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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A FADA DO DENTE

Os críticos americanos resolveram se divertir esta semana destruindo esta comédia juvenil que, ao contrário do que parece, não é da Disney. O máximo que posso defender: não é tão ruim assim. Mas duvido muito que dê certo por aqui, até porque, não se trata de um mito brasileiro. O que me lembro, ao menos no meu tempo, é de jogar dente de leite no telhado. Nos EUA, muitos capitalistas ensinaram suas crianças a colocarem o dentinho debaixo do travesseiro: a Fada do Dente viria buscá-lo e deixaria dinheiro no lugar. Como um Papai Noel mercantilista.



No caso, e não se dá explicações, tem que se acreditar nelas e pronto: existe um decadente jogador de hóquei que usa o apelido justamente de Fada do Dente (Tooth Fairy) porque é temido por seus encontros e solavancos nos adversários – que invariavelmente, perdem dentes (eu constatei isso esta semana: todo jogador de hóquei no gelo tem orgulho de ostentar buracos entre os dentes, frutos de alguma grande porrada).



Como já está em fim de carreira, desiludido e amargurado, fala para a filha da namorada (Ashley Judd, que o botox deixou com o rosto redondinho, mas ainda bonitinha), que fadas não existem. Por castigo, a rainha das fadas (uma apropriada Julie Andrews) lhe aplica um castigo: por duas semanas, terá que cumprir a missão de fazer o serviço de pegar dentinhos, mesmo que tenha que largar tudo no meio (as fadas, ficamos sabendo, recebem um saco com vários poderes mágicos, para assustar cachorros, gatos, pós para tirar memória – o que me pareceu uma enorme parafernália para pouco fruto).



Quem aparece também sem crédito é o ex-apresentador do Oscar, Billy Crystal, como funcionário das fadas – inclusive nos letreiros finais. Embora a melhor pessoa do elenco eu não saiba o nome e não tenha como consultar daqui (o assistente do herói, um cara alto e desajustado, que quase rouba o filme. Só não rouba porque há pouco que valha a pena).




The Rock, agora Dwayne Johnson, é sabidamente um ator de poucos recursos, mas tem uma figura que parece um desenho animado, traços fortes, grandão, que não tem vergonha de expor ao ridículo (inclusive quando usa tutu de bailarina, uma apelação que até o roteiro reconhece como tal). O problema é que a história é fraca e o roteiro carece de momentos mais engraçados, piadas, gags, situações que resultam em algo mais divertido. Todo mundo parece constrangido, sem graça, pensando: “o que estou fazendo aqui no meio desta enrascada?”. Não vejo porque você, espectador, vá embarcar nela!



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