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terça-feira, 17 de abril de 2012

Lançamento de Livro

Queridos amigos do Brasil – no sábado, dia 21, estarei lançando, em
Coimbra, o meu segundo livro. O primeiro foi, para
adolescentes e que recebeu o Selo de Recomendação do Plano Nacional de
Leitura; agora será a vez do infantil “A Cadeira que queria ser Sofá” .

O livro contém três histórias, com delicada abordagem sobre a morte:

“Espanto Feliz!”, “O Piano de CaLda” e “A Cadeira que queria ser Sofá”.

Pelo que andaram me dizendo alguns que já leram as histórias, o livro

deverá servir de apoio a pais que se defrontam com dificuldades para
explicar às crianças o desaparecimento definitivo de um ente querido.

A ilustradora, Ana Biscaia, acabou de representar Portugal na Feira

Internacional do Livro Infantil de Bolonha e já recebeu vários prémios.

A Especialista em Literatura Infantil, Professora Leonor Riscado,

escreveu o seguinte, no Prefácio:

“A Cadeira que queria ser Sofá - Danças de Vida e Morte nas palavras

de Clovis Levi e na ilustração de Ana Biscaia.

A morte, perturbadora dos sonhos infantis, é, regra geral, persona

non grata no universo criativo da literatura de recepção infantil. Na
cultura ocidental, os adultos tendem a envolver a criança numa bolha
que – porventura – a preservará do sofrimento. Esquecem-se que morrer
faz parte da existência e que aprender a viver passa, também, por
aceitar uma partida. Entendem, muitas vezes, que não falando da morte,
a apagam, sem mais.
Histórias como estas, de Clovis Levi, são uma aventura de risco no
mundo da literatura para os mais novos. Mas o autor já provou, na sua
produção juvenil, com O Beco do Pânico, que ousa enfrentar fantasmas
povoadores de sótãos, mesmo os mais luminosos. Ele sabe que a criança
necessita de vivenciar experiências de tristeza. Não teme confrontá-la
com situações menos eufóricas. Não receia dizer-lhe, por interpostas
palavras das suas personagens, que a imortalidade é um mito e a
finitude uma certeza. Ele tem a lucidez de, com ternura, chamar a
criança à ribalta, dizendo-lhe, subliminarmente, que é a única
protagonista do exorcismo da finitude.
Avançando por territórios imaginários onde medos e anseios ganham
vida, estes três contos, suportados por um discurso vivo, afectuoso,
bem humorado, inteligente, oferecem, ao leitor, um olhar refrescado
sobre as formas de encarar a vida.
A ilustração de Ana Biscaia, ora opta por mergulhar bem fundo no lado
negro das narrativas, ora se deixa seduzir pela vivacidade das imagens
eufóricas de Clovis Levi. As histórias que as suas imagens contam,
através de uma narrativa gráfica poderosíssima, marcada pelas cores,
formas e linhas cheias de movimento e expressividade, pontuam e
ampliam o vórtice provocado pela palavra. Desenhos que, primeiro, se
estranham e, depois, se entranham, eles expandem caminhos dissimulados
nas entrelinhas do texto. O seu talento e a originalidade da sua
linguagem não deixam ninguém indiferente.
Uma cadeira que queria ser sofá é um livro inteligente, um objeto
artístico capaz de seduzir mesmo os mais experimentados leitores.


Leonor Riscado”


Quem sabe, um dia, farei o lançamento no Brasil?


A capa vai anexada.


Grande beijos


Clovis Levi

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