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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Secretaria de Cultura destina R$ 21 milhões para 27 editais

Secretaria de Cultura destina R$ 21 milhões para 27 editais

O Globo - Mauro Ventura



RIO - Escritores iniciantes, diretores consagrados, músicos eruditos, foliões, sambistas mirins, pesquisadores, restauradores. Todos terão vez nos editais anunciados ontem pela secretária estadual de Cultura, Adriana Rattes. São 27 editais, totalizando R$ 21 milhões, para projetos realizados este ano e em 2011. Um avanço em relação ao pacote anterior, lançado em 2008, de dez editais, que movimentaram R$ 8,845 milhões.



Desse total de R$ 21 milhões, R$ 5 milhões fazem parte do programa Mais Cultura, realizado em conjunto com o Ministério da Cultura. Vão ser contemplados agentes de leitura, bibliotecas comunitárias, pontos de leitura, brinquedotecas e bibliotecas municipais. As inscrições começam dia 29. Outros R$ 3 milhões, de editais referentes a audiovisual, são feitos em conjunto com a Riofilme e só serão anunciados semana que vem.



- Os editais são uma das linhas de ação mais importantes da secretaria - diz Adriana. - A ideia é que se torne um programa permanente.



O pacote de fomento é bem variado. A partir do dia 15 de maio, já será possível inscrever os projetos. Na área museológica, serão destinados R$ 700 mil para apoio a atividades de dinamização de museus e o mesmo valor para modernização de museus e preservação de acervos.



Na área de artes, há editais para montagem de espetáculos de dança, teatro e circo; para montagem de exposição; para apoio à preservação de acervos de artes visuais; para bolsas de pesquisa; para apoio a grupos de música erudita contemporânea; para portais de arte; e para promoção de novos artistas na área de música - ou seja, para que eles possam promover seus trabalhos, usando, por exemplo, videoclipes. O total é de R$ 4,6 milhões.

Editais, diz Adriana, ajudam a corrigir deformação



Outro edital, de R$ 1 milhão, é de apoio a mostras, festivais e eventos culturais diversos. Estão incluídos aí festivais de cinema no interior, festas populares - como folia de reis -, saraus de poesia, seminários, oficinas e outros eventos com pouca visibilidade e, portanto, com raras chances de conseguir patrocínio das empresas.



No segundo semestre, serão lançados um edital de apoio a grupos carnavalescos (blocos de rua, afoxés, clóvis, blocos mirins e bandas), de R$ 800 mil, e um, de R$ 250 mil, de apoio a microprojetos culturais, voltados para comunidades de baixa renda. No mesmo valor, haverá um de apoio a transporte e hospedagem de artistas.



Na área de patrimônio, totalizando R$ 2,5 milhões, haverá um para pesquisa e publicação da memória fluminense; para elaboração de projetos de restauro de patrimônio tombado; para execução de obras de restauro (para dois projetos que sejam urgentes); para registros de tradição oral em culturas populares; e para apoio a grupos e mestres de cultura popular.



E, finalizando, haverá um, de R$ 350 mil, para novos autores fluminenses poderem publicar suas obras, sejam adultas ou infanto-juvenis.



Adriana Rattes explica que os editais ajudam na diversificação cultural e contribuem para corrigir uma deformação.



- As leis de incentivo acabam concentrando os investimentos em poucas regiões, em poucas manifestações culturais e em produtos mais voltados para o marketing. Elas dificilmente contemplam a inovação, a experimentação, a cultura popular e o patrimônio.

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