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quinta-feira, 28 de abril de 2016


POR 
Benita Prieto comanda atividade em biblioteca no rio Comprido - Fabio Rossi / Agência O Globo
RIO — Há quem diga que a evolução tecnológica, explicitada nos tablets e nos smartphones, afasta os jovens da literatura e até mesmo do exercício da escrita de textos literários. Diante de um dispositivo móvel, o primeiro impulso deles é navegar por uma rede social ou por algum site de vídeos e entretenimento. Tais atividades nem de longe despertam na turma em idade escolar estímulos de exploração para além do “quadrado virtual”.
Foi pensando na distância entre livros e plataformas virtuais que a engenheira eletrônica e contadora de histórias Benita Prieto criou o projeto “Leitura digital, leitura sem fronteiras”.
O evento consiste, segundo ela, em estimular as múltiplas possibilidades de leitura e escrita através de dispositivos como e-readers e tablets.
— Partindo da experiência de cada um com o mundo digital e com a leitura, vamos entender os novos suportes que a evolução tecnológica nos apresenta — diz Benita.
Para ela, a tecnologia é a ciência do século. E cada dia que passa torna-se cada vez mais impossível viver sem ela.
— Já que é assim, vamos trazer a arte da leitura para esse mundo — comenta a contadora de histórias.
Desde o final de março, Benita percorre as bibliotecas populares do Rio com o projeto. Além de estimular a prática da leitura em crianças, ela organiza oficinas e dá palestras para jovens e adultos.
Hoje, a partir das 10h, Benita estará na Biblioteca Popular do Rio Comprido Anitta Porto Martins, inaugurada no último dia 29 de março, no Rio Comprido. Até o meio-dia, as aulas serão apenas para estudantes da rede pública de ensino. Das 14h às 16h, as oficinas serão abertas ao público.
O novo espaço, de 320 metros quadrados, conta com um acervo de cerca de três mil livros. É a primeira unidade do projeto Bibliotecas do Amanhã, da Secretaria municipal de Cultura, que oferece acesso gratuito à internet e sinal de wi-fi. Até o fim do ano, outras duas unidades serão inauguradas na Tijuca e no Irajá.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/bairros/contadora-de-historias-leva-projeto-de-leitura-no-rio-comprido-19172469#ixzz477MsVjAm 
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quarta-feira, 27 de abril de 2016

6MAIO

Ler para entender e conviver

Além de divertir, literatura infantil e infanto-juvenil pode ajudar a promover a diversidade e o respeito
por Xandra Stefanel publicado 18/04/2016 19:49
ILUSTRAÇÃO JÚNIOR CARAMEZ
Febo_Principe_Selene_Princezinha_Ilustracao_junior_caramez.jpg
Era uma vez... uma princesa que nasceu príncipe. Em outro reino, uma princesa se apaixona pela costureira que faria seu vestido de casamento. A Princesa e a CostureiraJoana Princesa, da escritora e psicóloga Janaína Leslão, trazem a mesma magia que permeia os contos de fada. A diferença é que suas histórias abarcam uma diversidade muito maior de personagens: uma princesa transgênero que tem uma irmã com deficiência física, outra princesa negra que cai de amores por uma costureira ruiva. Em comum, os dois livros trazem as aventuras de pessoas que se amam, querem viver o amor de forma plena e livre, com o bom e velho final “E viveram felizes para sempre”.
Não são muitos os livros infantis e infanto-juvenis que representam a diversidade social em suas narrativas, nem que busquem, além de entreter, ensinar as mais diversas questões ligadas à cidadania: o respeito ao próximo, o combate ao preconceito, o consumo consciente. Mesmo que ainda seja uma pequena parcela do que se encontra nas prateleiras das livrarias, há um número crescente de obras que abordam essas temáticas.
Um exemplo são os livros do selo Boitatá, da Editora Boitempo, criado no final de 2015 com o objetivo de apresentar temas de interesse social e de cidadania para crianças. Até agora, o selo lançou quatro obras: A Democracia Pode Ser AssimA Ditadura É AssimAs Mulheres e os Homens e O que São Classes Sociais?Para os próximos meses, devem ser lançados livros que abordarão a prática do bullying, o respeito às diferenças e à diversidade e sobre deficiência física.
Para a editora da Boitatá, Thaisa Burani, é importante que não apenas a literatura, mas todas atividades infantis contribuam para formar um imaginário tolerante e cidadão. “Se o indivíduo não possui nem acredita em valores cidadãos (respeito ao próximo, tolerância, cidadania, justiça social, direitos humanos), de muito pouco adianta o discurso ou a ideologia, por mais bem intencionados que sejam. E a experiência da infância, o ato de ser criança, é onde mais podemos explorar e enriquecer nosso imaginário. Livros, filmes e brincadeiras, além de nos entreter, exercitam justamente isso: a forma como vemos, compreendemos e participamos no mundo. É por isso que uma heroína mulher é importante, é por isso que protagonistas negros são importantes, é por isso que falar de diversidade amorosa e de arranjos familiares diversos é importante, porque tudo isso se soma e também forma o imaginário. Se uma criança cresce entendendo que tudo isso é ‘normal’, que todos são iguais e merecem respeito, ela naturalmente será mais tolerante e cidadã”, opina.

Identificação

Em 2007, a psicóloga Janaí­na Leslão trabalhava questões ligadas à sexualidade, gênero e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e aids com um grupo de adolescentes. Uma das atividades que eles deveriam realizar no final do ano era montar esquetes baseadas em histórias conhecidas, com uma roupagem atual e que abordasse as questões discutidas. “O referencial de final feliz que eles tinham ainda era o dos contos de fadas. Quando conversávamos sobre questões de sexualidade e gênero de pessoas trans ou do amor entre dois homens ou duas mulheres, não tinham nenhum referencial na literatura, muito menos nos contos de fadas. Só pelo noticiário de jornal, que mostra uma lâmpada na cara, uma travesti esfaqueada. Isso me despertou a vontade de escrever. Fui pesquisar e não tinha nada nesse gênero de literatura, com essas temáticas trabalhadas em uma linguagem mais leve e acessível”, lembra.
Foi assim que nasceu seu primeiro livro, A Princesa e a Costureira, escrito em 2009 e publicado em 2015 pela Metanoia Editora. “Ele vendeu bem, superou nossas expectativas, tanto que estamos indo para uma segunda edição e vamos lançar em e-book também. Muitas pessoas, especialmente jovens adultos, me procuram e dizem: ‘Nossa, que maravilha! Queria tanto ter lido isso quando eu era adolescente. Acho que não teria passado por tanto conflito’. Ou então: ‘Eu me senti representada, nunca tinha visto uma princesa negra e ainda por cima lésbica, como eu’. As pessoas me dizem que os contos de fadas com os quais todo mundo sonhava, nunca puderam representá-las. Então, a ideia principal era incluir pessoas que não estavam nas narrativas originais”, afirma a autora, que em maio deve lançar seu segundo livro, Joana Princesa.
Para a pedagoga Daniela Auad, professora de Sociologia da Educação na Universidade Federal de Juiz de Fora, livros como os de Janaína fazem com que as crianças vindas de lares homoparentais se sintam representadas. “Os livros infantis, infanto-juvenis e outras produções na televisão e no teatro mostram para crianças casais compostos por alguém do sexo feminino e alguém do sexo masculino: um homem e uma mulher, um menino e uma menina, um cachorrinho e uma cachorrinha… Mas não se tem usualmente casais compostos por pessoas do mesmo sexo. Esta falta de representação pode fazer com que as crianças que estão em um lar homoparental e, eventualmente crianças e adolescentes que se percebam tendo desejo por pessoas do mesmo sexo, não se sintam representadas”, diz Daniela, responsável pelo prefácio da segunda edição de A Princesa e a Costureira.
Olívia Tem Dois Papais (Cia. das Letrinhas), da escritora Márcia Leite, conta a história de uma menininha muito esperta que tem uma família um pouco diferente e totalmente encantadora: seu pai Raul ama brincar de filhinho e mamãe e quando ela se diz desfalecendo (ela adora esta palavra!) de fome, seu pai Luís vai para a cozinha e prepara deliciosas refeições. A autora afirma que a constituição desta narrativa não se deu por meio do tema (a família homoafetiva), mas sim de uma escolha que potencializa o campo de atuação da personagem principal. “A família homoparental é um tipo de família e ponto final. Se aceitamos que as famílias podem ter diferentes composições, o natural é explorar também nas narrativas as relações afetivas (ou a ausência delas) que as estruturam ou desestruturam, que estabilizam ou desestabilizam essa organização familiar. No caso da família da Olívia, o que tentei evidenciar foram situações de rotina, cuidado e amorosidade recíproca entre pais e filha, independentemente de sua composição.”
Neste caso, os questionamentos da personagem principal estão mais ligados às questões de gênero. “Procurei fazer com que Olívia fizesse perguntas e tivesse dúvidas pertinentes à idade e ao meio social em que vive sobre questões de gênero e não sobre questões de orientação sexual. Olívia deixa claro que se surpreende por um homem saber cozinhar, pentear a filha e cuidar tão bem dela. Esse é um questionamento de gênero e não de orientação sexual. Olívia não questiona porque os pais se amam, ou estão juntos, ou porque não tem uma mãe. Perguntas que também acontecem entre famílias heteroparentais, mas que quase sempre reforçam a noção de gênero dominante (menina faz isso, menino faz aquilo)”, afirma Márcia, também autora de Do Jeito que a Gente É (Editora Ática), em que um dos protagonistas é um menino gay.

Consumo consciente

Além de gênero e sexualidade, também há livros infantis e infanto-juvenis que abordam questões ligadas ao consumo e promovem, por exemplo, reflexões sobre a finitude dos recursos naturais, como é o caso de Eu Produzo Menos Lixo (Cortez Editora). Nele, a bióloga Cristina Santos faz um alerta ecológico para as crianças e contextualiza as mudanças que os hábitos de consumo modernos trouxeram para a sociedade. “Essas questões são contemporâneas e fazem parte de um grande problema mundial. Tentar apresentar esses assuntos numa linguagem que pudesse ser facilmente compreendida pelo público infanto-juvenil e que estimulasse o leitor a refletir sobre a sua maneira de consumir foram as grandes motivações para a preparação desse livro. Além disso, as ilustrações muito criativas de Freekje Veld foram fundamentais para apresentar o assunto de maneira mais descontraída, deixar o livro atraente, além de auxiliar na tarefa da compreensão de um tema considerado tão importante nos dias atuais”, diz a autora.
Com Bicicleta Amarela, previsto para ser lançado em abril, o designer recifense Igor Colares trata de forma lúdica sobre a importância da bicicleta para a mobilidade urbana. Em 2012, o autor lançou Bezerro Escritor,sobre o consumo do leite a partir do ponto de vista de Bombom, um bezerro desmamado que apresenta como o processo de industrialização atinge de forma cruel as vacas e seus filhotes.
O que motivou Igor a escrever as duas histórias é fazer com que as crianças veganas (que não consomem alimentos derivados de animais) e que os filhos de ciclistas e cicloativistas se sentissem representados na literatura. “Minha ideia não era convencer as pessoas a passarem a andar de bicicleta ou deixar de tomar leite. O que eu queria com os dois livros é que a galera que anda de bicicleta e a galera que não toma leite se identificassem. Para eles, é muito raro encontrar conteúdo em quase qualquer lugar, e na literatura infantil não é diferente. É como se as pessoas que estão engajadas nesses movimentos fossem meio alienígenas para o senso comum. A minha ideia era criar conteúdo com o qual eles se identificassem”, enfatiza.
A professora universitária Bárbara Eduarda Nóbrega Bastos, de 36 anos, leu a história de Bombom para o filho. “Sou vegana e queria um livro que me ajudasse a passar pro meu filho a realidade dos animais explorados para produção de alimentos numa linguagem adequada para a idade dele. Existem poucas publicações com essa temática, então o livro de Igor foi muito bem-vindo. Considero muito importante para a formação cidadã que as crianças conheçam os problemas da sociedade e entendam seu papel no combate a essas questões. Acredito que os temas devem ser apresentados de acordo com a idade, pois o objetivo não é deixar a criança assustada ou triste, então, deve-se levar em conta o que ela está preparada para aprender”, opina a mãe de Mateus Bastos Barretos, de 6 anos.

Entreter, ensinar, conscientizar

Estes são alguns exemplos de como a literatura também pode contribuir com a construção de um mundo melhor, mais tolerante, com menos ódio e mais respeito às pessoas e suas diferentes formas de viver. Thaisa Burani, do Boitatá, acredita que há muito a ser feito para a publicação de mais livros voltados para os pequenos cidadãos. “O mercado se verga muito facilmente a qualquer coisa que dê retorno financeiro alto e imediato – basta ver as gôndolas das livrarias abarrotadas de bobagens com personagens de grandes franquias da animação”, diz. “Mas não podemos negar toda a riqueza da história da literatura infanto-juvenil brasileira. Há mais de três décadas já tínhamos, por exemplo, uma Ana Maria Machado enaltecendo a beleza das meninas negras, ou mesmo um Pedro Bandeira e seu tão incisivo e politizado É Proibido Miar, sem contar a vasta obra de Tatiana Belinky, com todas as experimentações de linguagem e o caldeirão cultural que ela oferecia.”
“Ler um livro sobre uma menina que tem dois pais ou duas mães, ou um pai apenas, ou nenhum dos dois, apenas amplia a condição de percepção do mundo, de si e do outro. Acredito que a literatura que fala/toca em temas considerados difíceis (não apenas sobre a homoafetividade) provoca espaços de conversa e de reflexão que acabam atuando como um acolchoado simbólico para a compreensão do mundo e de si mesmo junto aos pequenos e grandes leitores. Na minha opinião, isso ajuda os leitores a serem melhores pessoas e melhores cidadãos”, resume a escritora Márcia Leite.
Desde que estavam no ventre da sua mãe, os irmãos Luiz Fernando e Laura Correia, 8 e 3 anos, respectivamente, já ouviam o famoso “Era uma vez”. Hoje em dia, a curiosidade em conhecer personagens, figuras e aventuras continua aguçada. Enquanto aguardavam atendimento da mãe na DPE-TO – Defensoria Pública do Estado do Tocantins, os pequenos aproveitavam para incentivar o gosto pela leitura na brinquedoteca. O espaço recebe um cantinho especial para as crianças que querem se entregar ao universo da literatura infantil.

Contação de histórias, teatro de fantoches, pintura facial e brincadeiras que envolvem o universo lúdico estão presentes na rotina da biblioteca. Para comemorar o Dia do Livro Infantil, 18 de abril, a brinquedoteca na Instituição vai reforçar a programação para atender às crianças, com atividades de segunda-feira, 18, a quarta-feira, 20. As atividades serão voltadas para crianças de 2 a 12 anos e vai envolver leitura e contação de histórias, vídeos, pintura facial e desenho, apresentação do livro infantil em braille e do áudiobook infantil “A formiguinha e a Neve” e apresentação especial da Boneca Lili.

Segundo a pedagoga Franceli Costa, responsável pela brinquedoteca da DPE-TO, é muito importante incluir o livro no dia a dia da criança, pois é uma forma de estimular no pequeno leitor a descoberta e o aprimoramento da linguagem, facilitando no seu processo de alfabetização. “Por meio da leitura, a criança desenvolve a criatividade, a imaginação e adquire cultura, conhecimentos e valores”, conclui.

Projetos

Projetos de estímulo à leitura não faltam na Defensoria Pública do Estado do Tocantins, em especial com atividades que envolvem o processo de inclusão.

Desta forma, as equipes buscam atividades educativas inclusivas que estimulem o respeito, cidadania, direitos e deveres, aceitação, companheirismo e tantos outros valores necessários a formação de um cidadão justo. Neste sentido, a brinquedoteca conta com dois livros em braille e três áudiobooks infantis, desenvolvidos pela equipe de Servidores da Instituição em parceria com a Seduc - Secretaria Estadual de Educação, e trazem as histórias: “A Formiguinha e a Neve” e “A Tartaruga e a Lebre”, clássicos da literatura que falam de superação das dificuldades, esperança e sobre nunca desistir de alcançar os seus objetivos.

Já o áudiobook trás as histórias “A Formiguinha e a Neve”, “A Tartaruga e a Lebre” e “Ter direitos é ter deveres também”, onde são narrados clássicos da literatura infantil e histórias que pretendem difundir o papel da Defensoria Pública para o público infantil. As histórias narradas têm a intenção de proporcionar a leitura a crianças que ainda não foram alfabetizadas, bem como para crianças com deficiência visual, proporcionando a inclusão do público infantil. As histórias foram gravadas por servidores da DPE-TO e por meio de parceria com a produtora BR153 Imagens, que gratuitamente cedeu o estúdio de áudio para a produção do áudio book. Este material pode ser apreciado gratuitamente e não se destina ao uso comercial.

Nos Núcleos Regionais da Defensoria Pública de Porto Nacional, Palmas, Araguaína, Gurupi e Paraíso, a Instituição desenvolve o “DefendECA”, que tem como objetivo divulgar o Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como o seu papel na garantia e defesa dos direitos infanto-juvenis no Tocantins. O projeto é executado por meio de parcerias com a Secretaria Estadual da Educação, Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente e os Conselhos Tutelares.


Doações

Sucesso nas regionais da Defensoria Pública do Tocantins, o projeto “Biblioteca em Movimento” recebe obras de literatura infantil para doação. O projeto já tem um vasto acervo de literatura para o público adulto, porém, de acordo com o coordenador do projeto, Rodrigo Araújo, o projeto passa a incentivar também a doação de obras de literatura infantil, pois muitos pais que recebem atendimento na Instituição comparecem acompanhados de seus filhos. As doações podem ser feitas nas sedes das regionais da DPE e mais informações pode ser obtidas pelo telefone 3218-3779.

No município de Gurupi as doações já se iniciaram. Os exemplares, aproximadamente 40, foram doados pela ABC Distribuidora. “Os nossos pequenos Assistidos já começaram a usufruir dos livros doados. Os exemplares são excelentes, enriquecendo mais o acervo da brinquedoteca e serão bem aproveitados pelas crianças que passarão pela brinquedoteca”, destaca a pedagoga da Equipe Multidisciplinar de Gurupi, Elizete Soares. 
Desde que estavam no ventre da sua mãe, os irmãos Luiz Fernando e Laura Correia, 8 e 3 anos, respectivamente, já ouviam o famoso “Era uma vez”. Hoje em dia, a curiosidade em conhecer personagens, figuras e aventuras continua aguçada. Enquanto aguardavam atendimento da mãe na DPE-TO – Defensoria Pública do Estado do Tocantins, os pequenos aproveitavam para incentivar o gosto pela leitura na brinquedoteca. O espaço recebe um cantinho especial para as crianças que querem se entregar ao universo da literatura infantil.

Contação de histórias, teatro de fantoches, pintura facial e brincadeiras que envolvem o universo lúdico estão presentes na rotina da biblioteca. Para comemorar o Dia do Livro Infantil, 18 de abril, a brinquedoteca na Instituição vai reforçar a programação para atender às crianças, com atividades de segunda-feira, 18, a quarta-feira, 20. As atividades serão voltadas para crianças de 2 a 12 anos e vai envolver leitura e contação de histórias, vídeos, pintura facial e desenho, apresentação do livro infantil em braille e do áudiobook infantil “A formiguinha e a Neve” e apresentação especial da Boneca Lili.

Segundo a pedagoga Franceli Costa, responsável pela brinquedoteca da DPE-TO, é muito importante incluir o livro no dia a dia da criança, pois é uma forma de estimular no pequeno leitor a descoberta e o aprimoramento da linguagem, facilitando no seu processo de alfabetização. “Por meio da leitura, a criança desenvolve a criatividade, a imaginação e adquire cultura, conhecimentos e valores”, conclui.

Projetos

Projetos de estímulo à leitura não faltam na Defensoria Pública do Estado do Tocantins, em especial com atividades que envolvem o processo de inclusão.

Desta forma, as equipes buscam atividades educativas inclusivas que estimulem o respeito, cidadania, direitos e deveres, aceitação, companheirismo e tantos outros valores necessários a formação de um cidadão justo. Neste sentido, a brinquedoteca conta com dois livros em braille e três áudiobooks infantis, desenvolvidos pela equipe de Servidores da Instituição em parceria com a Seduc - Secretaria Estadual de Educação, e trazem as histórias: “A Formiguinha e a Neve” e “A Tartaruga e a Lebre”, clássicos da literatura que falam de superação das dificuldades, esperança e sobre nunca desistir de alcançar os seus objetivos.

Já o áudiobook trás as histórias “A Formiguinha e a Neve”, “A Tartaruga e a Lebre” e “Ter direitos é ter deveres também”, onde são narrados clássicos da literatura infantil e histórias que pretendem difundir o papel da Defensoria Pública para o público infantil. As histórias narradas têm a intenção de proporcionar a leitura a crianças que ainda não foram alfabetizadas, bem como para crianças com deficiência visual, proporcionando a inclusão do público infantil. As histórias foram gravadas por servidores da DPE-TO e por meio de parceria com a produtora BR153 Imagens, que gratuitamente cedeu o estúdio de áudio para a produção do áudio book. Este material pode ser apreciado gratuitamente e não se destina ao uso comercial.

Nos Núcleos Regionais da Defensoria Pública de Porto Nacional, Palmas, Araguaína, Gurupi e Paraíso, a Instituição desenvolve o “DefendECA”, que tem como objetivo divulgar o Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como o seu papel na garantia e defesa dos direitos infanto-juvenis no Tocantins. O projeto é executado por meio de parcerias com a Secretaria Estadual da Educação, Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente e os Conselhos Tutelares.


Doações

Sucesso nas regionais da Defensoria Pública do Tocantins, o projeto “Biblioteca em Movimento” recebe obras de literatura infantil para doação. O projeto já tem um vasto acervo de literatura para o público adulto, porém, de acordo com o coordenador do projeto, Rodrigo Araújo, o projeto passa a incentivar também a doação de obras de literatura infantil, pois muitos pais que recebem atendimento na Instituição comparecem acompanhados de seus filhos. As doações podem ser feitas nas sedes das regionais da DPE e mais informações pode ser obtidas pelo telefone 3218-3779.

No município de Gurupi as doações já se iniciaram. Os exemplares, aproximadamente 40, foram doados pela ABC Distribuidora. “Os nossos pequenos Assistidos já começaram a usufruir dos livros doados. Os exemplares são excelentes, enriquecendo mais o acervo da brinquedoteca e serão bem aproveitados pelas crianças que passarão pela brinquedoteca”, destaca a pedagoga da Equipe Multidisciplinar de Gurupi, Elizete Soares. 
Moradores de Afogados recebem biblioteca requalificada e com mais 4 mil livrosEspaço foi inaugurado nesta segunda

Publicado em: 18/04/2016 18:31 Atualizado em:

Acervo já possui 12 mil exemplares. Foto: Andre Rego Barros/PCR/Divulgação
Acervo já possui 12 mil exemplares. Foto: Andre Rego Barros/PCR/Divulgação
Os moradores de Afogados, no Recife, já podem contar com os serviços da Biblioteca Popular do bairro. O espaço de incentivo à leitura foi entregue totalmente requalificado e com um acervo de 12 mil livros, sendo quatro mil novas aquisições, além de computadores.

O prefeito Geraldo Julio, acompanhado do secretariado municipal, participou da solenidade nesta segunda-feira. Ao todo, foi investido R$ 1,5 milhão.

A unidade faz parte da Rede de Bibliotecas pela Paz, que traz uma nova dinâmica de conhecimento e cidadania para a cidade. A ideia é aproximar os jovens que perderam interesse por esses espaços e estabelecer programações, ou seja, torná-los atrativos nas comunidades nas quais pertencem. O horário de funcionamento será, inicialmente, de segunda a sexta, das 9h às 17h. A previsão é que em breve o horário seja ampliado durante a semana e que o local seja aberto nos finais de semana.

A reforma contemplou recuperação estrutural geral do patrimônio, substituição de toda a coberta, incluindo madeiramento e gramado na área externa, além de utilização de telhas termoacústicas, mais apropriadas ao uso do edifício. Além disso, houve climatização, com a instalação de 15 aparelhos de ar-condicionado do tipo split. Também teve recuperação do edifício com mudança de lay out, instalação de novos sanitários (público e de funcionários), instalação de copa e refeitório, substituição do piso do bloco principal e pintura geral.

Com a reforma, a biblioteca foi dividida em dois prédios: o principal, com espaço exclusivo para leitura e estudos, e o anexo, onde estão agora o auditório, com 51 lugares, a administração, triagem, banheiros (público e de funcionários) e o depósito. Os títulos são bem diversificados com literatura nacional e internacional. Nesta última, destaque para Harry Potter e Senhor dos Anéis, escolhidos pelos estudantes da rede municipal através de pesquisa.

 Obras de José de Alencar, Jorge Amado e Cecília Meirelles também compõem as prateleiras, que dividem espaço com livros de autores pernambucanos, editados pela Fundação de Cultura do Recife. Entre os escritores: Marco Polo Guimarães, Si Cabral e Lenício Gomes. Um dos focos da Rede de Bibliotecas pela Paz é atuar de forma mais próxima às escolas municipais e estaduais do entorno, para que toda a grade pedagógica conte com esse suporte de informação e pesquisa.  Contação de histórias, apresentações teatrais, oficinas de arte e desenho, além de visitas guiadas para as escolas vizinhas estão entre as atividades
OBREVENTO COMEMORA
30 ANOS DE TEATRO
EM CAMPO GRANDE

Mundialmente reconhecido por sua trajetória
múltipla no Teatro de Animação, Grupo teatral paulistano
apresenta espetáculos, debates e oficina na cidade

Destaque na pesquisa de linguagem do teatro de animação, criador e diretor de grandes festivais e ponto de referência nesta arte, dentro e fora do Brasil, o Grupo Sobrevento – fundado no Rio e radicado em São Paulo – comemora 30 anos de trabalho apresentando seus dois espetáculos mais recentes, para adultos, no Marco - Museu de Arte Contemporânea. Sala de Estar será apresentado no dia 26 de abril,  enquanto o espetáculo  tem lugar nos dias 27 e 28 de abril. As apresentações acontecem às 19h e os ingressos podem ser trocados até uma hora antes, por 1 litro de leite + 1 quilo de alimento não perecível, que serão doados a entidades filantrópicas. O Museu de Arte Contemporânea fica na Rua Antônio Maria Coelho, 6000, Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. O telefone é (67) 3326-7449.
A história do Sobrevento mistura-se à do Teatro em Mato Grosso do Sul, pelo estreito laço que o Grupo mantém com quase todos os nomes de maior destaque do panorama das Artes Cênicas no Estado, onde tem realizado espetáculos, oficinas e festivais há cerca de 25 anos e onde tem realizado intercâmbios e colaborações artísticas com diferentes espetáculos. A diretora campo grandense Andréa Freire foi uma das fundadoras do Sobrevento em 1986, no Rio de Janeiro. Luiz André Cherubini, outro fundador da companhia dirigiu o espetáculo Crianceiras, de Márcio de Camilo e Manuel de Barros, e foi curador do Festival SESI Bonecos. Sandra Vargas é a curadora do FITO, Festival Internacional de Teatro de Objetos, que também teve lugar em Campo Grande. O Grupo tem trazido quase todos os seus espetáculos a MS, valendo-se de prêmios e verbas privadas e federais para a Cultura, em busca de promover a multiplicação e o desenvolvimento do Teatro no estado. O Grupo também se apresentou em Ponta Porã, Corumbá, Dourados e Bonito.
Nos dias 27 e 28 de abril, das 14h às 17h, o SOBREVENTO coordena oficina de Introdução ao Teatro de Objetos. A atividade é gratuita e as inscrições podem ser feitas em www.sobrevento.com.br. Este projeto foi contemplado com o PRÊMIO FUNARTE DE TEATRO MYRIAM MUNIZ/2015.

SALA DE ESTAR
A fragilidade humana: este foi o ponto de partida da pesquisa empreendida pelo Grupo Sobrevento para a criação do espetáculo SALA DE ESTAR. Este é um espetáculo itinerante e lembra uma instalação plástica, onde os espectadores devem se aproximar de cada cena, como para ver um quadro, o que garante à montagem um clima de intimidade e proximidade.
O espetáculo é dividido em seis estações cênicas, onde são desenvolvidas histórias cujo estopim partiu de um segredo, de uma confissão de cada ator. Cada intérprete, ainda na fase da pesquisa, foi instado a confessar um segredo (não necessariamente ou totalmente verdadeiro), algo que, emocionalmente, fizesse diferença na trajetória de vida deles. Brotou, nesse momento, junto com o tom confessional, a fragilidade do ser humano.
A partir da ótica de cada um dos atores, são compartilhados com o público, com delicadeza e singeleza, as lembranças e segredos – nem sempre verdadeiros – adormecidos em suas memórias. Para o desenvolvimento da ideia, os atores se valem de objetos – gaveteiros, escrivaninhas, sofás, chapeleiros, bloquinhos, cartas – para, junto com a dramaturgia, dar corpo e voz à fragilidade de cada um dos personagens.

Dramaturgia e Concepção da Montagem
Para criar SALA DE ESTAR, o SOBREVENTO explorou a linguagem do Teatro de Objetos, cruzando-a com o tema fragilidade. Na primeira fase, o grupo investigou as possibilidades da construção de uma dramaturgia intimista e delicada a partir de depoimentos pessoais dos atores, em improvisações baseadas nas suas relações com os objetos. Nasceu, desse processo confessional, a dramaturgia do espetáculo, que resultou em seis cenas, que transitam entre a verdade e a mentira, a confissão e a ilusão, cada uma delas feita por um ator. A encenação apresenta recortes de salas de estar de diferentes pessoas, de diferentes épocas.
O iluminador Renato Machado e o figurinista João Pimenta, artistas premiados e de grande destaque em suas áreas, ficaram responsáveis pela ambientação das cenas e ajudaram a criar módulos de grande impacto visual, onde atores e objetos se fundem aos ambientes nos quais estão encerrados, nos quais se incrustaram, por suas histórias.

Cinco personagens transformam objetos como baldes, cadeiras em miniatura, pequenos aviões e muito mais em elementos poéticos e metafóricos. “Os cinco personagens, mais que cinco vidas, são cinco caminhos que terminam por encontrar-se, nas suas solidões”, define o autor e diretor Luiz André Cherubini.
Esta é a primeira apresentação de Só fora da cidade de São Paulo, registre-se. A seguir, o espetáculo entra em cartaz no Rio de Janeiro.
 é fruto de um intercâmbio internacional com duas referências mundiais do Teatro de Objetos: a artista belga Agnés Limbos, diretora da Companhia Gare Central, um dos nomes mais importantes do Teatro de Objetos no mundo, e Antonio Catalano, um dos maiores atores da Itália, artista plástico premiado na Bienal de Veneza e fundador da Casa Degli Alfieri. O músico brasileiro Arrigo Barnabé, autor da trilha sonora original, soma-se à equipe oferecendo texturas no mínimo diferenciadas, enquanto a iluminação cabe ao premiado Renato Machado, colaborador e integrante do Sobrevento desde sua fundação.
Só estreou em julho de 2015, no Itaú Cultural, na cidade de São Paulo, e ficou em cartaz no Espaço Sobrevento, até setembro. Além de críticas elogiosas, o espetáculo recebeu indicação ao Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), como Melhor Espetáculo, e indicações ao Prêmio Aplauso Brasil, como Melhor Espetáculo e Melhor Trilha Sonora Original.
A pesquisa partiu do livro “O Desaparecido ou Amerika”, romance inacabado de Franz Kafka, escrito entre 1912 e 1914. Trata das desventuras de um rapaz alemão expulso de casa pelos pais, depois de ter engravidado a empregada. No entanto, o Sobrevento percebeu que as palavras não davam conta da narrativa e por isto não tentou encenar o texto de Kafka, mas a partir dele iluminar e desenvolver a questão da  desumanização nas grandes cidades e no mundo moderno. “Embora as palavras de Kafka não estejam em cena, a atmosfera de sua obra terminou por impregnar o espetáculo. E para criar esta realidade particular, o Sobrevento uniu-se a artistas reconhecidos pelo desejo de criar novos mundos”, explica Sandra Vargas.
Levando à cena abordagens sobre o desajuste, a necessidade de se relacionar que parece cada vez mais árdua num mundo cada vez mais populoso, cada vez mais conectado e menos humano, Só tem na trilha sonora do compositor Arrigo Barnabé – de quase duas horas – a partitura que quebra o silêncio e a ausência de diálogos. O figurinista João Pimenta, colaborador do Sobrevento desde 2013, criou figurinos impactantes. Mais que cobrir as personagens, propôs revelá-las por meio de elementos que utilizou na confecção das roupas.
Atmosfera onírica
 é uma encenação envolvente, com uma atmosfera onírica construída a partir de imagens soltas, efeito obtido graças à pouca distância entre o espectador e a cena e à primorosa iluminação de Renato Machado. Com ela, os detalhes ganharam força. Não há uma sequência cronológica a orientar a narrativa. A luz propicia também a troca de cenários, sem o previsível black out, e o efeito de mixagem visual de algumas cenas: com uma cena ainda iluminada, outra começa a se insinuar, transferindo o foco de atenção do espectador e propondo novos significados. Um cenário vai dando lugar a outro e o espaço vai se transformando no decorrer da apresentação, mas cada cena deixa um "rastro": um objeto que fica, suspenso ou abandonado pelo chão, para compor uma instalação final, que pode ser visitada pelo espectador como uma exposição, um “museu da solidão”.
Com a colaboração de artistas de peso, o Sobrevento pôde chegar a um  espetáculo maduro, digno de comemorar uma trajetória ininterrupta de 30 anos de trabalho, dedicado à pesquisa do Teatro de Animação para adultos.  traz um novo olhar para o Teatro de Objetos.
Teatro de Animação moderno para adultos
O Teatro de Animação moderno é uma ampliação dos limites que o senso comum estabeleceu, preconceituosa e equivocadamente, para o Teatro de Bonecos. Espalhado por todas as épocas e por todos os lugares do mundo, o Teatro de Animação funde linguagens cênicas, mistura modernidade e tradição, mistura erudição e popularidade, tem como palco qualquer espaço e tem como alvo públicos de todas as idades e grupos sociais, um de cada vez ou todos de uma só vez. Em São Paulo, no entanto, vemos poucos espetáculos que exploram a linguagem do Teatro de Animação para adultos, por sua inviabilidade econômica, o que, muitas vezes, não acontece quando o Teatro de Animação se dirige ao público infantil. O SOBREVENTO é um dos poucos Grupos de Teatro de Animação do Brasil que se têm dedicado ao público adulto e, sempre, com grande profundidade e êxito. O Grupo tem lutado por difundir a ideia de que o Teatro de Bonecos deve ser antes Teatro e depois de Bonecos e que toda técnica deve estar a serviço daquilo que se quer dizer. Dominando um grande número de técnicas de animação, o Grupo montou, entre outros, os espetáculos SUBMUNDO, UBU!, O THEATRO DE BRINQUEDO, BECKETT, O CABARÉ DOS QUASE-VIVOS, QUASE NADA, ORLANDO FURIOSO, SÃO MANUEL BUENO MÁRTIR, SALA DE ESTAR, EU TENHO UMA HISTÓRIA e SÓ, apresentados em quase todos os estados do Brasil e em países de quatro continentes.
SOBREVENTO CELEBRA 30 ANOS
Em 2016, o SOBREVENTO festeja os seus 30 anos. Desde 1986, o grupo tem se dedicado à pesquisa da linguagem teatral e é considerado, internacionalmente, um dos maiores expoentes brasileiros do Teatro de Animação. Desenvolve um trabalho contínuo que envolve a apresentação de seu repertório, realização e curadoria de Festivais e eventos, além de diferentes atividades de formação e difusão do Teatro de Bonecos.
Há seis anos, o Sobrevento vem pesquisando o Teatro de Objetos. Explorou a linguagem, sob diferentes abordagens, em cinco montagens. Foi responsável por trazer ao Brasil os seus principais representantes. Responde pela curadoria do FITO - Festival Internacional de Teatro de Objetos, realizado em várias capitais brasileiras. Tem dado assessoria técnica em montagens de outras companhias interessadas nesta pesquisa, por todo o Brasil. É um dos maiores especialistas brasileiros nesta linguagem e um dos poucos grupos no país que direcionam sua pesquisa ao público adulto.
O Teatro de Objetos que interessa ao Sobrevento e que ele vem pesquisando profundamente é pouquíssimo difundido e conhecido no Brasil e na América Latina. As oficinas coordenadas ou promovidas pelo SOBREVENTO têm atraído artistas e pesquisadores de algumas das principais companhias e instituições de ensino de todo o país e de países vizinhos. Para todas as atividades, há um número muito maior de inscritos que o número de vagas oferecidas.
O Sobrevento acredita que esse enorme – e crescente – interesse esteja ligado à abordagem que vem fazendo do Teatro de Objetos e às novas possibilidades expressivas que têm derivado desse processo. Uma forma teatral cuja força não está na manipulação, mas na memória que suscita, que é aquilo a que o objeto remete de mais poético, profundo e simbólico, para o ator e para o espectador. O Teatro de Objetos desafia o ator a ser também dramaturgo. Isso abre um leque enorme de possibilidades dramatúrgicas, que podem renovar o Teatro de Animação para adultos. E, quem sabe, o próprio Teatro ou o modo como o público o entende e o vê.

SERVIÇO:
Espetáculo "SALA DE ESTAR"
Dia 26 de abril, às 19h.
Ingressos disponíveis uma hora antes, no local. Cada ingresso pode ser trocado por 1 litro de leite + 1 quilo de alimento não perecível, que serão doados a entidades filantrópicas. Lotação: 90 lugares.
Museu de Arte Contemporânea - Rua Antônio Maria Coelho, 6000, Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. Telefone: (67) 3326-7449.
Espetáculo não recomendado para menores de 16 anos.

Espetáculo "SÓ"
Dias 27 e 28 de abril, às 19h.
Ingressos disponíveis uma hora antes, no local. Cada ingresso pode ser trocado por 1 litro de leite + 1 quilo de alimento não perecível, que serão doados a entidades filantrópicas. Lotação: 100 lugares.
Museu de Arte Contemporânea - Rua Antônio Maria Coelho, 6000, Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. Telefone: (67) 3326-7449.
Espetáculo não recomendado para menores de 16 anos.

Oficina INTRODUÇÃO AO TEATRO DE OBJETOS, com Sandra Vargas
Dias 27 e 28 de abril, das 14h às 17h.
Museu de Arte Contemporânea - Rua Antônio Maria Coelho, 6000, Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. Telefone: (67) 3326-7449.
ENTRADA FRANCA - Inscrições em http://sobrevento.com.br

 

Leia se tiver coragem!

Sequestrada, Mabel Jones é forçada a servir a tripulação mais estranha já vista, a bordo do navio Verme Selvagem. Idryss Ebenezer Split é um lobo odioso e capitão do navio, e não vai deixá-la em paz até que ela ajude os piratas na busca por um tesouro. Em sua viagem, Mabel passa pelo Pau de Sebo da Morte Certeira, pela barriga de uma baleia e por uma cripta subterrânea caindo aos pedaços. E ela faz tudo isso… de pijama!