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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Cristovam diz que Brasil precisa sair do deserto cultural

Cristovam diz que Brasil precisa sair do deserto cultural



Senado Federal -






O Brasil saiu da crise econômica antes de outros países mas, do ponto de vista da cultura, nós continuamos quase um deserto. A avaliação é de Cristovam Buarque (PDT-DF) que, nesta sexta-feira (06), conclamou os senadores a voltarem sua atenção para esse problema. O senador defendeu medidas de incentivo direito à cultura, como a redução do preço dos livros, a criação de mais bibliotecas, a implantação do projeto Cesta Básica do Livro, de sua autoria, e a aprovação pelo Legislativo da proposta do Executivo de criação do vale-cultura. Ele sugeriu também a escola em tempo integral para que o aluno tenha tempo de ler.



Cristovam lembrou que o Congresso Nacional decidiu realizar uma vigília em prol da cultura, durante sessão realizada nesta quinta-feira (5) para marcar o Dia da Cultura. Em sua avaliação, a deficiência em termos de acesso à cultura reflete-se na "alma" dos brasileiros, contribuindo para a falta dos valores de solidariedade, para a elevação da corrupção e o aumento da violência.


- O corpo não vai mal, mas a nossa alma continua deserta, doente - lastimou ele.



Segundo dados do próprio Ministério da Cultura, citados pelo senador, apenas 13% dos brasileiros frequentam cinema uma vez por ano; 92% nunca foram a um museu; 93,4% jamais frequentaram qualquer exposição de arte; 78% nunca assistiram um espetáculo de dança; 82% não possuem computador em casa; 95,6% dos gastos familiares vão para outros bens que não os da cultura e 90% dos municípios não possuem uma única sala para qualquer atividade cultural. Além disso, os brasileiros lêem apenas 1,8 livros por ano, enquanto na Colômbia esse percentual é duas vezes maior e, na França, seis vezes superior.



Esse é um retrato, segundo o senador, de que nada melhorou nesses últimos 10 anos no Brasil em relação à cultura. Também na avaliação de Cristovam, nenhum dos governos pós retomada da democracia conseguiu mudar a ênfase sobre a parte material da sociedade brasileira. O que sempre aparece, observou ele, é o Produto Interno Bruto (PIB) da economia e não aspectos ligados à cultura como, por exemplo, o número de livros lidos.



Em aperte, o senador Geraldo Mesquita Junior (PMDB-AC) defendeu a implantação de um programa nacional com o propósito de disponibilizar livros em todas as localidades do país. O senador Mão Santa (PSC-PI) também lastimou a falta de bibliotecas nos municípios brasileiros.

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