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terça-feira, 9 de novembro de 2010

REVISTA DO LIVRO




Livreiros independentes vão à luta

A Associação Nacional de Livrarias tomou, definitivamente, um lado. A partir de agora, representa e age especificamente em nome dos chamados livreiros independentes, aqueles de pequeno e médio porte que representam 70% das 2.980 livrarias do País (o que não significa, necessariamente, o mesmo percentual da receita com a venda de livros no varejo). Com isso, a ANL já se sente ainda mais à vontade para propor políticas públicas mais ousadas e que, em geral, não são apoiadas pelas grandes redes, que respondem pela maior fatia do faturamento desse mercado. Leia-se, em especial, a criação da Lei do Preço, que muito incomoda os grandes do negócio do livro.
 
 
Os livreiros e as políticas do livro e leitura I

Numa carta aberta endereçada aos parlamentares, governadores e até ao presidente da República, a ANL sai na defesa de propostas caras ao governo. Defende, por exemplo, a aprovação de projetos como a PEC 150 (que amplia o orçamento da cultura) e os que criam o Plano Nacional de Cultura, o Sistema Nacional de Cultura e, naturalmente, três tidos como cruciais para a área: o Fundo Pró-Leitura, o Instituto Nacional do Livro e Leitura e o Plano Nacional do Livro e Leitura.
 
 
Os livreiros e as políticas do livro e leitura II


Em compensação, os livreiros independentes resolveram apertar o cerco e exigir do governo mais facilidades para obter empréstimos do BNDES e apoio para a revisão da política de descontos praticada atualmente com descontos privilegiados para as grandes redes de livrarias e para estender a desoneração do PIS-Cofins para os optantes do Simples. O argumento da ANL é que os governos devem reconhecer as livrarias como centros culturais que ajudam a fomentar a leitura e a formar leitores no País, com uma importante função cultural e social, como fator de desenvolvimento econômico e humano. Também reivindicam políticas para baratear o frete e crédito diferenciado aos pequenos.
 
 
Um discurso mais politizado

A postura adotada pela ANL indica um discurso mais politizado que vai direto ao ponto, ao defender a regulamentação do mercado com a finalidade de criar mecanismos para que as pequenas e médias livrarias não desapareçam.
Dado usado pelos independentes: 9 em cada 10 pontos de venda são pequenos livreiros (dois terços só possuem uma lojinha e apenas 10% delas faturam acima de R$ 2,4 milhões por ano).
 
 
Faltam 17 mil livrarias

Pelos padrões da Unesco, o Brasil precisaria aumentar mais de 500% a quantidade de livrarias para atender toda a população. Existem 2.980 em 5.565 municípios, o que dá uma para cada 64 mil habitantes (o bom é uma para cada 10 mil pessoas, média que nem SP ou RJ alcançam). E pra complicar: 3 em cada 4 delas estão no Sul e Sudeste. E 2/3 das cidades nem sabem o que é uma livraria.
 
 
Um viva especial para a BN

A Biblioteca Nacional, espécie de joia da coroa da cultura brasileira, está em festa. Dona de um dos maiores acervos do planeta e um dos mais belos cartões-postais do Rio, ela está completando 200 anos de fundação. Entre uma boa programação e outra, a BN, que é administrada pela Fundação Biblioteca Nacional, recebeu um presente pra lá de especial: R$ 31,7 milhões do BNDES e outros R$ 6 milhões do Ministério de Ciências e Tecnologia para investir em reformas e digitalização, entre outros.
Então, um viva pra lá de especial!
 
 
Livros?! Nem de graça...

Uma em cada cinco cidades paulistas não está mesmo interessada em utilizar livros escolares para apoiar o ensino em suas escolas. Mesmo que esses livros sejam de graça e tenham passado pelo crivo de alguns dos maiores especialistas em educação do País. Foi isso que descobriu o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação ao fechar o balanço de municípios que aderiram ao Programa Nacional do Livro Didático, um dos mais festejados do mundo. Pelas contas do FNDE, nada menos do que 143 prefeitas paulistas - ou 22% do estado - simplesmente se recusaram a receber os livros gratuitos do governo.
Em vez disso, os prefeitos preferiram contratar sistemas de ensino apostilados, ao custo de R$ 125 a 170 por aluno.
 
 
Apostilas também no pré

E as apostilas, que têm causado uma boa polêmica no ensino fundamental e médio, também têm crescido na educação infantil. Estudo recente da Unicamp indica que, em dez anos, mais que quintuplicou o número de municípios paulistas que fazem uso do material desenvolvido pelos sistemas particulares para crianças entre 4 e 5 anos. De 2008 para 2009, por exemplo, subiu de 24 para 32 as cidades apostiladas no estado.

 
 
Recursos do FUST podem virar bibliotecas


Os milionários recursos do FUST, o controvertido Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações, continuam sendo disputados quase a tapa. Não são poucos os projetos apresentados no Congresso nos últimos dez anos para direcionar parte desses recursos para investimentos nas mais diferentes áreas. O deputado mineiro Antônio Roberto, por exemplo, acaba de apresentar o seu para tentar destinar 3% do montante para subvencionar a instalação de cinemas, teatros e bibliotecas em cidades que não possuam esses equipamentos.
A regulamentação da distribuição do dinheiro pertence, legalmente, ao Ministério das Comunicações. Mas o volume de recursos é tamanho que qualquer decisão só com a aprovação do andar de cima.
 
 
Um selo indígena

Foi lançado na quarta (3/11) na Casa de Cultura de Lorena (SP) o Instituto Uk'a, a Casa dos Saberes Ancestrais. E junto com ela chega o selo Uk'a Editorial, especializada na publicação de livros de autores indígenas. O primeiro deles é o livro Mundurukando, do escritor Daniel Munduruku, que pilota a iniciativa. No começo de dezembro, repeteco do lançamento em São Paulo.

 
 
Primavera de SP já começou!


Está acontecendo na Livraria Paulista, do Conjunto Nacional, em São Paulo, a versão paulista da Primavera dos Livros, a feira de pequenos editores organizada anualmente pela Liga Brasileira de Editores nas duas principais capitais brasileiras (a do Rio, nos jardins do Museu da República, foi há duas semanas). A Libre tem debatido sobre a melhor periodicidade para o evento.
Veja aqui a programação.
 
 
Doação de livros


Para ampliar a oferta de leitura, de educação e de oportunidades a detentos, a Penitenciária Industrial de Joinville (SC), que dá um bom exemplo nessa área, precisa de doação de livros. Os telefones para contato são: (47) 4009-9600 e 3463-8415.
 
 
Deu no twitter do Blog

Passeie pela biblioteca virtual Nova Escola c/ + de mil resenhas d livros d formação e literatura infantil/juvenil. http://bit.ly/dARyBP

 
 
Dos leitores do Blog

Como que alguém vai gostar de ler se não entende o que lê? Primeiro é necessário ensinar como ler e comprender e este é o meu trabalho. No livro Manual Básico de Estudo qualquer pessoa poderá aprender como estudar e assim obter prazer com a leitura. Visite o site:
www.dianetica.org.br/estudo.html.

Lucia Winther, editora.

 
 
AGENDA BOA!

Cumpro, nas próximas semanas, a seguinte agenda para debater temas ligados ao livro e à leitura:

22/11 (segunda)
Palestra para o povo do livro
Tema: PNLL: Os desafios para a implementação de Planos Estaduais e Municipais inclusivos
I Fórum Paraibano do Livro, Leitura e Bibliotecas
Local: Salão Internacional do Livro da Paraíba - João Pessoa (PB)
Horário: 9h às 12h


22/11 (segunda)
Palestra para o povo do livro
Tema: Mercado livreiro, autor e editor: perspectivas nacionais e locais
I Fórum Paraibano do Livro, Leitura e Bibliotecas
Local: Salão Internacional do Livro da Paraíba - João Pessoa (PB)
Horário: 14h às 17h
 
 

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