentar uma economia de mercado, tornando a produção de longa-metragens sempre dependente dos editais de fomento e das leis de incentivo.
Do ponto de vista de criação e fomento de plateia, os números relacionados à nova lei são impressionantes. Segundo o Censo Escolar de Educação Básica, em 2009 tínhamos 52.580.452 alunos nos ensinos médio e fundamental, dado que ganha mais relevo quando se pensa que no mesmo ano, o público de todos os filmes brasileiros nos cinemas (que foi 76% superior ao de 2008) atingiu 16.092.482 espectadores.
Assim, além do resultado estratégico, é possível imaginar um novo e importante mercado para os filmes infantis nacionais. Existem quase 200 mil escolas no país, e como a imensa maioria é composta por instituições públicas, abre-se a porta a um impactante segmento para o consumo das nossas produções cinematográficas. Afinal, em tese, nenhuma escola exibiria um filme pirata, menos ainda uma entidade governamental. É possível imaginar sistemas de aquisição de cópias de filmes parecidos com as grandes compras de livros efetuadas pelos governos para bibliotecas escolares. Mantidas as devidas distâncias, podemos ter um espaço similar ao boom que incrementou a indústria editorial, nos anos 1970 e 80, por conta da adoção de livros de literatura infanto-juvenil (os chamados “paradidáticos” ).
Mas há uma questão nevrálgica nessa mudança na legislação que tem passado ao largo das discussões. Considerando os limites mínimos estabelecidos pelo projeto de lei, haverá uma média de doze horas anuais de exibição, ou seja, 98 horas ao longo dos nove anos do ensino fundamental. Dos 3.415 longa-metragens realizados no país até 2002, apenas cerca de 70 filmes (2%) foram voltados especificamente para o público infantil. De lá para cá, a situação não mudou muito, apesar do incremento de setores como o da animação. Cinema infantil continua sendo o patinho feio da produção cinematográfica brasileira. Não é diferente o cenário quando se pensa também no cinema infanto-juvenil. Outro gênero, o familiar, é ainda menos visitado pela nossa cinematografia, sendo os trabalhos de Mazzaropi um caso quase isolado.
A situação se torna mais crítica quando se pensa que existem diferenças entre as faixas etárias de alunos, que deveriam também ser obrigatoriamente respeitadas. Uma criança de seis anos tem necessidades e capacidades muito diferentes das que teria uma de doze. Obrigá-las a ver o mesmo filme pode ser não apenas contraproducente, do ponto de vista dos objetivos do projeto de lei, mas até mesmo nefasto numa perspectiva psicológica e/ou pedagógica.
Se quisermos refinar os problemas derivados da aplicação da lei, vale observar que cada escola segue alguma linha pedagógica, o que abrange muitas visões divergentes acerca da maneira de se apresentar conteúdos às crianças, da utilização de recursos de multimídia e, enfim, da visão sobre a vida e a sociedade. Escolas que seguem o construtivismo, a pedagogia Waldorf, as linhas de Piaget ou Montessori, entre muitas outras, têm abordagens distintas sobre como a criança se relaciona com o mundo à sua volta. Essa percepção pode levar até a que alguns dos poucos filmes existentes sejam considerados como não adequados à exibição para os estudantes de determinadas escolas.
Não é qualquer um dos menos de cem longa-metragens infantis que podem ser exibidos para qualquer um dos 52 milhões de alunos do nosso sistema de ensino básico. E, ainda por cima, aproximadamente a metade dos filmes infantis nacionais foram produções de Xuxa e de Renato Aragão. Sem entrar no mérito ideológico de tais obras, obviamente essa característica pode restringir ainda mais a margem de escolha das escolas e professores. Será quase compulsória a exibição de tudo que estiver disponível, independente de critérios pedagógicos, aliás, independente de quaisquer critérios.
O projeto tem potencial para produzir benefícios óbvios para o cinema e a cultura nacionais, contribuindo para educar futuras plateias e para criar mercado efetivo para um gênero relegado a segundo plano. Sua grande limitação está no fato de que a exibição compulsória nasce descasada de um incentivo à produção. Na maioria dos países que possuem um cinema infantil expressivo, este somente se torna viável com o apoio público. É exemplar o caso da Dinamarca, que tem toda a produção cinematográfica subsidiada pelo Estado e onde uma lei determina que 25% dos recursos destinados ao cinema sejam canalizados para filmes infantis e juvenis.
No Brasil, nunca houve nada sequer parecido. Notável exceção é o projeto “Curta Criança”, desenvolvido pelo Ministério da Cultura e pela TV Brasil, que já viabilizou a existência de quase oitenta curta-metragens, um formato que poderia compor o número mínimo de horas de exibição nas escolas. Porém, como cada curta possui em média dez minutos, chegamos a um total de somente treze horas produzidas em seis anos. E certamente nem todos esses filmes são exibíveis para todos os estudantes. Neste ano, o Ministério da Cultura abriu, pela primeira vez, um edital para seleção de três projetos de roteiros para longa-metragens infantis. Mas não se chegou ainda à produção propriamente dita. São iniciativas muito importantes, mas tímidas e isoladas, nascidas da pressão dos produtores culturais envolvidos com o gênero e da decisão de um governo específico, não de algum dispositivo legal e institucional.
Em resumo, estamos ainda engatinhando no apoio à produção de um gênero que teria forte demanda com a aplicação da nova determinação legal. É como se uma lei criasse um “cartão alimentação” para ser usado em supermercados que não têm produtos em estoque nem dispõem de alguma legislação que faça os artigos chegarem às prateleiras.
João Batista Melo é mestre em multimeios pela Unicamp e autor da tese “A tela angelical: infância e cinema infantil” a ser publicada em livro no segundo semestre de 2010 (Ed. Civlização Brasileira). Contista, romancista e crítico de cinema, dirigiu os curta-metragens infantis “Tampinha” e “As fadas da areia”.



Fonte: Revista Caros Amigos

terça-feira, 22 de junho de 2010

SESC CAMPOS SABADO ( 26 DE JUNHO) 20 HORAS

SESC CAMPOS AV ALBERTO TORRES   397


INGRESSOS COMERCIÁRIOS  r$ 3,00  ESTUDANTES r$ 6,00   INTEIRA r$ 12,00


O espetáculo trata de forma divertida e original uma relação de coexistência entre Humanos, pequenos insetos e extra-terrestres, embora sob perspectivas diferentes. Com nuances que vão desde a relação de poder e fracasso e a luta pela sobrevivência, ao ‘superego’ humano, a história consegue transformar o que pode parecer catástrofe em uma irreverente comédia que arranca gargalhadas do público e garante até ‘repeteco’ dos simpatizantes.
Direção e dramaturgia de Miguel Thiré regem o original trabalho do grupo In-Animados. Com quase dois anos em cartaz na zona sul carioca, “Superiores” abril a temporada 2010 , no prestigiado Espaço Parlapatões, em São Paulo, cumprindo temporada em janeiro e fevereiro.
A presença constante e criativa de ‘cortes cinematográficos’ garante a dinâmica e o sincronismo das cenas. Os atores formam três grupos de personagens e ficam no palco durante todo o tempo, se revezando em uma seqüência de participação e envolvimento com cada quadro. Passando de homens e mulheres a foguetes, árvores e óvnis, os atores brincam com a imaginação dos espectadores a cada ‘piscar’ de luzes. Além disso, não há cenografia e o grupo usa todo seu talento para representar história irreverente de Thiré. A criatividade, que está presente em todos os aspectos da peça, não poderia faltar na sonoplastia. Regida pelos próprios In-animados, ela estabelece um contraponto uma seqüência de sons como onomatopéias, sopros, batidas ritmadas e os próprios diálogos, que pontuam o espetáculo com compasso irreverência.
Com um roteiro elaborado a partir de improvisações e muito trabalho, o Grupo In-animados foi indicado ao Prêmio Shell 2007, na categoria especial pelo trabalho de pesquisa teatral desenvolvida em “Superiores” . O espetáculo recebeu ainda, no II Festival Nacional de Campos dos Goyatacazes os prêmios de melhor direção, iluminação (Felipe Lourenço) e ator (Paulo Mathias Jr.).
Se bem dizem: talento é coisa que se herda. E Miguel Thiré não foge à regra. Ator e diretor segue os passos brilhantes de sua avó ,Tônia Carrero, e de seu pai, o ator e diretor Cecil Thiré. Como ator, participou de inúmeras novelas e espetáculos teatrais como Dois pra Viagem, ao lado de Mateus Solano e, atualmente Macbeth, dirigido por Aderbal Freire Filho, com Renata Sorrah no elenco. Com tantos bons exemplos por perto era de se esperar que Miguel também fosse se arriscar na área. Estreou, como diretor, no teatro brasileiro com o já sucesso de critica “Superiores”.
Segundo o próprio, várias são as surpresas preparadas para o público. O texto do espetáculo, por exemplo, foi todo adaptado a uma linguagem de Bs, Cs, etc., definidas por cada ator. “O texto existe, embora o público não saiba. Na linguagem do B. eu diria essa mesma frase assim: ‘Blo blesbo besblite, blembloba blo blúblibo bão blaiba’ “ , explica o diretor, referindo-se a linguagem adotada durante a peça para dificultar a revelação do mistério principal da trama.
“Pesa muito para a qualidade do todo o tom informal e íntimo com que os personagens se comunicam, rico em inflexões reconhecíveis como do cotidiano do português brasileiro, além de irretocáveis quando enveredam para a política. “Superiores” é uma experiência bem pesquisada, bem executada e bem sucedida”. Bárbara Heliodora, Jornal O Globo, 20 de abril de 2006 .
Se há uma fórmula que Superiores segue à risca a de que é melhor fica pro final: a revelação do grande mistério do universo. Imperdível! Superiores!




















SESI MÚSICA

DICA DE LEITURA


No Brasil, infelizmente ainda temos a absurda visão de que a gramática constitui um conjunto de esquemas isolado e autônomo, a que o aluno tem de simplesmente ser apresentado, para irrefletidamente se entregar à sua catalogação.

Neste livro, a professora Maria Helena de Moura Neves mostra a gramática da língua como a responsável pela produção de sentido na linguagem, pelo entrelaçamento discursivo-textual das relações estabelecidas na sociocomunicação. Ao longo de treze capítulos, a autora elucida a visão da linguagem confrontada com a realidade da língua e qual o lugar da gramática na escola. Um equilíbrio coeso entre teoria e sua aplicação na prática. Pois é necessário ter atenção às modalidades falada e escrita da língua bem como à pertinência de estudos do português falado sob um aparato teórico.

PLANO NACIONAL DO LIVRO E DA LEITURA

                                                        Saramago, 1922 – 2010



Faleceu sexta-feira, dia 18, na ilha de Lanzarote (Espanha), José de Sousa Saramago. Prêmio Nobel de Literatura de 1998 e Camões de 1995, escreveu obras como Memorial do Convento, O Ano da Morte de Ricardo Reis, O Evangelho Segundo Jesus Cristo e Ensaio sobre a Cegueira. Seu último romance publicado foi Caim , em 2009. Saramago foi um dos primeiros escritores a aparecer na seção Favoritos do PNLL. Durante a II Reunião de Ministros da Cultura da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), quando foram tomadas decisões para a promoção do português como idioma oficial, o escritor também foi homenageado. Em sua memória, hoje publicamos uma nova seleção de links sobre o escritor português na seção Favoritos.



                                                    Livro didático



Começou hoje, dia 21 de junho, o processo de escolha dos livros didáticos que serão usados em 2011 pelos professores das escolas públicas brasileiras. O site do MEC informa que “serão contemplados os alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental com livros de português, matemática, história, geografia, ciências e língua estrangeira (inglês ou espanhol)”. No Guia do PNLD são apresentados os livros avaliados e selecionados pela Secretaria de Educação Básica (SEB).



                                              Brasil na Feira de Frankfurt 2013



O Brasil será homenageado na edição de 2013 da Feira do Livro de Frankfurt. Nesta segunda, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, recebeu o diretor da Feira, Jurgen Boos. estiveram presentes no encontro, representantes do setor no Brasil, entre escritores, gráficos, bibliotecários e empresários que souberam das parcerias a serem desenvolvidas.



                                                   Modernização de bibliotecas



O Edital Mais Cultura de Apoio a Bibliotecas Públicas 2010, cujo prazo de inscrição encerrava-se no dia 15 de julho, será prorrogado por mais 30 dias. Por meio dele, municípios podem receber mais de R$ 30 milhões para investimento nas bibliotecas públicas. Os recursos são destinados à compra de acervos, equipamentos e mobiliário, bem como a atividades de capacitação dos funcionários.



                            Mediadores de Leitura do SESC/TO - Rodas de Leitura



Para incentivar, estimular e difundir a literatura aos alunos da rede pública e privada de ensino no município de Palmas, o Programa Mediadores da Leitura do SESC-TO desenvolve rodas de leitura semanais, a fim de promover o aperfeiçoamento de habilidades como interpretação, reflexão e expressão escrita e oral para os jovens. O programa, que integra o Eixo 2 (Fomento à Leitura e à Formação de Mediadores) do PNLL, é vital para ampliar o acesso às oportunidades de educação e trabalho, ordenar o discernimento ético dos estudantes e formar leitores mais autônomos.



                                        Academia de Leitores de Três Pontas/MG



Com a intenção de incentivar a formação de leitores e escritores na região de Três Pontas, em Minas Gerais, e promover o contato intenso com o universo literário entre os estudantes do Ensino Fundamental, a Academia de Leitores de Três Pontas promove, junto ao curso de Pedagogia da faculdade local, ações didáticas que favorecem a construção de leitores e futuros produtores de texto. Por meio da organização de concursos literários, seleção de acadêmicos mirins, publicações de textos e rodas de leitura, o programa que integra o Eixo 2 (Fomento à Leitura e à Formação de Mediadores) do PNLL, contribuem significativamente para a reflexão e ampliação das práticas leitoras de nossos estudantes.



                                                Lei do Direito Autoral



Até 28 de julho ficará aberta a Consulta Pública para a Modernização da Lei do Direito Autoral, a Lei nº 9.610/98. Neste período, todos podem contribuir para aperfeiçoar o texto que “propõe a harmonia entre os direitos dos criadores, cidadãos, investidores e usuários e incentiva a formação de novos arranjos produtivos”. Para saber o que muda com a nova lei, clique aqui. Para participar da Consulta Pública e ler a íntegra do anteprojeto, aqui.



Abertas as inscrições para a segunda fase do Programa Petrobras Cultural 2010



Os projetos que percorrem as linhas de atuação em Formação; Preservação e Memória; e Produção e Difusão já podem se inscrever para a segunda fase do Programa Petrobras Cultural 2010. O PPC aplicará um investimento de R$ 61,2 milhões em projetos de pesquisa artística e de distribuição de bens culturais para 16 áreas, sendo R$ 810 mil para a “Literatura”. Clique aqui para conferir os prazos de inscrição.



                                                 Morre Massao Ohno



Faleceu na madrugada do dia 12 de junho, aos 74 anos, o editor de livros Massao Ohno, vítima de câncer no pulmão. O poeta era pioneiro da edição independente no Brasil, com publicações de autores como Roberto Piva, Jorge Mautner, Hilda Hilst. Como lembra o poeta Jorge da Cunha Lima, no blog do IG , “Massao era de uma violência apaixonada no amor, mas tranquilo como uma ioga quando levantava seu copinho de cachaça, da mesa à boca. Foi fiel e esse gesto durante toda a vida”. Também foi coprodutor de filmes como O Bandido da Luz Vermelha (1968), de Rogério Sganzerla.



                                                              Prêmio Vivaleitura



As inscrições para o Prêmio Vivaleitura terminam no próximo dia 2 de julho. As categorias são: “Bibliotecas Públicas, Privadas e Comunitárias”, “Escolas Públicas e Privadas” e “ONGs, pessoas físicas, universidades/faculdades e instituições sociais”. Em cada uma delas, os vencedores receberão R$ 30 mil. Na categoria Sociedade, haverá a distinção da Menção Honrosa a ser atribuída a projetos de empresas com foco no tema “formação de mediadores de leitura”.



                             Acesso gratuito à Bienal do Livro paulista



Professores, profissionais do livro e bibliotecários poderão visitar gratuitamente a 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que acontece de 12 a 22 de agosto de 2010, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, zona norte da capital paulista. Para poder se beneficiar da entrada gratuita, basta que apresentem à entrada um documento que comprove seu vínculo com alguma instituição de ensino, biblioteca, editora, distribuidora, livraria, empresa de venda direta ou porta a porta ou gráfica.



Festival Ver e Fazer Filmes

Festival Ver e Fazer Filmes

Fábrica do Futuro -



2ª edição do evento será realizada de 3 a 14 de agosto, com muitas novidades: produção de curtas-metragens de ficção e documentários, intercâmbio e muito mais..

O Festival Ver e Fazer Filmes trará muitas novidades em sua segunda edição em 2010. O evento mantém seu formato original de uma gincana formativa e colaborativa, por meio de um encontro singular entre diversos profissionais de mercado, professores e estudantes universitários, e aprendizes de projetos culturais e sociais, envolvidos em uma experiência única de criação e produção cinematográfica.

Na etapa “Fazer”, a novidade é a divisão em duas categorias: “FIC” – de ficção – e “DOC” – de documentário. Serão produzidos dois curtas-metragens e cinco documentários. Para produzir os curtas de ficção foram convidadas duas escolas brasileiras, a Pontifícia Universidade Católica (PUC Minas), de Belo Horizonte, e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), de Salvador.

Já para a produção de documentários serão organizados cinco coletivos de jovens das cidades de Cataguases (MG), João Pessoa (PB), Lagos (Portugal), Mindelo (Cabo Verde), Maputo (Moçambique) e Luanda (Angola), numa iniciativa de cooperação internacional da Rede Cineport.

Todos os filmes serão rodados em Cataguases envolvendo, principalmente, atores, técnicos e a população da cidade e região.

Ainda dentro da perspectiva de formação e de integração, o Festival vai oferecer uma ‘imersão cinematográfica’ a cerca de 120 jovens, de 14 a 17 anos, sendo 60 deles provenientes de cidades vizinhas. Acolhidos por famílias e jovens cataguasenses, todos terão uma programação especial com exibições comentadas e oficinas de formação.

Na etapa “Ver”, o evento conta, diariamente, com uma intensa e diversificada programação cultural, com exibições de filmes, em uma programação matinal destinada ao público infanto-juvenil, e outra noturna, com sessões comentadas por cineastas e/ou críticos de cinema. O projeto Tela Viva vai promover sessões do cinema nacional em praças e espaços públicos. Encerrando a noite, o Festival promoverá shows musicais.

O Festival Ver e Fazer Filmes é uma co-produção do Instituto Cidade de Cataguases - ICC e a Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho e o CINEPORT - Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa, com o patrocínio da ENERGISA por meio das leis de incentivo à cultura estadual e federal. O Festival conta ainda com a parceria do Sebrae, a Fábrica do Futuro e diversas empresas e instituições locais.

Natura Musical recebe inscrições para o edital nacional 2010

Natura Musical recebe inscrições para o edital nacional 2010

Music News -



O Natura Musical está com inscrições abertas para o Edital Nacional 2010. Os interessados devem acessar o Portal www.naturamusical.com.br para inscrever seu projeto e o prazo final é dia 1 de agosto. Este ano, o valor destinado para o patrocínio aos projetos é de R$ 1 milhão.
Dividido em duas categorias, Turnê Nacional que patrocina trabalhos inéditos de artistas com trajetória reconhecida pela crítica e pelo público no cenário musical brasileiro, com shows de lançamento pelas cinco regiões do país e Fomento à Música que apoia ações em diferentes estágios e processos, como criação, produção, circulação, documentação, pesquisa, reflexão, formação de público e ações educativas, o Edital Nacional 2010 busca incentivar a música brasileira de qualidade e projetos com propostas inovadoras.
Desde sua primeira edição em 2005, o Natura Musical cresceu em abrangência e importância. Até hoje, mais de 130 projetos de todas as regiões do país foram patrocinados por meio de editais públicos e patrocínios diretos.
Inscrições

Em ambas as categorias as inscrições são gratuitas e abertas para pessoas físicas e jurídicas. Os interessados devem acessar o Portal www.naturamusical.com.br e preencher formulário eletrônico. Caso o proponente não possa preencher o formulário pela internet, deverá entrar em contato com a equipe de atendimento no (11) 3146 0970 ou pelo email edital@naturamusical.com.br.
Seleção dos projetos
Na categoria Fomento à Música a seleção será feita entre agosto e outubro de 2010 e a divulgação está prevista para novembro. Já em Turnês Nacionais, os projetos selecionados serão conhecidos no início de 2011. Para as duas categorias, uma Comissão Técnica formada por especialistas da área de cultura e música fará uma pré-seleção considerando os projetos mais alinhados aos conceitos e critérios de cada uma das categorias. Com base no parecer desta Comissão é que a Natura faz a escolha final dos projetos.

Sobre o Natura Musical

É o programa de apoio à cultura brasileira da Natura com foco em música. Lançado em 2005, beneficiou projetos de diferentes estágios e processos da música brasileira patrocinando mais de 130 projetos em todas as edições de edital público e seleção direta. Ao todo, 17 estados das cinco regiões do Brasil foram contemplados e mais de 500 mil pessoas beneficiadas.

Entre os patrocinados até aqui, destacam-se as últimas turnês de Arnaldo Antunes, Lenine, Céu e Marisa Monte. Há também projetos de resgate da memória como o site biográfico Caymmi Acervo Digital; e o Livro-CD Jongos do Brasil; além de projetos de pesquisa e gravação de CD. O filme "O Mistério do Samba", que retrata a história da Velha Guarda da Portela, também teve o patrocínio do Natura Musical.

Em 2010, ao completar 5 anos de existência, o Natura Musical está ampliando a sua atuação com o lançamento de dois novos canais de comunicação: o Portal Natura Musical (www.naturamusical.com.br) que reúne conteúdos exclusivos e inéditos de artistas brasileiros; e o programa de Rádio Natura Musical, apresentado pela jornalista Patrícia Palumbo e veiculado, diariamente, nas rádios Eldorado FM (SP), Litoral FM (Santos-SP), e Paradiso FM (RJ).

Entre os patrocinados deste ano, destacam-se os CDs e turnês inéditas de Carlinhos Brown e Vanessa da Mata; do grupo Cidadão Instigado e o guitarrista Edgar Scandurra; os lançamentos de CD de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho, do cantor Marcelo Jeneci; e ainda o filme A Música Segundo "Tom Jobim", documentário de longa metragem, que apresenta, pela primeira vez, a obra musical de Tom Jobim.


Sobre a Natura

A Natura é a maior fabricante brasileira de cosméticos e produtos de higiene e beleza e líder no setor de venda direta. Criada em 1969, a partir de um laboratório e uma pequena loja em São Paulo, hoje, a empresa possui cerca de 6,2 mil colaboradores e registrou no ano de 2009, receita bruta de R$ 5,8 bilhões, um crescimento de 19,3% em relação ao ano anterior. O lucro líquido foi de R$ 683,9 milhões, 32,1% superior ao registrado em 2008. A Natura está presente no Brasil, Argentina, Peru, Chile, México, Colômbia e França - onde mantém uma loja e um centro-satélite de pesquisa e tecnologia. Na Bolívia, Guatemala, Honduras e El Salvador, atua por meio de distribuidores. Sua força de vendas é formada por mais de 1 milhão de consultoras, sendo 875 mil no Brasil e 160 mil no exterior.

Prêmio Funarte de Composição Clássica

Prêmio Funarte de Composição Clássica

Music News -



Compositores brasileiros ou radicados no país há pelo menos três anos podem participar da seleção para a XIX Bienal de Música Brasileira Contemporânea, que será realizada no segundo semestre de 2011.
As premiações variam de R$ 8 mil a R$ 30 mil e contemplam obras inéditas para orquestras sinfônicas, orquestras de câmara, orquestras de cordas, conjuntos de câmara com até dez músicos, solistas, duos e trios, além de composições de música eletroacústica.
Ao todo, 70 obras vocais ou instrumentais serão selecionadas para estrear na XIX Bienal de Música. A análise dos trabalhos inscritos caberá a uma comissão externa, composta por sete integrantes de amplo conhecimento na área.
Entre os critérios de avaliação estão: a qualidade da obra e a viabilidade de sua execução. O investimento total da Funarte neste programa será de R$ 1,2 milhão.

Mais informações

classicos@funarte.gov.br

Cultura Popular

Cultura Popular
Ministério da Cultura - Neila Baldi

MinC lança Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel, nesta terça-feira (8)

Cerimônia em Juazeiro do Norte (CE) abre as inscrições para o edital, que contemplará 200 projetos,
com investimento de R$ 3 milhões do Ministério da Cultura

Poetas, editores, produtores e pesquisadores que atuam com as culturas populares agora têm um prêmio para o desenvolvimento das suas produções, primeira ação de incentivo ao cordel desde a regulamentação da profissão, em 14 de janeiro. O Ministério da Cultura lança nesta terça-feira, dia 8 de junho, às 18h, em Juazeiro do Norte (CE), no Centro Cultural do Banco do Nordeste Cariri (Rua São Pedro, 337), o Edital Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 - Edição Patativa de Assaré.
Serão selecionadas 200 iniciativas culturais vinculadas à criação e produção, pesquisa, formação e difusão da Literatura de Cordel e linguagens afins. Estão orçados R$ 3 milhões, distribuídos entre as iniciativas contempladas. As inscrições encerram-se dia 30 de julho de 2010.
Em 2009, Patativa do Assaré recebeu in memorian a Comenda da Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura em comemoração ao seu centenário e em reconhecimento a sua relevante contribuição à cultura popular brasileira. Também em sua homenagem o Programa Mais Cultura dedica a primeira edição do Prêmio de Literatura de Cordel.
O prêmio vem ressaltar a importância da Literatura de Cordel como patrimônio imaterial brasileiro, entendendo sua unicidade e papel fundamental na construção da identidade e da diversidade cultural brasileira. Podem concorrer poetas, repentistas, cantadores, emboladores, xilógrafos e demais artistas populares e profissionais da cultura em quatro categorias. O diretor de Livro, Leitura e Literatura do MinC, Fabiano dos Santos Piúba, explica que o prêmio é resultado das demandas apresentadas no Seminário de Políticas Públicas para Cordel, realizado em maio de 2009. “Esse prêmio vem estabelecer um canal direto com poetas e cantadores populares que terão acesso a recursos para criação, produção, difusão, capacitação, pesquisa e projetos de formação leitora”, diz.
Na primeira categoria, voltada para a Criação e Produção, serão 100 prêmios, sendo 80 publicações de obra inédita ou reeditada em folheto de cordel no valor de R$ 7 mil cada, e 20 produtos artísticos formatados em livro, CD e DVD voltados para a literatura de cordel, xilogravura, repente, cantoria, coco, aboio e embolada no valor de R$ 22 mil cada.
Para a categoria de Pesquisa (dissertações de mestrado, teses de doutorado ou reedição de livros publicados até 30 de maio de 2010) serão contempladas 10 iniciativas, no valor de R$ 25 mil cada.
Outros 50 projetos serão contemplados na categoria de Formação, destinada tanto para a qualificação de profissionais como para a formação leitora do público em geral, através do Cordel (cursos, seminários, oficinas, dentre outras atividades sócio-culturais de caráter educativo). Serão 10 prêmios para a manutenção e ampliação de atividades existentes, no valor de R$ 25 mil cada e outros 40 para projetos novos, no valor de R$ 15 mil cada.
Aqueles que divulgam o cordel e suas manifestações afins também poderão concorrer ao prêmio nesta edição, na categoria Difusão, que beneficiará 40 propostas. Os projetos podem ser em formato de evento (festivais, mostras, de shows e espetáculos, feiras, etc.) ou de produto cultural (como jornais, revistas, programas de rádios e sites, entre outros). Em qualquer um dos formatos, os prêmios serão divididos da seguinte forma: 10 iniciativas existentes (manutenção e ampliação da programação), no valor de R$ 30 mil cada, e 30 novas iniciativas, no valor R$ 20 mil cada.
Podem participar Pessoas Físicas com comprovada atuação na área literária ou cultural e Pessoas Jurídicas de direito privado, com ou sem fins econômicos com no mínimo três anos de existência e comprovada atuação em atividades de cunho literário, artístico-cultural e/ou editoriais. Neste caso, a inscrição está aberta para as categorias de produção, formação e difusão. Cada candidato poderá inscrever até dois projetos, em categorias diferentes, podendo ser selecionado em apenas uma das categorias inscritas.
O edital completo poderá ser acessado nos sites: www.cultura.gov.br ou mais.cultura.gov.br.
Patativa do Assaré
Antônio Gonçalves da Silva, conhecido como Patativa do Assaré, nasceu em 5 de março de 1909 na Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município de Assaré, na região do Cariri, sul do Ceará.
Sua primeira obra publicada foi “Inspiração Nordestina”, em 1956. Sua obra foi objeto de estudo na Sorbonne, na cadeira da Literatura Popular Universal, sob a regência do Professor Raymond Cantel, conquistando depois notoriedade nos estudos acadêmicos de literatura especializada, tanto no Brasil como no exterior. A singularidade estética de seus versos aborda vários temas universais, mas reflete, sobretudo, o cotidiano do sertão, o sentimento e a condição de ser nordestino.