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segunda-feira, 28 de junho de 2010

NUCLEO EXPERIMENTAL DOS SATYROS

Núcleo Experimental dos Satyros apresenta
                            R.E.M.
           Inspirado na obra O Sonho, de August Strindberg, grupo dirigido por
       Luiz Valcazaras
         estreia temporada em 26 de junho no Espaço dos Satyros 2 


Em um sonho, tudo pode acontecer. Tempo e espaço não existem. O texto O Sonho (1901), do sueco August Strindberg, escrito em 1901, foi um dos primeiros a trazer para o teatro o universo fragmentado e fantástico dos sonhos. A dramaturgia do autor baseia o espetáculo R.E.M (rapid eye movement), com o Núcleo Experimental dos Satyros, dirigido por Luiz Valcazaras. Na peça, a deusa hindu Agnes desce à Terra para conhecer os homens e a vida. Nessa tortuosa trajetória, ela vive como ser humano e se depara com figuras que transformam seus pensamentos e seu próprio caminho.
            Não é a primeira vez que o diretor aborda os mistérios da mente humana em suas encenações. Em 2000, Valcazaras levou aos palcos Anjo Duro, sobre o universo imagético da psiquiatra Nise da Silveira. Interpretado por Berta Zemel, que recebeu o prêmio de melhor atriz pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), o espetáculo ficou três anos em cartaz e participou dos principais festivais de artes cênicas do país.
            Assim como em O Sonho, R.E.M. expõe as dores e as incertezas do ser humano. Na virada do século XIX, Strindberg questiona o sentido da vida e utiliza suas próprias experiências, entre elas os conflitos amorosos, como base para a dramaturgia.
            “Montar a peça O Sonho sempre foi um grande desafio para todo o artista. Encarei essa missão em parceria com os atores e fiz uma releitura para criar o espetáculo R.E.M”, conta Valcazaras, também fundador do N.I.Te. (Núcleo de Investigação Teatral), que pesquisa o ator como contador de imagens. Para ele, a contemporaneidade é um dos aspectos de destaque desta obra de Strindberg. “O texto traz uma grande reflexão sobre o modo de sentir dos seres humanos e ainda discute a alma dos artistas nos dias de hoje”, completa o diretor.

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