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domingo, 24 de fevereiro de 2013

PLATAFORMA PUENTE CULTURA VIVA COMUNITARIA

informações e inscrições no email congresoculturaviva@gmail.com
17 al 22 de maio de 2013 La Paz – Bolivia
ConvocaPLATAFORMA PUENTE CULTURA VIVA COMUNITARIA
OrganizaCOMPA – Comunidad de Productores en Artes – Teatro Trono
Participam e apoiam
Rede Latinoamericana de Arte para a Transformação Social (RLATS), 
Articulação Latinoamericana Cultura e Política (ALACP), Rede 
Latinoamericana de Teatro em Comunidade, Asociação Latinoamericana de 
Educação Radiofônica (ALER), Rede Maraca, Rede Brasileira de Arte 
Educadores (ABRA), Rede Latinoamericana de Gestores Culturais, Juntos: 
Conexão Cultural Latinoamericana, Comissão Nacional de Pontos de Cultura (Brasil), Rede Afroambiental, Rede Nacional dos Povos de Terreiros, 
Telartes (Bolivia), Pueblo hace Cultura (Argentina), Plataforma Puente 
Valle de Aburra, Cátedra Medellín-Barcelona, Rede Acão Griô (Brasil), 
Hivos (Bolivia)
Apresentação
De 17 a 22 de Maio de 2013 será realizado na cidade de La Paz, Bolívia, o 1 Congresso Latinoamericano de Cultura Viva Comunitária
O evento reunirá mais de 600 representantes de todos os países do 
continente, participantes de redes de organizações de Cultura Viva 
Comunitária ( Pontos de Cultura, Centros Culturais, Bibliotecas 
Populares, Grupos de Teatro Comunitário, Coletivos de arte de rua, 
Muralismo, Circo Social, Música, Dança, Cultura Digital, Software Livre, Hip-Hop, Rádios e Canais de Tvs Comunitárias, Escolas populares de Arte e transformação Social, etc).
A este encontro chegarão também 5 caravanas culturais de grupos e 
redes provenientes da América Central, Brasil, Peru, Colômbia e 
Argentina.
A atividade envolverá espetáculos, Intercâmbios com organizações 
culturais, conferências, debates, feiras, oficinas, cortejos e 
mobilizações de rua que reunirão cerca de 10000 pessoas em La Paz, com o objetivo de fortalecer os processos de Cultura Viva Comunitária na 
América Latina e conscientizar sobre a necessidade de novos modelos de 
políticas públicas que apoiem e multipliquem estas iniciativas nas 
comunidades e territórios do continente, destinando a este setor pelo 
menos 0,1% dos orçamentos governamentais. Com este objetivo também 
participarão do evento representantes do legislativos e gestores 
públicos dos diversos países latinoamericanos, compartilhando 
experiências na perspectiva de apoiar estes processos em cada país.
Na organização deste evento trabalha a organização Teatro Trono – COMPA, representantes na Bolívia do Coletivo Latinoamericano Plataforma Puente Cultura Viva Comunitária, integrados por redes, organizações e coletivos nacionais latinoamericanos, a Red Telartes (Bolívia), e conta com o apoio de um importante conjunto de organizações sociais e o respaldo do Governo do Estado Plurinacional da Bolívia, que estão 
empenhados em articular que durante o Congresso de sancione no país uma Lei Nacional de Apoio à Cultura Viva Comunitária.
 
Histórico 
O I Congresso Latinoamericano de Cultura Viva Comunitária é a 
continuidade de um processo de articulação continental desenvolvido nos 
últimos 10 anos, com o objetivo de dar fortalecer e dar visibilidade às 
mais de 120 mil experiências populares de atividades culturais e 
comunitárias que existem no continente, mobilizando atualmente a cerca 
de 200 milhões de pessoas em eventos e oficinas, trabalhando 
intensamente junto a estas comunidades e territórios mesmo sem um 
reconhecimento adequado por parte das políticas públicas e legislações 
culturais vigentes na América Latina. Este processo deu origem ao 
Coletivo Latinoamericano Plataforma Puente Cultura viva Comunitária, que se articulou a partir da iniciativa de centenas de organizações e 
redes, com episódios como os Fóruns Sociais Mundiais de Belém (2009) e 
Porto Alegre (2012), a sanção de um anteprojeto de recomendação 
legislativa no Parlamento do Mercosul em apoio aos Pontos de Cultura, O “Encontro de Redes de Latinoamerica – Plataforma Puente – 100 organizaciones culturales” realizado em Medellin no ano de 2010, a intervenção em 2011 no IV 
Congresso Iberoamericano de Cultura e na Cúpula Social do Mercosul, e 
finalmente a Semana Continental pela Cultura Viva Comunitária durante o ano de 2012, junto com a realização da Caravana Por La Vida, que chegou a Cúpula dos Povos na Rio+20.
Um grupo de organizações culturais latinoamericanas provenientes da 
Colômbia, Brasil, Guatemala, Costa Rica, Bolívia e Argentina assumiram a responsabilidade de definir os meios para garantir a realização do 
Congresso, e se reuniram de 10 a 14 de janeiro em La Paz para trabalhar 
sobre aspectos organizativos, logísticos e de conteúdos. Neste sentido, 
este material é um primeiro documento de informação para estimular e 
orientar a pessoas e coletivos que queiram participar desta importante 
iniciativa.
Deste modo,o I Congresso Latinoamericano de Cultura Viva Comunitária busca fortalecer este processo fomentado por organizações e redes em todo o 
continente, gerando um espaço que propicie o encontro entre estas 
experiências e concretize avanços significativos no terreno organizativo e de luta por políticas públicas de apoio a estes processos de 
organização popular, economia social e desenvolvimento local na América 
Latina. Acreditamos que o fortalecimento dos processos de Cultura Viva 
Comunitária no continente podem constituir um avanço importante na 
construção de uma nova sociabilidade humana, em uma perspectiva de 
justiça e equidade, em harmonia com a Mãe Terra (Pachamama) e nossos 
bens comuns. Um caminho para uma democracia do comum, deliberativa e 
participativa que permita transcender e superar o horizonte ao que nos 
quer condenar o capitalismo, a violência e as políticas extrativistas em nossa América.
 
Objetivos
Favorecer o autoreconhecimento coletivo e o encontro entre as 
distintas experiências, organizações, redes e processos latinoamericanos gerados em torno da Cultura Viva Comunitária.
Propiciar ações e ferramentas que ajudem o fortalecimento da 
organização econômica, social, política e cultural de experiências, 
processos e redes latinoamericanas de Cultura Viva Comunitária no âmbito local, regional, nacional e continental, a partir de conceitos 
vinculados à descolonização, ao bem viver e à Cultura de Paz.
Gerar os espaços necessários para o debate, a criação e a circulação 
de processos de reflexão cidadã, de transformação das relações entre o 
estado e a sociedade civil, processos de empoderamento popular, 
ferramentas legislativas e modelos de políticas públicas de apoio à 
Cultura Viva Comunitária, sustentando a necessidade de garantir um 
montante nunca menor que 0,1% dos orçamentos públicos nacionais ao apoio das iniciativas culturais em territórios e comunidades.
 
Dimensões e Critérios Metodológicos
A Cultura Viva Comunitária é a visão que alimenta um movimento social e cultural latinoamericano de base comunitária, local, crescente e 
convergente, que assume a cultura e suas manifestações como um bem 
universal dos povos. Parte substancial das lutas populares de nossas 
comunidades e do processo de mudanças paradigmáticas vividas em âmbito 
global e em especial no nosso continente, em torno a um novo modo de 
entender as relações entre o público, o comunitário e o estatal. Neste 
sentido, o I Congresso Latinoamericano de Cultura Viva Comunitária se define como um fórum continental no qual compartilharemos uma 
experiência coletiva de produção de conhecimentos e intercâmbio com o 
firme propósito de reconhecer, dialogar, refletir e estimular um 
encontro entre pares diversos, gente que faz a cultura viva, 
organizações artísticas, culturais, de comunicação para a transformação, de circo social, hip-hop, escritores, artistas plásticos, saltimbancos, sonhadores, amantes da vida e da terra, ativistas da cultura de paz e 
de não-violência.
A este encontro também estão convidados legisladores e gestores 
públicos de nossas cidades e países, onde existem hoje ações públicas de Cultura Viva Comunitária, com apoios importantes a partir da promoção 
de políticas como a dos “Pontos de Cultura”, a exemplo de Brasil, 
Argentina e Peru, ou como a Colômbia no estímulo às organizações de 
Cultura Viva Comunitária.
A atividade espera contar também com intelectuais, acadêmicos, 
líderes e dialogantes críticos, embaixadores de boa-fé que ajudem a 
posicionar a Cultura Viva Comunitária, como um fato político coletivo 
que permita dar maior sustentação às iniciativas que procuram, em todo o continente, dotar de maior apoio institucional e reconhecimento social 
aos milhares de coletivos que desenvolvem estas atividades em bairros e 
comunidades latinoamericanas.
As organizações e redes de Cultura Viva Comunitária propõem destinar 0,1% dos orçamentos públicos nacionais e locais para investimento em processos culturais comunitários mediante a criação de 
políticas públicas articuladas a nível continental, que avancem na 
promoção e no reconhecimento das organizações culturais comunitárias.
5 caravanas provenientes de Guatemala, Costa Rica, Colômbia, Equador, Peru, Brasil e Argentina percorrerão vales, montanhas, litorais, rios, 
ruas, bairros, cidades e países para encontrarem-se no dia 17 de maio em La Paz – Bolívia, levando uma mensagem de paz e amor, um 
corpo-continente atravessado pela esperança e que canta e celebra a 
vida. Cultura Viva!
Por isto, este Congresso procura distanciar-se de uma metodologia 
institucionalizada ou de pretensões normativas, e propõe experimentar 
uma metodologia que, em cada momento e em cada atividade, possa ser 
vivida em dimensões complementares e integrais, na potencialidade da 
criação de novos atores políticos, protagonizadas por estes setores nas 
transformações que devem ser realizadas neste século XXI. Dimensões 
coexistentes e circulares, alimentando o caminho de um povo de povos 
latinoamericanos.
A mística, a espiritualidade e o encontro artístico e cultural, recuperando os saberes corporais e as tradições orais de nossos povos, a memória coletiva como base substancial de nossas ações culturais, 
obras, intervenções e (multi) meios, em uma dinâmica na qual possamos 
deixarmo-nos influir generosamente pelas criações de todos e todas, seus sonhos e suas perspectivas de construção e crescimento.
O Intercâmbio, o debate e a formação como o 
exercício consistente de nossa capacidade de sistematizar o aprendizado, de comunicá-lo, de colocá-lo em questão e de oferecê-lo na construção 
de um novo saber coletivo, em uma dinâmica que nos fortaleça no pessoal e no grupal, em todos os terrenos necessários para a democratização de 
nossas culturas.
A organização regional, nacional e continental, gerando os espaços necessários para iluminar uma estratégia democrática que nos permita projetar as iniciativas e ações que tendam a garantir o 
crescimento e o fortalecimento da Cultura Viva Comunitária em nossos 
países, nossos bairros, nossas comunidades.
Com base nestas dimensões é que o I Congresso Latinoamericano de 
Cultura Viva Comunitária propõe uma metodologia que combina a realização de festas e celebrações, rituais culturais, seminários (integrando por 
lideranças das redes, organizações e instituições representativas a 
nível latinoamericano) oficinas, debates, feiras, festivais, 
intervenções de arte pública, marchas, caravanas, e assembleias abertas 
de Cultura Viva Comunitária.
A realização destas ações compartilhadas, de modo coletivo e 
circular, de 17 a 22 de maio em La Paz pode redundar em um novo ciclo de fortalecimento coletivo no caminho de uma sociabilidade mais justa, 
equitativa e harmoniosa, descolonizada e articulada no conceito integral do Bem Viver.
 
Participantes
A participação no I Congresso Latinoamericano de Cultura Viva 
Comunitária é aberta e democrática, de forma presencial e também através de fóruns virtuais e mecanismos de representação. Todos e todas 
interessados(as) podem inscrever-se nas diversas atividades e comissões 
de trabalho, cujas conclusões e documentos farão parte da Declaração do I Congresso Latinoamericano de Cultura Viva Comunitária.
Neste sentido, se propõe a participação em uma série de espaços, oficinas e comissões abertas.
De modo complementar a estas instâncias, a organização se propõe a 
garantir a presença de 600 delegados credenciados ao Congresso, 
pertencentes a distintos âmbitos:
a) Organizações e processos de Cultura Viva Comunitária dos 21 países da América Latina;
b) Lideranças de Redes Continentais impulsionadoras da iniciativa 
(Rede Latinoamericana de Arte para a Transformação Social, Rede 
Latinoamericana de Teatro em Comunidade, ALACP – Articulação 
Latinoamericana Cultura e Política, ALER – Associação Latinoamericana de Educação Radiofônica, entre outras);
c) Lideranças de todos os coletivos nacionais de fortalecimento da Cultura Viva Comunitária;
d) Legisladores e gestores públicos comprometidos com esta iniciativa em distintos países;
e) Convidados de outros movimentos sociais e culturais latinoamericanos ambientais, populares e comunitários
f) Acadêmicos, pesquisadores, Centros de Estudos e Universidades do Continente.
g) Grupos de Jovens, organizações e coletivos participantes das diversas atividades públicas
 
Deste modo, e para evitar uma dinâmica compartimentada, estanque ou 
desarticulada, durante a realização do Congresso está prevista a 
realização periódica das Assembleias Abertas de Cultura Viva Comunitária onde poderemos socializar e recuperar a produção e os debates em cada 
âmbito, de maneira que protagonizamos um processo integral e aberto, 
enriquecido pelas visões de todas e todos.
 
Programação em Construção
17 de maio
Chegada das delegações e alojamento
18 de maio: Caravana Latinoamericana pela Cultura Viva Comunitária e Celebração de Abertura.
13h – Caravana Latinoamericana pela Cultura Viva Comunitária – Saindo do Bairro de El Alto até o Centro de La Paz (Plaza San Francisco)
A Caravana, que reunirá todos os participantes do Congresso, 
percorrerá o trajeto com cortejos de grupos culturais, veículos, 
carroças, intervenções urbanas e distintas manifestações de expressões 
populares provenientes das diversas delegações latinoamericanas e 
comunitárias.
18h- Chegada na Praça San Francisco- Cerimônia Inaugural do Congresso: Feira de Experiências Culturais – Apthapi (Banquete popular compartilhado, tradição boliviana) – Entrega de símbolos de 
cada país – Ritual de Abertura facilitado por representantes das 
diversas expressões religiosas afro-ameríndias – Palavras de boas vindas da Plataforma Puente Cultura Viva Comunitária – Festival Artístico de 
Abertura.
 
19 de maio: Oficinas, Festivais e Mostras nos Bairros de La Paz
8h – Café da manhã
9h – Plenária de Abertura
Informes, comunicados e dinâmicas de apresentação, encontro e preparação para as oficinas e atividades descentralizadas
Painel Inaugural: Expositores – Referências da Cultura Latinoamericana.
12:30h – Almoço
14h – Saída para os Bairros: Atividades descentralizadas: Oficinas, 
Espetáculos, Mostras, Rodas de Conversa, Pintura de Murais, Feiras, 
Intervenções urbanas (em todos os 9 distritos de La Paz)
Mesas e Oficinas (atividades de debate relativas aos conteúdos do Congresso)
21h – Festival de Cultura Viva Comunitária: Apresentações Artísticas e espetáculos de diversos gêneros e linguagens.
 
20 de maio: Cultura Viva Comunitária: Debate e Organização
8h -Café da Manhã
9h – Início das Sessões de Debate
a) Encontro de Redes e Organizações de Cultura Viva Comunitária: 
“Construindo uma estratégia para o fortalecimento da Cultura Viva 
Comunitária na América Latina” (representantes de organizações e redes 
latinoamericanas)
b) Jornadas “Para a criação de legislações e Políticas Públicas de 
Apoio a Cultura Viva Comunitária na América Latina” (representantes de 
legislativos e gestores latinoamericanos vinculados às temáticas de 
Cultura Viva Comunitária)
São propostos 4 temas para o avanço deste grupo de trabalho, que são:
Políticas Públicas de CVC em nível local / nacional. Seus avanços, debates, desafios e perspectivas
Legislação Cultural: Que outras leis e/ou políticas se estão promovendo com metodologia participativa de baixo para cima?
Como promover governança a partir das Ações de Cultura Viva Comunitária?
Refletir sobre os “impactos culturais” que trazem o 
desenvolvimento dos mega-projetos e empreendimentos e a urgente 
necessidade de se propor indicadores e um sistema de avaliação que seja 
atendido por empresas ou governos afim de proteger as comunidades e os 
seus patrimônios culturais.
E 2 resultados esperados:
1 – Rede de Cidades pela Cultura Viva e a transformação social
2 – Articulação Parlamentar Latinoamericana de Cultura Viva Comunitária
c) Grupos de Trabalho: Abertos, segundo estas propostas optativas:
 
Culturas, Descolonização e Bem viver serão eixos 
transversais, que pretendem inspirar nos grupos reflexões criativas, 
movimentos e conexões que deem ao Congresso marcos filosóficos e 
conceituais para a Cultura Viva Comunitária.
Por outro lado, são propostos temas gerais para gerar debates específicos sobre as seguintes áreas:
1. Arte para a Transformação Social. Este eixo reúne as organizações culturais comunitárias (entidades ou processos) que 
através das mais diversas expressões artísticas procuram gerar laços 
comunitários e oportunidades de reflexão sobre suas próprias realidades, seus problemas e suas potencialidades. A arte concebida para a 
transformação social, bem como para transformação pessoal e formação 
estética, mais sobretudo para a formação ética das comunidades.
2. Comunicação para uma Democracia Verdadeira. Reúne organizações e coletivos (entidades ou processos) que procuram uma 
implementação alternativa e democrática dos meios de comunicação, que 
confronte a manipulação da grande mídia e permita a circulação de 
informação realmente útil às comunidades. Suas áreas são o jornalismo 
comunitário, televisão e emissoras de rádio comunitárias, produção 
audiovisual e meios de publicidade orientados aos interesses e 
necessidades de suas comunidades.
3. Ciência, Tecnologia e Matemática “apropriadas”: por e para todos. Reúne iniciativas (entidades ou processos) que procuram estimular o 
pensamento científico, matemático e promover tecnologias “apropriadas”, 
na dupla acepção do termo: as tecnologias mais apropriadas – mais 
pertinentes às realidades e necessidades da comunidade – e também as 
tecnologias assumidas como próprias – ressignificadas e apropriadas – 
pelas comunidades. Isto inclui a criação de “cyberódromos”, lan-houses, 
clubes científicos e tecnológicos em áreas como astronomia, informática, robótica, mecânica, ciências biológicas, matemáticas, TICs, etc.
4. Celebrações para uma Vida Comunitária. Esta linha reúne expressões lúdicas com claro conteúdo estético e comunitário. 
Estão aqui incluídas as festas (que tenham evidente sentido cultural), 
cortejos, blocos, brinquedos e brincadeiras populares, circo 
comunitário, cirandas, folias, circo comunitário, etc.
5. Memória e patrimônio para a construção do futuro dos povos. Pontos de Cultura (Entidades ou processos) que reúnem membros de uma 
comunidade para reivindicação de sua memória, para inventário e 
salvaguarda dos patrimônios culturais tangíveis e intangíveis e 
patrimônios naturais de suas respectivas comunidades. Envolve centros de história e historiadores comunitários, museus comunitários, comunidades de tradição oral, etc.
6. Letras e palavras para reinventar a realidade. Nesta linha se incluem pontos de cultura (entidades ou processos) que 
promovem o uso da palavra seja pela literatura, pela oralidade, 
bibliotecas, livros, seja pela tradição oral e intercâmbios 
linguísticos, para o desenvolvimento da criatividade.
7. Filosofia para o pensamento e a ação. Inclui 
pontos de cultura (entidades e processos) cujo propósito fundamental 
está na divulgação em espaços comunitários do conhecimento e pensamento 
de filósofos, humanistas ou cientistas sociais, através de conferências, difusão de textos, tertúlias, grupos de estudo, etc. A serviço de sua 
compreensão de mundo e consequente ação transformadora.
Eixos temáticos transversais à diferentes expressões de Cultura Viva Comunitária
De modo complementar aos Grupos de Trabalho, acreditamos que existem 
temas nestas categorias propostas cujas ações poderiam pensar-se em 
relação transversal com organizações de outras linhas. São estas:
8. Educação para a vida e a cultura. Linha que 
envolve aqueles pontos de cultura (entidades ou processos) que geram 
pontes entre o sistema educacional e a cultura cotidiana das 
comunidades. Se expressa em ações de alfabetização de adultos, 
enriquecimento de jornadas extracurriculares, mediadores culturais e 
entidades de educação popular. Linha transversal, pois no âmbito escolar podem ser mediadas todas as demais linhas.
9. Etnoculturas para o respeito e a convivência. Nesta linha se incluem experiências de Cultura Viva Comunitária (entidades ou processos) formados por grupos étnicos de origem não-ocidental ou 
entidades ocidentais que reivindicam as expressões das culturas de 
grupos étnicos não-ocidentais, com enfoque em diálogos interculturais. 
Inclui também a entidades que pesquisam e fortalecem expressões, 
conhecimentos e práticas de comunidades tradicionais.
10. Infância crescendo na Cultura Viva Comunitária. Se é verdade que para cada grupo populacional se poderiam desenhar 
estratégias transversais de relação com a cultura, tarefa que poderia 
ser quase infinita, é possível e necessário pensar (dado o seu caráter 
fundamental e estratégico) uma linha transversal que reúna de maneira 
especial os pontos de cultura (entidades ou processos) que orientam seu 
trabalho fundamentalmente para o envolvimento de crianças e adolescentes nas dinâmicas de Cultura Viva Comunitária como objetos e sujeitos da 
ação. Estas experiências são conhecidos na política cultural brasileira 
como “pontinhos de cultura” e são transversais pois entram em inevitável relação com as demais linhas.
11. Mediação Cultural para a Comunidade. Pontos de 
Cultura (entidades ou processos) que realizam ações transversais básicas para o fortalecimento da ação pró-cultural em si mesma, em favor das 
comunidades, através da formação em temas fundamentais de gestão e 
mediação cultural, pesquisa em temas de cultura e cultura viva 
comunitária, elaboração de textos de formação sobre o tema, assessorias e consultorias sobre questões fundamentais do setor cultural, coordenação de redes, realização de encontros (fóruns, simpósios, congressos, 
seminários) gestão comunicativa e promoção dos mediadores e das 
entidades. Trata-se de uma linha transversal porque a reflexão e 
teorização implica uma interação permanente com os demais eixos de 
discussão.
12. Cultura de Paz. Respeitar a vida e a 
diversidade, rechaçar a violência, ouvir ao outro para compreendê-lo, 
preservar o planeta, redescobrir a solidariedade, procurar o equilíbrio 
nas relações entre gêneros e etnias, fortalecer a democracia e os 
direitos humanos. Tudo isso faz parte da Cultura de Paz e da 
Convivência.
 
13h – Almoço
14h – Continuação dos debates em grupos
18h – Assembleia aberta de Cultura Viva Comunitária
- Apresentação dos avanços em cada um dos âmbitos de debate
- Debate: Desafios e perspectivas da Cultura Viva Comunitária no modelo social e econômico atual da América Latina.
21h – Festival Artístico de Cultura Viva Comunitária
 
21 de maio: Plano de Trabalho – Rumo aos Congressos Nacionais de Cultura Viva Comunitária
8h – Café da Manhã
9h – Continuação dos debates:
Plenária de intercâmbio entre os grupos de trabalho (a) e (b): 
“Agenda Comum para o fortalecimento da Cultura Viva Comunitária 
Latinoamericana”
Grupos de Trabalho: Sistematização das conclusões para exposição em plenário.
13h – Almoço
16h30 – Assembleia aberta de Cultura Viva Comunitária – Plenária de Conclusões e Encerramento.
- Apresentação artística e lúdica das conclusões dos debates
- Leitura das conclusões do I Congresso Latinoamericano de Cultura Viva Comunitária
- Cerimônia de Encerramento, Festival artístico e saudações ao encerramento do Congresso
 
22 de maio: Viagem à semente – Descolonização do Corpo – Povo de Criadores
Viagem coletiva à Yungas, Mururata. Ritual de encerramento.
 
COMO PARTICIPAR E SE INSCREVER?
A partir de 19 de fevereiro, todos e todas os(as) interessados(as) em participar poderão contar com informações sobre as atividades e 
horários do Congresso, disponíveis no site: www.culturavivacomunitaria.org e no email info@culturavivacomunitaria.org
Assim que possível, teremos também informações sobre custos e 
oportunidades de alojamento e alimentação em La Paz para a semana do 
evento, bem como os endereços dos espaços que sediarão as atividades.
O email para envio de solicitações de cartas-convite, inscrições e confirmação de participação é congresoculturaviva@gmail.com
A organização do evento está trabalhando junto a entidades de 
cooperação e o governo boliviano para garantir a infraestrutura que 
possa apoiar os participantes nas questões de alimentação e alojamento 
de grupos e coletivos em diversas categorias e possibilidades. No 
entanto, até o momento, todos os mecanismos e recursos para a 
participação no Congresso são autogestionários e de responsabilidade de 
cada grupo e organização.
Da mesma forma, a estes endereços de email devem ser enviadas todas 
as propostas de oficinas, exposições, apresentações artísticas ou 
espaços de formação gratuitos que possam ser oferecidos como parte da 
programação do Congresso. É necessário, no entanto, especificar as 
condições e a infraestrutura necessária para cada iniciativa de modo que seja possível prever os aspectos logísticos.
 
Um desafio e uma esperança
Gerar e compartilhar uma iniciativa que consolide e fortaleça a 
perspectiva da Cultura Viva Comunitária na América Latina é uma 
necessidade importante de nossos setores populares, na medida em que 
estas experiências são, nos dias de hoje, uma dimensão importante de 
suas práticas cotidianas, não só na resistência aos modelos neoliberais e excludentes, como também na configuração de uma nova sociabilidade. Um 
formato de encontro que atue na concepção de políticas públicas 
estatais, em iniciativas de intercâmbio, formação, sensibilização e 
organização em rede aparece como um desafio e uma esperança importante 
no marco de debates políticos que nosso continente está e seguirá 
enfrentando pelos próximos anos.
Esperamos que este I Congresso Latinoamericano de Cultura Viva 
Comunitária seja um passo a mais neste caminho de nossos povos em 
direção a formas de organização social que recuperem o BEM VIVER como 
eixo de articulação entre o público, o comunitário e o estatal.
E viva a Cultura Viva!!

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Pontão de Articulação da CNPdC/COEPi
Rua do Carmo, s/ nº - Bairro do Carmo
Pirenópolis (GO) – CEP: 72980-000
(62) 3331-1990 / (61) 99581719  Mário Brasil (coordenação)
(62) 3331-2430 / 9204-8087  Patricia Ferraz  (secretaria executiva)
(21) 8098-1149   Alexandre Santini (comunicação)

(31) 8805-8815 / (31) 9327-2513 / (31) 9132-1078 Denisia Martins (produção)
Skype: pontaocnpdc

Twitter: @culturavivaja
Facebook: Pontão CNPdC Coepi
www.pontosdecultura.org.br

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Comissão Nacional de Pontos de Cultura
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arquivos: https://lists.riseup.net/www/arc/comissaoprefnpc
site: http://teia2008.org/
apoio: http://www.cultura.gov.br/

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