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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

ENTREVISTA COM ANTONIO CARLOS BERNADES

Diretor, produtor e ator. Atualmente é Secretário do Conselho de Administração do CBTIJ – Centro Brasileiro de Teatro para a Infância e Juventude. Coordenador da Mostra SESC CBTIJ de Teatro para Crianças e responsável pelo site www.cbtij.org.br Também é diretor de programas para TV do NIS – Núcleo de Imagem e Som da UNIRIO.
1.Bernardes, você é um militante das Artes em vários segmentos, como ator, diretor; foi quem fez o CBTIJ existir de fato, se envolveu na política cultural não só do município, mas do país de forma geral. Você nos faria um panorama de como vê a cultura, neste momento, no país, no estado e no município?
Nestes últimos anos, caminhamos muito pouco pra frente e demos muitos passos pra trás. Acredito que a principal causa de nunca avançarmos de fato, é que a cada eleição, a cada governo, estão sempre querendo inventar a roda. Aí levam dois anos para reestruturar as devidas secretarias, mais um ano para colocar as ações em prática e no ano seguinte, como é ano de eleição param tudo para concorrer ao novo mandato. Falta uma continuidade de ações e de políticas públicas.Comecemos pelo nível federal. É fato que no governo do Fernando Henrique, a estrutura do Ministério da Cultura era caótica. Ele conseguiu, na surdina, acabar com o pouco que o Collor tinha deixado. Desvaziou a FUNARTE, acabando inclusive com suas livrarias. Quase acabou com o Teatro Cacilda Becker, etc.Começa o governo do Lula. Fizeram uma reestruturação mais do que necessária no Ministério, acabando com Secretarias desnecessárias. Só que as consultas realizadas a nível nacional, levaram mais tempo do que a real necessidade. Consolidou-se a estrutura do Ministério, fortaleceram a FUNARTE. Só que as ações que poderiam realmente alavancar a Cultura, só chegaram no último ano do primeiro mandato. Começa novamente o processo de eleições. Acreditávamos que no segundo mandato, as ações do Ministério da Cultura começariam de fato. O presidente da FUNARTE é despedido, sai o Ministro, e leva-se meses para decidir quem assume. Quando isso ocorre, o pouco que haviam realizado na primeira gestão é paralisado. Foram muitos passos atrás.Estamos quase no final do segundo mandato e o Plano Nacional de Cultura ainda não foi voltado. A PEC 150 que estipula que no orçamento deve-se ter no 2% para o MINC e no mínimo 1% para os Municípios não anda. As mudanças da Lei Rouanet, ainda não foram votadas. A frente parlamentar suprapartidária da Cultura não faz nada e se faz, não divulga. As Câmaras Setoriais, que bem ou mal, fizeram que houvesse a retomada de uma rede de contatos entre grupos e em todo o Brasil, instituindo assembléias e reuniões entre as entidades culturais (teatro, dança, livros, circo, etc.) nos estados foi paralisada. Os editais ficaram sem acontecer. Aliás, agora, acabam de lançar um edital com valor insignificante para o Brasil inteiro.

É verdade, que houve um avanço significativo em relação aos Pontos de Cultura, levando informação e formação as comunidades mais pobres, mas não se pode ter avanço em apenas uma área. Falta uma estratégia global de política pública.

Na esfera estadual, depois de anos sem nada acontecer no Rio de Janeiro , continuamos aguardando as mudanças que o governo de Sérgio Cabral prometeu. Aumento de verbas orçamentárias de fato. Temos muitas notícias na área de patrimônio. Com o auxilio das estatais estão reformando o Teatro Municipal, em breve a Cecília Meirelles e vão construir o novo Museu da Imagem e do Som, em Copacabana. Com a parceria do SESC, o Teatro Villa-Lobos será reformado e integrado a rede SESC. Enquanto isso, os demais teatros aguardam as reformas necessárias. Estamos aguardando notícias de ações em outras áreas.

No Município então, nem vamos falar. Um ano e meio depois das eleições, continuamos aguardando as ações prometidas por Jandira Feghali. Já estive em pelo menos quatro bate-papos que ela fez com a classe artística e se 25% do que foi prometido, se realizar, estaremos no paraíso.

A questão é que 2010 teremos eleições e já foi divulgado que ela é cândida ao Senado. Ou seja, nas três esferas tudo vai ficar paralisado e vamos aguardar que novos dirigentes, façam novamente consultas a classe artística, a população e novamente inventem a pólvora.

2.Você conhece de perto a situação do Teatro Infantil no Rio de Janeiro, principalmente. Como você vê este segmento da cultura e o que você acredita possa ser feito para reverter este quadro?

Estamos num momento crítico. Sempre achamos que estamos no fundo do poço e sempre constamos que podemos ainda afundar mais. Embora tenhamos o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, que no seu artigo 4º diz:

“É dever a família, da comunidade, sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à cultura, à educação, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;”

O que vemos é que a criança e principalmente os profissionais que atuam e trabalham para elas são sempre tratados como se fossem de um patamar inferior. Tem menos verbas, menos projetos escolhidos nos poucos editais abertos. É verdade que a maior parte dos profissionais que atuavam nessa área, por falta de incentivos pararam de realizar suas atividades (Dudu Sandroni, Teresa Frota, João Batista, Marcelo Caridade, Márcia do Vale, entre muitos outros), o que fez aumentar a iniciativa de grupos principiantes fazer espetáculos sem qualidade, achando que colocar uma fantasia de pelúcia e escrever um texto qualquer é fazer teatro para crianças. Acreditam que é mais fácil começar a fazer teatro para esse público, o que é não é verdade.

Existe uma lenda que o teatro infantil é ruim. É claro que muitos são péssimos, mas aposto que se fizermos uma estatística de todos os espetáculos produzidos no Rio ou em São Paulo, as produções ruins realizadas para público adulto ganham de longe.

Normalmente quem diz isso, não vê nunca espetáculo infantil. Vira uma verdade absoluta e nem quer saber o que se faz por aí. A menos, quando acontece uma super produção, com muita publicidade paga e aí isso passa a ser um evento e a mídia dá atenção. Ou então quando algum ator conhecido de TV faz algum espetáculo, o que em ambos os casos não é necessariamente um fator de qualidade.

Outra questão muito séria é em relação à imprensa. Sabemos que o editor de O Globo não gosta, nem se interessa por teatro infantil. O Rio de Janeiro já está há mais de dois anos sem críticos teatrais para espetáculos infantis. O Jornal do Brasil também não tem. Quando nos escrevemos em festivais, é extremamente constrangedor dizer que o Rio de Janeiro, dita capital nacional da cultura, não tem críticos para esse tipo de espetáculo.

Na verdade, o segmento de profissionais que trabalha com teatro para crianças desde que a Coca-Cola terminou com os patrocínios, vem sistematicamente –parando de produzir e enquanto outro patrocinador não aparecer, não vejo solução para resolver essa crise.
3.Nos últimos anos você tem se dedicado mais à produção de espetáculos, inclusive dirigindo o espetáculo Mamãe, como eu nasci?. Fale-nos da carreira deste espetáculo que já percorreu meio mundo.

Há seis anos, estreei um espetáculo, que na verdade levou nove anos para acontecer. Trabalhava na TVE, quando Marcos Ribeiro, sexólogo, que tinha um quadro no programa que eu dirigia, me entregou um texto teatral que tinha como base seu livro, Mamãe, como eu nasci? Achei o texto convencional demais e ele me propôs então, de realizar aquele projeto. Como o livro é pedagógico, criei uma história e busquei a colaboração da minha amiga Fátima Valença para desenvolver os diálogos e de Ubirajara Cabral para as músicas.
O projeto passou por vários patrocinadores e nada aconteceu. Até que eu mesmo resolvi bancar. Juntei os amigos e investi 25 mil na produção. Fizemos seis temporadas no Rio e uma em Niterói. Levei dois anos, para recuperar o investimento, mas esse projeto acabou fazendo história, pois foi o primeiro que tinha uma interação direta entre a projeção de desenhos animados e os atores.
Muitos espetáculos vieram depois e essa técnica acabou virando moda. Continuamos nos apresentando fomos para os principais festivais nacionais e internacionais. Há dois anos fomos convidados para participar de um Festival em Bogotá. Resolvi fazer a primeira e a última cena - em que o menino se dirige ao público - em espanhol. O curador de um dos mais importantes Festivais Argentinos gostou muito e me perguntou se poderíamos fazer todo o espetáculo em espanhol. Disse que sim e acabamos nos apresentando oito vezes, em 3 festivais internacionais e quatro cidades Córdoba, Rosário, Oncatibo e Ushuais). Já tínhamos nos apresentado, dois anos antes, em outro Festival em Córdoba, mas em português. Nossa última apresentação foi em Angola e estamos nos programando para nos apresentar no Festival de Madrid em 2010. Chegamos a 160 apresentações e devemos continuar. No próximo ano vamos fazer temporada em São Paulo e aqui no Rio, vamos para nossa sétima temporada, na Casa de Cultura Laura Alvim, às 16h30, a partir de novembro deste ano.

4. Qual o seu próximo espetáculo, quando estréia, enfim fale um pouco sobre sua próxima produção.

Por causa do “Mamãe”, acabamos formando um grupo e resolvemos dar continuidade ao nosso trabalho. Também sem conseguir patrocínio, resolvi eu mesmo investir e há dois meses começamos a apresentar nosso segundo espetáculo “Levitador Interplanetário Xereta Orbital”. Também com projeção de desenhos animados, só que agora, bem mais elaborados, em 3D.

Procurei vários textos que permitissem utilizar desenhos, e que pudéssemos continuar a interagir com estes. Encontrei no texto de Ivanir Calado essa possibilidade, além de tratar de um tema interessante. Uma menina se sente rejeitada, por se considerar diferente das outras. Encontra um palhaço, que a leva, para outros planetas onde todos são iguais. No final, ela constata o quanto é bom sermos todos diferentes. Devido a concepção, tive que adaptar o texto (com a autorização do autor) e também inclui cinco músicas, de Rodrigo Lima.

A estréia oficial, também será em novembro, só que às 17h30, na Laura Alvim. Será uma seção dupla e uma oportunidade para ver ou rever os espetáculos.

E não paramos por aí. Estamos trabalhando com outro texto de Fátima Valença e Bia Montez, desta vez, para um público jovem / adulto. É uma comédia policial, em que a projeção também será fator essencial na trama.

5.São alguns lutando por uma causa que, na verdade é de todos, você acha que falta uma vontade política para reverter este quadro?

Aqui no Rio, existe outro fator, além da falta de políticas governamentais, que não colabora para que possamos dar um passo a frente. As pessoas não se unem. Por mais que tentemos fazer reuniões e tomar decisões conjuntas, consolidar posições frente aos governos, não saímos do lugar.

Diferentemente de São Paulo, onde os avanços foram grandes em relação às leis e aos editais lançados por lá. A classe teatral do Rio não se une. São poucos os que realmente querem fazer alguma coisa pela coletividade, sem pensar antes no seu umbigo.

Gostaria de relembrar, um período que a classe, não apenas teatral, mas cultural, se uniu aqui no Rio.

O Centro Brasileiro de Teatro para a Infância e Juventude - CBTIJ já estava com cinco anos quando a “crise” se instalou na Secretaria de Cultura do Município do Rio de Janeiro. Era uma das poucas entidades, até então, que funcionavam a pleno vapor, organizada e com vários projetos sendo realizados. Inclusive, já tínhamos realizado um Seminário Internacional com a participação de mais de vinte países.

Naquele ano, nosso ex-prefeito César Maia, queria que o Rio se tornasse uma Broadway. Com exceção de dois grandes musicais no Teatro Carlos Gomes, financiados pela própria Secretaria, a Broadway não aconteceu. Aliás, não aconteceu quase nada. A RIOARTE foi extinta. O trabalho realizado pela ONG Palco Social, de Ernesto Piccolo e Rogério Blat, no Teatro Ziembinski (já haviam sido expulsos do Calouste Gulbenkian) foi sumariamente interrompido, com a desculpa que a Tijuca merecia coisa melhor. O resultado apenas desse teatro é que dois anos depois a prefeitura anunciava que estava dando uma última oportunidade ao Ziembinski, pois o plano maravilhoso que lá fora instalado não havia dado certo. Também acabou com o Prêmio Maria Clara Machado, que já acontecia há dois anos, e com o FATE – Fundo de Apoio ao Teatro, que foi sendo reduzido ano a ano.

O Fórum criado naquele momento, em virtude do anúncio do novo gestor, e que durou quase oito meses, conseguiu que três entidades fossem criadas: Grupos e Companhias, de Iluminadores e de Produtores. Mas, a razão principal ao estabelecer o Fórum seria a criação de uma lei, nos moldes da Lei de Fomento de São Paulo, e isto não foi concretizado.

Espertamente, o Secretário começou a dar um “cala-boca”, deixando algumas pessoas em seus cargos ou dando outros para algumas que protestavam e eram importantes dentro do Núcleo de Organização do Fórum, o que gerou uma desmobilização.

Com o surgimento das Câmaras Setoriais, o Rio de Janeiro criou informalmente, em 2006, a União das Entidades Teatrais do Rio de Janeiro, que tinha como objetivo, ações conjuntas de interesse comum. Depois de várias tentativas, acabei não marcando mais reuniões, pois a freqüência diminuía a cada reunião. A última ação conjunta foi a luta contra a modificação do Super Simples para as Artes Cênicas, que aumentou os impostos para mais de 20%. Infelizmente, participar de uma luta comum é muito difícil. Muitas vezes, o ego de alguns responsáveis por estas entidades faz com que as lutas sejam mais por interesses particulares do que da coletividade.

Aliás, depois de uma série de reuniões com vários políticos e a com Receita Federal, e também com a ajuda do SEBRAE, conseguimos que o Super Simples para as Artes Cênicas, voltasse para a Câmara dos Deputados, para ser votada, o que deve ocorrer em uma ou duas semanas. Ocorre que o deputado líder do DEM, anexou ao projeto a inclusão das clínicas médicas e dentárias, o que a Receita Federal não concorda. É outra briga, que temos que nos unir para conseguir resolver, pois se perdermos essa oportunidade, vamos continuar a pagar um valor exorbitante de impostos.

A necessidade de nos unirmos, pode parecer um “slogan” antigo, gasto. Mas só a união entre os profissionais das Artes Cênicas e principalmente de nossas entidades fará com que conquistemos o que ainda precisamos conquistar.

E não basta conquistar. Temos que estar sempre atentos, pois infelizmente a cada novo governo, como já disse, sempre chega aquele que quer reinventar a roda, colocar tudo abaixo e achar que tudo deve ser refeito.

6. Você acredita que Ações de Base, propulsoras da arte dramática para crianças é muitas vezes substituída por ações que apenas promovem um teatro que não faz parte de nossa realidade cultural - pois enquanto vemos estes raros grandes espetáculos - os clubes, as escolas, os teatros do município e do estado estão aí carentes de uma Ação Cultural verdadeira que cuide das bases de nosso teatro - e não da promoção pessoal?

Como já disse, foi criado no Brasil, um Estatuto da Criança e do Adolescente, que dá prioridade a estes, na educação, saúde, cultura, entretenimento. É lei, mas está longe de ser cumprida. Participei na semana passada, em Brasília de um Seminário, onde se discutia, sobre Políticas Públicas para a Infância no Governo Federal. Um dos pontos tratava de que 25% de qualquer orçamento, fosse dirigido em ações para as crianças e adolescentes. Lembrei do Estatuto e da prioridade nas ações para a criança. E que no meu entender, prioridade significava, pelo menos 51%. É claro, que essa “lei” nunca será cumprida. Nem nos países desenvolvidos, isso acontece. A conclusão foi que se conseguirmos 25% já será uma grande vitória.

Na esfera municipal, na cidade do Rio, de uns anos para cá, aumentaram o número de professores, formados em teatro, que foram contratados e estão dando cursos de teatro na rede municipal de ensino. Foi um avanço, mas ainda muito insignificante, em relação a quantidade de alunos matriculados.

É mais do que sabido, que fazer teatro é importante para a criança, para seu desenvolvimento, para seu relacionamento com outras crianças. Trata do lúdico, da imaginação, desenvolve a linguagem, enfim não vou me estender nisso. O que critico, é que principalmente em relação a algumas ONG e Pontos de Cultura, é que iludem esses jovens e fazem dessa arte, um ponto para querer transformar esses em profissionais. Esquecem que existem escolas e faculdades que tem essa função.

No final esses jovens acabam formando grupos, escolhem textos clássicos, na maioria adaptados diretamente dos filmes do Walt Disney. Fazem suas roupas de bichinhos de pelúcia e acreditam que estão aptos para fazer teatro para crianças. Se apresentam em escolas, em clubes e até mesmo em teatros. Fazem um espetáculo de péssima qualidade que afugenta o público, ou pior, fazem este acreditar que teatro para crianças é isso. Não quero tirar o direito desses jovens se apresentarem, mas eles não podem concorrer com profissionais.

Esta é, inclusive, uma das razões por que acabou o teatro-escola. Tivemos no Rio, num passado recente, um grande número de péssimos espetáculos, feito por amadores, que fazia uma concorrência desleal com os profissionais. Ofereciam um preço irrisório e apresentavam um espetáculo de péssima qualidade. No final os professores, acabaram se desestimulando de programar espetáculos nas escolas.

7. Grandes atores já fizeram com muito orgulho e prazer teatro infantil. Hoje isto mudou. Você tem a chave da resposta?

Os tempos mudaram. A televisão a cabo e a Internet dominam. A violência é alta. O público caiu drasticamente e não existem mais patrocinadores. Atualmente quando um ator conhecido resolve fazer teatro, vira um evento. Não é o espetáculo que atrai o público, mas o ator. Na maioria das vezes, como são grandes produções, o cuidado com a pesquisa, o texto não existe. Tudo tem prazo para acontecer. Data para começar e acabar. São produções para atrair público e ganhar dinheiro, que na verdade já estão totalmente pagas pelo patrocinador.

8. O que você sugere como fundamental para uma mudança de atitude, de pensar e de política que possa vir a fazer do teatro para crianças uma expressão de Arte, fundamental na formação do ser humano?

No momento, estou meio pessimista. Não acredito que, a curto ou médio prazo, possamos encontrar uma mudança de atitude de nossos governantes. De uma maneira geral, não é apenas o teatro para crianças que sofre. É a cultura como um todo.

Comercialmente falando, precisaríamos de um patrocinar que acreditasse que investir em teatro para crianças é um bom negócio. Crianças são grandes consumidoras e influenciam seus pais também a comprar. Com isso poderíamos voltar a crescer em produção e conseqüentemente em qualidade.

As entidades CBTIJ, CEPETIN, Rede Cultura têm que brigar muito para que políticas públicas dêem uma real atenção à criança. Mas não depende apenas das entidades. Depende de cada um de nós, se unir, para que estas entidades tenham força para continuar essa luta. Senão, é bom mudar de profissão ou pensar na aposentadoria.

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