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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Ministério da Cultura deve entrar com verba para anúncios voltados aos sócios da Academia de Hollywood

Produtor do filme diz que Ministério da Cultura deve entrar com verba para anúncios voltados aos sócios da Academia de Hollywood

_Escolhido ontem como representante do Brasil no Oscar 2012, “Tropa de Elite 2″ vai ganhar apoio do Ministério da Cultura na briga por uma vaga entre os indicados na categoria de melhor filme estrangeiro. De acordo com Marcos Prado, sócio do diretor José Padilha e produtor de “Tropa 2″, o governo fornecerá recursos para a campanha do filme nos Estados Unidos, que inclui anúncios voltados para os votantes da Academia de Hollywood.
A distribuição de “Tropa 2″ no mercado norte-americano, marcada para novembro, está a cargo da New Video, empresa voltada para produções cult, com experiência em home video, mas novata nos cinemas. Já havia sido elaborado um plano para a estreia nos Estados Unidos, que está sendo revisto em razão do Oscar.
Conforme Prado, a Zazen Produções, produtora do filme, vai se envolver diretamente no marketing do lançamento, de olho não só no Oscar, mas também no Globo de Ouro. “Precisamos tentar de alguma maneira ficar antenados, fazer uma estratégia bem direcionada, com anúncios em vários lugares. É muita trabalheira tirar os sujeitos das suas poltronas e ir ao cinema.”
Com 6 mil sócios, a Academia de Hollywood é formada tanto por profissionais atuantes da indústria cinematográfica quanto por aposentados. Não são todos que tem tempo para assistir aos candidatos de cerca de 90 países, por isso se convencionou imaginar que os membros idosos são os maiores responsáveis pela categoria de filme estrangeiro. “A imagem que eu tenho é de um monte de velhinhos dentro do cinema”, conta Prado.
É um público específico, conservador, o que condiz com a constante vitória de dramas psicológicos, com histórias de vida e sem violência explícita, como, por exemplo, o japonês “A Partida” (2009) e o italiano “A Vida É Bela”, que derrotou “Central do Brasil” em 1999. Prado está ciente do risco, mas acredita que os diferentes conflitos de “Tropa 2″ podem pesar a seu favor.
“Além da violência, tiros, invasões, tudo que ‘Tropa 1′ tinha, o novo filme tem uma coisa mais emocionante, uma gama de camadas diferentes, que o tornam mais completo, mais digerível para o povo norte-americano. Vamos torcer.”
O produtor também adianta que provavelmente Padilha fará uma turnê para promover o filme pelos EUA. A ideia é aproveitar o burburinho em torno da escalação do diretor brasileiro para comandar o remake de “Robocop” e atrair a atenção da mídia.
Até o momento, “Tropa de Elite 2″ só foi exibido nos EUA no Festival de Sundance, no início do ano, com boa repercussão. Uma sessão beneficente em Nova York para mil convidados está agendada para 7 de novembro, em prol da ONG Instituto da Criança, e o filme entra em cartaz logo depois, no dia 11. Além de Nova York, Los Angeles, Portland e Seattle estão confirmados no circuito, ainda não finalizado.
No resto do mundo, a exibição está a cargo do grupo IM Global, que já estreou o filme em diversos países – o último deles foi a Holanda.
Se “Tropa 2″ figurar entre os indicados ao Oscar 2012, a estreia de “Paraísos Artificiais”, segundo longa dirigido por Prado, será atrasada. Com uma história que promete polêmica, sobre o consumo de drogas pela classe média no auge das raves, o filme foi convidado para abrir o Festival do Rio, mas preferiu guardar munição para o primeiro trimestre do ano que vem. A expectativa da Zazen é de que “Paraísos Artificiais”, com distribuição independente, similar a “Tropa 2″, entre em cartaz com cerca de 250 cópias.

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