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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

09h15 Filme sobre Lula pode influenciar eleição presidencial,

O filme "Lula, o Filho do Brasil", que conta a história da infância e da


juventude do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi lançado na última

semana, poderá ter um impacto sobre a eleição presidencial deste ano,

segundo afirma reportagem publicada nesta terça-feira pelo diário americano

"The New York Times".

"A história para antes de a carreira política de Lula tomar rumo. Mas isso

não impediu políticos e outros críticos de questionarem as intenções dos

produtores, que lançaram o filme durante um ano de eleição presidencial" ,

observa o jornal.

A reportagem observa que, apesar de Lula não poder disputar a reeleição,

"ele espera transferir sua popularidade para sua chefe de Gabinete e

sucessora escolhida, Dilma Rousseff".

"Além de qualquer ajuda para Rousseff, que tem lutado com a falta de

reconhecimento de seu nome, os analistas políticos veem o filme como parte

da renovação do 'mito do Lula', que poderia ajudá-lo a retornar ao poder em

2014", diz o texto do correspondente do "New York Times" no Brasil.

*Popularidade*

A reportagem relata que os produtores e o próprio Lula negam que o filme

tenha um objetivo político. "Os produtores dizem que não pretendiam fazer um

filme político, mas capitalizar sobre a popularidade de Lula, que mantém uma

taxa de aprovação acima de 70% em seu último ano na Presidência", diz o

jornal.

Mas a reportagem observa que os produtores foram criticados por suas

supostas tentativas de "limpar" a história de vida do presidente, omitindo

passagens como o abandono da então namorada Miriam Cordeiro, grávida de seis

meses, quando ele tinha 29 anos.

Os produtores alegaram que deixaram de lado a passagem após a família de

Miriam Cordeiro ter ameaçado processá-los.

Outro ponto criticado é a substituição da cachaça, a bebida alcoólica

preferida de Lula, pela cerveja --resultado, segundo os produtores, do

patrocínio da fabricante de cerveja AmBev.

Em uma entrevista ao "New York Times" antes do acidente de carro que o

deixou em coma, no dia 19 de dezembro, o diretor do filme, Fabio Barreto,

afirmou que o filme não é um documentário, e sim "baseado em fatos reais,

mas com uma pitada de ficção".

*Financiamento*

O jornal observa ainda que os produtores do filme foram questionados sobre o

financiamento da produção por grandes companhias como empreiteiras e

concessionárias de serviços públicos, que bancaram os quase US$ 7 milhões do

custo do filme, o mais caro já produzido no Brasil.

"Alguns críticos afirmaram que os patrocinadores podem estar buscando

favores do governo no momento em que este entra em um intenso período de

desenvolvimento de infraestrutura até os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio",

diz a reportagem.

O jornal diz que o papel que o filme terá sobre a eleição deste ano ainda é

incerto, já que, como observam os produtores, "apesar de ter uma população

de mais de 190 milhões de pessoas, o Brasil tem apenas 2.300 salas de

cinema, e 93% dos municípios não têm salas de cinema".

Apesar disso, como relata a reportagem, os produtores estão fazendo esforços

para que o filme seja visto pelo maior número de pessoas, especialmente

entre a camada mais baixa da população, com um plano de exibir o filme em

cidades pequenas a partir de março usando telas portáteis

--

Ruy Jobim Neto

Cia. Mestremundo de Histórias

(11) 9524-1968

jobimneto.ruy@ gmail.com

http://mestremundo. blogspot. com

















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