Edição nº 211 - 14 a 20/06/2010
PNLL na Bienal de São Paulo
Em 150 metros quadrados, os frequentadores da 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo vão poder conhecer alguns dos projetos que integram o PNLL. Este ano, o foco será os planos municipais e estaduais de livro e leitura, que estão sendo consolidados em todo o país. Mas também haverá espaço para a Cátedra Unesco de Leitura PUC-Rio e para palestras e eventos como contação de histórias, que acontecem em um pequeno auditório. Isso sem contar o III Fórum do Plano Nacional de Livro e Leitura e o III Seminário Internacional de Bibliotecas Públicas e Comunitárias , que serão realizados em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo..
Olimpíada da Língua Portuguesa
Encerradas as inscrições, a Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro vai contar com a participação de cerca de 140 mil professores de 59 mil escolas públicas da educação básica de 5.222 municípios. Como lembra a Agência Brasil, “na primeira fase da olimpíada, os professores trabalham com os estudantes a elaboração dos textos para depois selecionar os melhores de cada escola, que seguem para uma etapa municipal. Esse processo deve ser concluído até 16 de agosto, segundo o calendário da competição. Em seguida, há uma etapa estadual, em que são escolhidos os 500 melhores textos, que vão participar de uma seleção regional, com 152 classificados. Por fim, a etapa nacional escolhe e premia os 20 melhores trabalhos.”
Ponto de leitura
Projeto conjunto do Ministério da Cultura e a Prefeitura de Diadema (SP) vai instalar Pontos de Leitura em dez fábricas da cidade. Cada Ponto é composto por um acervo de 650 obras - exemplares de literatura brasileira, estrangeira, infantil e juvenil, DVD’s, enciclopédias, entre outros - computador e impressora. Segundo o site do MinC , “foram investidos R$ 200 mil para a instalação dos Pontos de Leitura nas fábricas. Outros R$ 1, 13 milhão serão destinados para a modernização de 11 bibliotecas, a criação de 11 Cines Mais Cultura e a seleção e formação de 50 Agentes de Leitura”.
25 bibliotecas por dia
A Agência Brasil publicou reportagem mostrando que “municípios e estados terão muito trabalho para cumprir” a lei que obriga escolas públicas e privadas a terem biblioteca. Segundo a matéria, “o maior desafio está nos estabelecimentos do ensino fundamental: será necessário construir 25 bibliotecas por dia até 2020, prazo limite para adequação à medida”. Apresentando o diagnóstico de um estudo realizado pelo movimento Todos pela Educação, com base em dados do Censo da Educação Básica de 2008, registra que o déficit de bibliotecas no ensino fundamental é de 93 mil. “Desse total, 89,7 mil são escolas públicas e 3,9 mil, estabelecimentos privados de ensino. Na educação infantil, apenas 30% dos colégios têm acervo e será necessário criar 21 bibliotecas por dia para cumprir o que determina a nova lei. A melhor situação é a do ensino médio: número de escolas sem biblioteca é de 3.471” . Outro problema levantado é que hoje há 21,6 mil bibliotecários habilitados no Brasil, enquanto que o número de escolas de educação básica é de aproximadamente 200 mil.
Conhecimento em papel
O livro tradicional não deve desaparecer com as novas tecnologias. Ao menos essa é a avaliação de especialistas que debateram o livro digital durante a 23ª Reunião Anual da Associação Brasileira de Editoras Universitárias (Abeu). Segundo o secretário de Ensino Superior do Estado de São Paulo, Carlos Vogt, “dificilmente o livro digital levará ao desaparecimento da forma tradicional”. José Castillo Marques Neto, secretário-executivo do PNLL, ressaltou o papel da universidade pública na formação das futuras gerações e da importância de se estar sintonizado com os novos meios.
Livro digital pode democratizar a leitura
"A digitalização do livro tem um impacto fundamental na difusão do conhecimento entre classes sociais, que antes não conseguiriam adquirir os livros." Esta é a avaliação de vários participantes da Reunião da Abeu, como Pablo Ortellado, professor da USP e coordenador do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação. Mas não basta o acesso para a formação de leitores. "Os professores têm um papel fundamental como mediadores da leitura, "ensinando os alunos a lerem os textos, destrinchando-os, articulando-os, correlacionando os conhecimentos", disse Eliane Yunes, da Cátedra Unesco de Leitura. Clique aqui para mais informações.
Prêmio Vivaleitura
As inscrições para o Prêmio Vivaleitura terminam no próximo dia 2 de julho. As categorias são: “Bibliotecas Públicas, Privadas e Comunitárias”, “Escolas Públicas e Privadas” e “ONGs, pessoas físicas, universidades/faculdades e instituições sociais”. Em cada uma delas, os vencedores receberão R$ 30 mil. Na categoria Sociedade, haverá a distinção da Menção Honrosa a ser atribuída a projetos de empresas com foco no tema “formação de mediadores de leitura”.
Prêmio Jabuti
Na 52ª edição do Prêmio Jabuti estarão concorrendo 2.867 obras. Segundo o PublishNews , é o segundo recorde consecutivo de inscrições. “A lista dos classificados sai em 26 de agosto, os finalistas serão conhecidos em 1º de outubro e o dois “Livro do Ano” (ficção e não ficção) serão anunciados na noite de premiação, marcada para 4 de novembro, em São Paulo. Editoras que quiserem sugerir jurados têm até a meia-noite do dia 18 de junho para fazê-lo”.
Boletim Redplanes
A 8ª edição do Boletim RedPlanes (Red Iberoamericanas de Responsables de Politicas y Planes de Lectura) apresenta o projeto ¡Perifoneros… para imaginar!, que busca fortalecer as ações de formação leitores e escritores entre os estudantes mexicanos, conjugando práticas escolares com sociais por meio da leitura. Também aborda o Premio al Fomento de la Lectura: México Lee 2010 e o acordo firmado entre o Cerlalc (Centro Regional para el Fomento del Libro em América Latina y el Caribe) e o Ministério da Educação boliviano para o desenvolvimento do projeto de bibliotecas escolares daquele país.
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