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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

cal - casa de artes de laRANJEIRAS

Casa das Artes de Laranjeiras ampliará sua estrutura em 2010 e ganhará uma faculdade com quatro salas de aula e mais um espaço cênico
 Um centro de excelência de estudo da arte de interpretar. A definição pode parecer exagerada aos olhos daqueles que não a conhecem, mas quem já a visitou um dia há de concordar. Tal como uma verdadeira universidade, a Casa das Artes de Laranjeiras, mais conhecida pela sigla CAL, oferece, desde a sua fundação, em 1982, formação técnica de qualidade, no Rio de Janeiro, para quem sonha viver da atuação, seja na televisão, no cinema ou no teatro.
“A CAL nasceu em 1982, por uma iniciativa do Eric Nielsen, diretor e professor de teatro; Alice Reis, atriz; e eu, músico e produtor cultural, além da maravilhosa participação do Yan Michalski, crítico, ensaísta, professor e pensador de teatro. Na época, a necessidade de aprofundar o sentido da formação profissional do ator, conectada diretamente com o mercado de trabalho, foi o nosso maior estímulo”, explica Gustavo Ariani, que, além de um dos fundadores, é, até hoje, um dos diretores-gerais da casa, ao lado de Eric Nielsen.
Trocando em miúdos, a CAL constitui-se como uma escola de formação e treinamento de mão-de-obra artística, além de ter sido a primeira escola particular do Rio a usar a regulamentação da profissão de ator para criar um curso profissionalizante, hoje considerado um dos mais importantes do Brasil, onde já se formaram mais de mil novos atores. “Nosso objetivo é dar uma base forte de interpretação para o aluno que deseja começar uma vida profissional”, confirma o coordenador-geral, Hermes Frederico.

Grande parte dos méritos que a CAL possui hoje no cenário de formação teatral se deve à colaboração inicial de um grupo de artistas de teatro capitaneados por Aderbal Freire-Filho, Glorinha Beuttenmüller e Sergio Britto, além do trabalho do crítico, professor e primeiro coordenador Yan Michalski. Com a morte de Michalski, em 1990, a coordenadoria-geral da CAL passou para Hermes Frederico, que, conjuntamente com Alice Reis (coordenadora do Núcleo de Teatro para Adolescentes e Crianças), deu prosseguimento à modernização do ensino das artes cênicas, gerando frutos de renome ao cinema, ao teatro e à televisão, como Marcos Palmeira e Patrícia Pillar (1983), Ana Beatriz Nogueira e Otávio Müller (1986), Bruce Gomlewski e Camila Morgado (1997), entre outros.
O grande elemento diferenciador do centro em relação às outras casas está na vivência prática permanente que cada um dos seus cursos oferece. O estudante da CAL está sempre em contato com profissionais e autores na ativa, o que garante uma multiplicidade de experiências artísticas conectadas diretamente com a realidade da profissão de ator. “As adequações necessárias aos diferentes veículos se fazem complementarmente, de forma cada vez mais desenvolvida. Uma grade curricular sólida, o corpo docente, a visão de mercado e o espaço privilegiado têm garantido o maior quadro de inserção profissional no teatro, na TV e no cinema”, declara Ariani. “Procuramos profissionais que sejam atuantes na profissão para lecionar na CAL. Não há diferenciação, a casa prepara para qualquer meio”, corrobora Hermes, que antecipa: “A partir do ano que vem, a CAL se tornará literalmente uma faculdade”.

A faculdade mencionada pelo coordenador-geral é o Instituto CAL de Arte e Cultura, que se instalará no bairro da Glória e abrigará seus alunos em mais quatro salas e em mais um espaço cênico. O Instituto CAL se juntará a já existente estrutura física da casa, que compreende seis salas de estudo e o seu teatro próprio, o Espaço Yan Michalski, onde cerca de 450 alunos têm aulas teóricas. Um deles é Lucas Aguiar, 21 anos, que tinha uma banda de música e queria conhecer uma outra vertente artística. “Recebi a indicação de amigos meus que falaram que lá tinha um excelente curso de interpretação, com grandes professores”. Segundo Lucas, um dos maiores atrativos da CAL é o caráter universitário que ela apresenta a seus alunos. A casa oferece cursos diversificados para alunos com dotações diversas, vindos de regiões diferentes do País.
“A CAL tem um clima animador. É um meio artístico onde você vê pessoas de todos os cantos do Brasil, cada uma com um conhecimento artístico diferente da outra, com uma aptidão diferente das outras. Tem gente que vem de fora só para estudar lá, como uma garota do Ceará e outra do Rio Grande do Sul que eu conheço”. Tamanha empolgação já faz Lucas, ainda apenas no seu quarto mês do curso profissionalizante de ator, cogitar seguir na profissão. “É uma pergunta que eu me faço também. Eu venho da música. Teatro era uma arte que não tinha conhecido ainda. Se eu quero seguir na carreira não sei, só sei que estou fazendo um baita curso profissionalizante”.
Para quem quer conhecer a CAL, mais informações em: www.cal.com.br.

 

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