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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

2010 e a Agenda 21

2010 e a Agenda 21

Ministério da Cultura -



A segunda edição da Reunião Pública Mundial da Cultura (RPMC) começou nessa terça-feira, 26 de janeiro, em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, com a presença de mais de cem artistas, gestores e especialistas do Brasil, Angola, Argentina, Cuba, Peru, EUA e Inglaterra, reunidos para discutir a consolidação da Agenda 21 da Cultura.
Aprovada em 2004, em Barcelona, na Espanha, trata-se do primeiro documento a lançar as bases de um compromisso mundial das cidades e governos locais para com o desenvolvimento cultural. “Desde a gestão do ex-ministro Gilberto Gil, a Agenda 21 da Cultura inspirou muito o trabalho do MinC e, depois de seis anos, continua como uma referência extremamente inovadora”, disse o ministro da Cultura interino, Alfredo Manevy.
“As políticas do Ministério são referência importante desse compromisso, inclusive, neste ano, conseguimos alcançar uma das metas da Agenda, que é a recomendação do Sistema ONU de se ter o mínimo de 1% do orçamento federal para a cultura nacional. Chegamos ao maior orçamento da história do MinC, desde a sua criação”, informou o ministro, referindo-se ao salto de 64% que teve o orçamento da pasta entre 2009 e 2010, e que neste ano terá pouco mais de R$ 2,2 bilhões para investimentos diretos da pasta, sem contar com o financiamento via renúncia fiscal.
Manevy também respondeu às críticas recentemente veiculadas por alguns meios de comunicação sobre a Conferência Nacional de Cultura, sob a pecha de possível ameaça à democracia no país. “Chegamos a uma fase da democracia em que não dá mais para esconder temas debaixo da mesa. A sociedade é a protagonista dessas várias conferências que realizamos e querem debater, discutir o futuro de seu país. Debatem de tudo, inclusive temas tabus, proibidos. E eu pergunto: qual o problema se a conferência quer debater o sistema da comunicação? Nenhum. A interface entre cultura e meios de comunicação é natural, é óbvia, e a sociedade quer debater”, defendeu o ministro. “Essas acusações fazem parecer que o Brasil está em um período de guerra fria, uma coisa que está totalmente fora da realidade. Acho que é necessário apurar realmente, observar esse processo democrático que passou por três mil municípios, envolvendo todos os partidos, da oposição e da base. Eu mesmo estive em São Paulo para abrir a Conferência com um dos líderes da oposição, que é o Gilberto Kassab. Isso é parte de nosso aprendizado democrático”, completou.
Mais tarde, em Porto Alegre, o presidente Lula defendeu o livre debate, por meio de conferências, para a consolidação da democracia no país. O presidente lembrou também dos resultados da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada em dezembro. “Tem gente que acha que a democracia é um pacto de silêncio, quando a democracia é a capacidade que a gente tem de produzir muitas manifestações por milhões de bocas, para que a gente vá a cada dia construindo as conquistas de uma sociedade”, afirmou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante seu discurso na abertura do Fórum Social Mundial.
Participaram da abertura da Reunião Pública Mundial da Cultura, o prefeito Ary Vanazzi; o secretário municipal da Cultura, Vitor Ortiz; o representante do Ministério da Cultura e Chefe da Delegação Cubana presente no Fórum, Ismael Gonzales; e a diretora da Rede Ibero-Americana Interlocal de Cultura e diretora de Cultura de Montevidéu (Uruguai), Maria Victória Alcaraz.



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